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Macroeconomia neoclássica contemporânea: novos keynesianos x novos clássicos

Por:   •  16/7/2018  •  3.325 Palavras (14 Páginas)  •  273 Visualizações

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A segunda refere-se à Revolução Industrial. Embora estivesse apenas no inicio quando abordado as ideias clássicas, mas se intensificou posteriormente, sendo um fator de grande importância para o crescimento econômico.

A Escola Clássica durante seu desenvolvimento foi envolta em várias ideais e/ou teorias, e vários foram os autores que contribuíram para sua evolução, todos relevantes, porém alguns com mais outros com menos destaque.

Um dos grandes pensadores da época, e considerado Pai da Economia Moderna é um deles, não por que foi o mais importante ou por que teve teorias irrevogáveis, entretanto, porque trouxe uma nova forma de pensar a economia, uma nova perspectiva, e que sérviu de base para novas teorias e discussões.

Adam Smith, um dos principais autores da escola clássica, defendia uma diretriz quanto ao individualismo do homem e o liberalismo. Essa ideia partia da diretiva que o indivíduo, ao ir em busca ao próprio interesse, por consequência, estariam contribuindo para o bem estar social, o que ficou conhecido como o comportamento auto-interessado. Esse pensamento também permeava o homem no que diz respeito aos ganhos monetários em seus negócios na busca que maximiza-lo conforme trata Rima (1977):

Dessa forma, os clássicos visualizavam os homens de negócios como procurando diminuir os custos para maximizar os lucros e minimizar prejuízos, ao passo que os trabalhadores procuram aumentar os salários e trabalhar menos horas, e os senhores de terras e emprestadores buscam maximizar a renda da terra e os juros respectivamente.

Essa idéia foi “permitida” a partir do impulso proporcionado pela reforma protestante de João Calvino, a qual contravém as praticas da igreja católica contrária a estes ideais expostos, quanto à usura e a relação do trabalho e lucro, baseada no interesse individual. Nali aponta que a reforma protestante promovida por Joao Calvino, serviu de impulso ao individualismo, difusor do pensamento clássico, no instante em que trata o trabalho como uma vocação pessoal. Assim ao modo que todos trabalham duro para ganhar maior salario e lucro, aumenta de maneira reciproca a riqueza nacional, que por consequência gera empregos, maior arrecadação de impostos e desenvolvimento econômico.

Verifica-se então que a visão dos classistas remete novamente a liberdade individual e na racionalidade, que por consequência reflete no Estado, ao qual segundo SOUZA (2009, p.12), cabe apenas “assegurar essa liberdade, proteger os empreendimentos e os direitos de propriedade; manter a ordem e a segurança dos cidadãos; investir na educação, saúde e em certas obras públicas”.

Adam Smith contribuiu também através de sua obra A riqueza das Nações, a qual serviu de base para a teoria Econômica Moderna. O que para os mercantilistas era considerado riqueza nacional através dos metais preciosos, para Smith, era baseado no trabalho produtivo.

- Perspectivas e Ideias principais:

A Escola Clássica é conhecida também como liberalismo econômico, principalmente por que estava intrínseco em suas doutrinas características que propuseram aspectos quanto à liberdade pessoal, empresarial e de Mercado.

Dentre estas e outras características pode-se apontar:

● Estado mínimo

Para os clássicos, deveria se prevalecer o liberalismo econômico, permanecendo a liberdade pessoal, propriedade privada. A iniciativa privada permite que se gerassem forças no mercado competitivo guiando a produção em busca do equilíbrio, justificando assim a mínima interferência do Estado na Economia. Desta forma, restringe-se ao governo assuntos quanto aos direitos de propriedade, defesa nacional, educação publica, caso não haja interesse por parte da iniciativa privada. Em relação a este aspecto MORAES, comenta:

No limite da atuação do Estado, Smith prevê três intervenções clássicas: financiar, através de gastos, a força militar para proteger a sociedade contra a invasão estrangeira; proteger os membros da sociedade contra a injustiça que possa vir a ser cometida por outros membros; manter instituições e obras públicas que proporcionam vantagens para a sociedade mas que não oferecem uma possibilidade de lucro que compense a atividade privada”.

- Comportamento econômico de auto-interesse. Para os economistas as ações dos indivíduos eram guiadas pelo que se conheceu como Auto-interesse (Adam Smith, 1996), de aspecto básico da natureza humana.

- Harmonia de interesses (RIMA, 1977). Com exceção de Ricardo, os clássicos davam grande valor à harmonia natural de interesses em uma economia de mercado. Ao correr atrás de seus interesses individuais, as pessoas atendiam aos melhores interesses da sociedade. Um exemplo seria quanto à questão do lucro, que gera mais investimentos na indústria e pode promover mais produção, gerando melhores salários e oportunizando meios à comunidade.

● Importância de todos os recursos e atividades econômicas (NALI). Os clássicos defendiam que todos os recursos econômicos como as atividades econômicas contribuíam para a riqueza de uma nação, em contraposição aos fisiocratas acreditavam que a terra, no caso a agricultura era a única que poderia gerar valor, justamente que por ela se pode criar novos meios, através da semente por exemplo, enquanto os demais setores não criam nada, apenas transformam aquilo já criado, ou seja todas as vezes que o produto for vendido acima do preço de custo de produção, ela estará gerando riqueza, valor.

- Leis econômicas (RIMA, 1977). A escola clássica deu grandes contribuições para a economia ao concentrar a analise em teorias econômicas explicitas ou "leis".

- Consideravam que as leis criadas seriam universais e imutáveis.

- rendimentos decrescentes na agricultura e teoria da determinação da renda da terra;

- lei dos mercados (crescimento econômico sem crise);

- teoria quantitativa da moeda;

- teoria das trocas conforme o valor-trabalho, teoria das trocas internacionais;

- lei da população;

- determinantes e tendências do crescimento econômico (acumulo de riqueza, queda da taxa de lucro, estado estacionário);

- Um Olhar Pessoal na perspectiva histórica

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