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O Plano Real e a estabilização da economia

Por:   •  25/12/2018  •  1.918 Palavras (8 Páginas)  •  475 Visualizações

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o plano econômico mais bem-sucedido pós democratização, tanto que Fernando Henrique Cardoso, Ministro da Fazenda que elaborou o plano, conseguiu se eleger presidente da República em 1994.

3 - Analise a evolução dos principais indicadores da economia Brasileira nos anos 1990 (PIB, Inflação, Contas externas).

Segundo dados do Banco Mundial, o PIB brasileiro começou a década de 90 com crescimento negativo (de -3%), alcançou um crescimento relativo entre os anos de 93 e 95 (entre 4 e 5 %), e caiu novamente no final da década (0,5%), o que levou a média dos anos 1990 para 1,85%, crescimento que é considerado extremamente baixo e bem próximo da estagnação pois o ritmo mal superou a expansão demográfica e ficou abaixo do crescimento da População Economicamente Ativa.

Em 1989, havia 25,5 milhões de trabalhadores com registro em carteira. Em 2001, registrava 26,6 milhões, ou seja, o mercado formal abriu apenas 1,1 milhão de postos de trabalho na década de 90.

Já a inflação teve seus altos e baixos durante essa década, que representa a maior oscilação média na história da economia brasileira. Entre os anos de 1990 e 1995 a inflação chegou a 764%, caindo para 8,6% entre 1995 a 2000.

No período de 90 a 94, a taxa de câmbio estava extremamente desvalorizada, reflexo ainda da contração do mercado de crédito externo ao país na década de 80.

A economia brasileira registrou expressivos desequilíbrios em suas contas externas, tornando-se cronicamente dependente de capital estrangeiro. O aumento líquido da dívida externa e dos demais passivos internacionais do país, medido pelos déficits acumulados no balanço de pagamentos em conta corrente, foi da ordem de US$ 180 bilhões entre 1995 e 2001.

4 – Resuma o período FHC: considere a evolução do plano real, o programa de privatizações, a política fiscal, monetária e cambial e os resultados alcançados.

Durante o governo FHC (1995-2002), deu-se continuidade ao plano real, que trouxe estabilidade à economia brasileira. Em 95 foi implementado um programa de privatização para algumas empresas estatais, principalmente nos setores de telecomunicação, mineração e siderurgia, esse processo representou a venda das estatais deficitárias para empresas privadas estrangeiras, entretanto o programa de privatização não conseguiu ajustar o setor público como desejado. Com a privatização veio também as leis de propriedade intelectual, recomendadas pela OMC e uma dilatação da abertura econômica, que não visou a proteção da indústria nacional. O governo FHC alcançou êxito no manejo da política monetária e na implementação do câmbio flutuante que veio substituir o regime de câmbio semi-fixo e sobrevalorizado, possibilitando uma maior proteção da economia contra choques externos. Em 99, no início do seu segundo mandato, afim de evitar a alta inflação, o governo adotou uma política monetária bem restritiva, o CUPOM, que estipulou metas para as taxas de inflação, com o intuito de evitar a evasão dos recursos estrangeiros. Apesar da estabilização econômica, e dos ciclos de baixa menos intensos e mais curtos, ao final do governo FHC a taxa de desemprego aumentou e as contas externas dilataram a vulnerabilidade da economia brasileira, fazendo crescer a dívida pública e a dependência externa da economia do país. No que tange a política fiscal desse governo, houve aumento de impostos, como por exemplo a elevação das alíquotas de IPI sobre automóveis e bebidas e a redução de deduções e benéficos, além do aumento de combustíveis e tarifas públicas e da redução de incentivos fiscais. As reformas, fiscal, previdenciária entre outras, prometidas pelo governo FHC não foram implementadas e essa talvez seja a principal razão pela qual a manutenção da estabilidade econômica e monetária não obteve êxito a longo prazo, como previa o Plano Real.

5 – Resuma o Governo Lula: considere a evolução do plano real, a política fiscal, monetária e cambial e os resultados alcançados (principais indicadores econômicos e sociais).

O governo Lula, entre 2003 e 2010, foi marcado pela retomada do crescimento econômico e caracterizou-se pela baixa inflação, redução do desemprego, equilíbrio da banca comercial e a emblemática redução da miséria. A política monetária tinha como objetivo alcançar a meta de inflação definida pelo CMN, através da determinação da taxa de juros. Esse período foi marcado pela expansão do crédito, especialmente ao consumidor, sobrecarregando a demanda de alguns setores, que afetam diretamente a taxa de inflação. A falta de alinhamento da política monetária com a fiscal impossibilitou a contenção dessa demanda agregada, o que manteve as taxas de juros reais bastante elevadas ao longo de todo o governo Lula. A ausência de uma reforma na política fiscal, que simplificasse e reduzisse a carga tributária sob atividades produtivas e pudesse reverter a concentração de renda é um dos pontos críticos da política fiscal do governo Lula, que impediram um maior crescimento do setor produtivo e abrandaram os impactos da distribuição de renda. Apesar na não reformulação tributária, foram obtidos alguns resultados no plano fiscal desse governo como por exemplo o desenrolar da dívida pública. O regime de câmbio praticado durante o governo Lula foi basicamente o mesmo do governo FHC, entretanto neste período, o câmbio flutuante contou com algumas intervenções. A entrada de investimentos externos garantiu o superávit no Balanço de Pagamento ao longo desse governo. O cenário para o desenvolvimento econômico do Brasil era bastante favorável até 2008, ano que emergiu a crise mundial causada pelo colapso do setor imobiliário americano. Entretanto, após o abalo da crise, o país retomou a trajetória de crescimento, que foi favorecida pela política de distribuição de renda do governo, que estendeu o mercado consumidor brasileiro. Vale destacar o crescimento do PIB ao longo do governo Lula, de 2003 a 2010 cresceu aproximadamente entre 4% e 5% ao ano, desconsiderando apenas o ano de 2009, que houve uma retração, reflexo da crise de 2008. As taxas de desemprego também sofreram queda significativa no governo Lula, de 11,3% em 2003 para 6,1% em 2010. Além da simbólica redução de taxas de pobreza e miséria, respectivamente, de 30,8% em 2005 para 21,4% em 2009 e de 11,4% em 2005 para 7,2% em 2009.

6 - Analise a evolução dos

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