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A revolução monetárias

Por:   •  30/6/2018  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  295 Visualizações

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A competitividade depende de certas características da estrutura empresarial, particularmente da capacidade de inovação em empresas com estratégias agressivas de conquista de mercados ou da competência de redes de pequenas e médias empresas na ocupação de nichos de mercado. Na verdade, Kaldor, em seu conhecido trabalho de 1966 The causes of the slow rate of economic growth of the U.K. procura demonstrar que quanto maior for a taxa de crescimento do setor manufatureiro, maior será a taxa de crescimento do PIB, devidos aos impactos positivos sobre a produtividade do conjunto da economia, derivados, em primeiro lugar, da transferência de mão-de-obra da agricultura para a indústria. Em segundo lugar, e mais importante, devido à existência de rendimentos crescentes na indústria manufatureira – ou economias de escala dinâmica – quanto maior for a taxa de crescimento desse setor, tanto maior será a taxa de crescimento da produtividade.

2.4. Os desafios do desenvolvimento sob a globalização

A nova concepção de políticas industriais ou de competitividade coloca no centro das preocupações a indução daquelas sinergias baseadas no conhecimento e na capacidade de resposta à informação. O novo papel do Estado deve estar concentrado na indução da cooperação, na coordenação dos atores e na redução da incerteza. Sua tarefa não é a de “escolher vencedores” mas a de criar condições para que os vencedores apareçam. Reconhecendo que a configuração dos setores (cadeias ou complexos) é heterogênea, os Estados nacionais, nos países desenvolvidos, têm buscado combinar os instrumentos clássicos de fomento de acordo com as peculiaridades setoriais. A ideia é aplicar de maneira seletiva e “enfocada” os instrumentos tributários, creditícios, de proteção tarifária e de incentivo à P&D, à exportação e à formação de recursos humanos. Estas, aliás, foram as conclusões de alentado relatório da conservadora OCDE a respeito das políticas e subsídios industriais nos países desenvolvidos.

Conclusões

Um dos objetivos do pensamento dominante é demonstrar, desde uma posição supostamente “científica”, a inevitabilidade de uma inserção passiva das economias nacionais no chamado processo de globalização. Dois pressupostos estão implícitos nesta formulação: − a globalização conduzirá à homogeneização das economias nacionais e à convergência para o modelo anglo-saxão de mercado; − esse processo ocorre de forma impessoal, acima da capacidade de reação das políticas decididas no âmbito dos Estados Nacionais. Deparamo-nos, outra vez, com um benevolente superdeterminismo histórico que nos eximiria de qualquer preocupação em formular políticas de desenvolvimento e de inserção internacional. Mas, infelizmente, a realidade do processo de globalização é muito mais complexa e, freqüentemente, perversa para os incautos.

A inserção dos países neste processo de globalização, longe de ter sido homogênea, foi, ao contrário, hierarquizada e assimétrica. Os Estados Unidos, usufruindo de seu poder militar e financeiro, podem dar-se ao luxo de impor a dominância de sua moeda, ao mesmo tempo em que mantém um déficit elevado e persistente em conta corrente e uma posição devedora externa. Japão e Alemanha são superavitários e credores e por isso têm mais liberdade para praticar expansionismo fiscal e juros baixos, sem atrair a desconfiança dos especuladores. Alguns tigres asiáticos, pelas mesmas razões, também dispõem de certa margem de manobra para promover políticas expansionistas. O que é decisivo para a autonomia das políticas nacionais é a forma e o grau de dependência em relação aos mercados financeiros sujeitos à instabilidade das expectativas. Países, com passado monetário turbulento, precisam pagar elevados prêmios de risco para refinanciar seus déficits em conta corrente. Isto representa um sério constrangimento ao raio de manobra da política monetária, além de acuar a política fiscal pelo crescimento dos encargos financeiros nos orçamentos públicos.

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