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Por:   •  3/4/2018  •  3.676 Palavras (15 Páginas)  •  282 Visualizações

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Até que chegou uma família chorando e pelo que pude perceber tinha acabado de falecer alguém que eu não consegui escutar, quem exatamente era, mas escutei que era mulher, uns abraçavam os outros e choravam muito e escutei um falando para o outro, ela acabou de falecer e outros ficavam em silêncio, outros eu escutei, foi melhor assim, ela estava sofrendo, ali identificava se uma infinidade de sentimentos, de tristeza, de saudade e angústia.

Neste momento fiquei emocionada, pois imaginei, poderia estar acontecendo comigo, ou na minha família e é um sentimento muito ruim, é algo que está fora do nosso alcance.

Vendo aquelas pessoas olhando para o nada com um pensamento longe, um pensamento de acabou, morreu e agora como será de agora em diante.

Também ouvi algumas pessoas dizendo que somente uma parte do hospital estava funcionando, pois estão querendo privatiza-lo e alguns colaboradores fizeram greve, pela não privatização.

Realizar esta observação, me fez pensar, como precisamos agradecer por tudo em nossas vidas, as vezes reclamamos de tudo e vendo essas pessoas chegarem, cada uma em um estado diferente de saúde, outras sem condições de andar, outras gritando de dor e outros os familiares chorando pela perda de um ente querido, nos traz à tona, o agradecimento, lembrar o quanto somos felizes e reclamamos de tudo, que perto dos problemas destas pessoas se tornam pequenos.

Outra coisa, foi a indignação dos parentes não poderem aguardar dentro do hospital, pois aquele banco de concreto não tinha conforto nenhum e neste dia estava um vento gelado que incomodava a todos.

Foi uma mistura de sentimentos, pois pagamos tantos impostos e não temos a dignidade de aguardar em uma recepção com um banco mais confortável.

Devemos agradecer a Deus a todo o momento pela nossa saúde, pois chega a dar medo de passar mal e passar por situações constrangedoras e muitas vezes de humilhação.

O acesso a este hospital é uma subida grande e ver alguns idosos chegarem esbaforidos e muitos com dor, foi de cortar o coração.

Gostei de realizar esta observação, me fez ser uma pessoa mais humana, aprendi a agradecer mais e reclamar menos.

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HCor – Hospital do Coração

Data: 27/08/2016

Duração: 10h00min ATÉ 11h30min

Total: 1h30

Observador: Mirian Rocha Cardoso Oliveira – RA C163BG-4

Realizar esta observação me fez voltar ao passado, pois nesta Rua Desembargador Eliseu Guilherme, foi onde iniciei a minha trajetória profissional, foi o meu primeiro emprego e sendo o primeiro a gente nunca esquece, trabalhava em uma empresa que fica muito próxima ao hospital do coração, isto ocorreu no ano de 1997 até 2003, quando sai da empresa e fui para outra na semana seguinte.

Voltar aquele local me trouxe lembranças boas e ruins, as boas foram os momentos felizes que compartilhei com os meus colegas de trabalho passando todos os dias em frente ao hospital do coração para almoçar e desde aquela época eu tinha conhecimento que o público que frequentava este hospital era classe A e B, muitas vezes políticos eram atendidos e na frente ficavam um monte de repórteres para realizarem a matéria, ou seja, de fato era um hospital muito diferenciado.

Estava um dia ensolarado, muito aconchegante e ao chegar próximo ao hospital fiquei surpresa, pois na época em que trabalhei nesta rua, só tinha um prédio do hospital do coração e ao chegar percebi que tudo mudou de 2003 até agora, fizeram um outro prédio que pertence ao hospital do coração do outro lado da rua, ou seja, em frente ao prédio antigo e fizeram uma passarela de um prédio ao outro, toda espelhada e com muitas flores, realmente lindo.

Quando passei em frente ao hospital, senti um frio na barriga, pois tem muitos segurança e pensei se eu ficar na porta do hospital por muito tempo serei abordada, então surgiu a ideia de ir na cafeteria do outro lado da rua, e por sinal muito chique, a STARBUCKS, comprei um café e tentei buscar o ponto mais estratégico que me desse uma visão ampla da portaria do hospital e foi o que aconteceu, na STRABCKUS, tem um jardim lindo, com várias mesas a céu aberto, muito aconchegante e fiquei com uma visão panorâmica da entrada do hospital.

Ao iniciar a observação, o que me chamou muito a atenção, foram os seguranças, todos de terno preto, porém o terno era diferente dos convencionais, era um corte diferente, havia um na entrada de carros, dois na recepção e outro na outra ponta e fora toda esta segurança, às vezes passavam dois policiais fazendo a ronda em frente ao hospital, percebe-se que a segurança fica muito atenta a tudo e a todos.

A todo o momento chegavam e saiam pacientes e assim que um carro estacionava em frente a portaria, logo o segurança abria a porta do carro para os pacientes descerem, isto de uma forma elegante e com muito glamour, saiam aquelas pessoas muito bem vestidas, realmente algumas com rosto de madame.

Um médico entrou e estava com uma camisa social linda, uma calça jeans e um sapatenis, porém muito elegante, de longe parecia ser roupas de marca e um jaleco, cabelo e rosto impecável.

Haviam alguns pacientes que ficavam em um banco que fica próximo a portaria e percebi, que todos estavam esperando tranquilos aparentemente, parecia que estavam aguardando alguém para vir busca-los.

Uma das coisas que também me chamou a atenção, é que saiu somente um negro de dentro do hospital, não consigo afirmar se era um colaborador ou um paciente, porém foi o unico que saiu de lá, nesta uma hora e meia de observação, não entrou e nem saiu nenhum outro.

O público que adentrava e saia deste hospital era diversificado, haviam adultos, meia idade e idosos, não identifiquei crianças e adolescentes, no tempo em fiquei observando.

De fato o que me chamou mais a atenção foi o atendimento rápido e vip dos segurança, assim que os carros estacionavam em frente ao hospital e um paciente que fiquei de fato deslumbrada, pois ele estava na cadeira de rodas e acredito que era seu carro que por sinal grande e lindo, parou e o segurança estava conduzindo a cadeira de rodas até a porta de entrada do banco de trás do carro e era um paciente que aparentava ter uns 48 anos e peso uns 110 kilos aproximadamente, acredito que era

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