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A HISTÓRIA ECONÔMICA DA AMAZÔNIA

Por:   •  29/5/2018  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  302 Visualizações

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É verdade que ajudou a desenvolver Manaus, mas a empobreceu também em termos sociais porque a riqueza de poucos não é a mesma riqueza da maioria das pessoas que construíram casebres no entorno das fábricas, tais como ocorreu no início da Revolução Industrial na Inglaterra. Manaus é uma cidade inchada de periferias em torno das fábricas e nenhuma coisa foi pensada para resgatar da miséria essas famílias, como a criação de um Fundo de Investimento Social, com parte da riqueza gerada pelas indústrias, voltando aos seus verdadeiros produtores de toda essa riqueza, em forma de melhoria de ruas, saneamento básico, escolas e saúde de qualidade, tudo bancado por esse fundo. Como nada se pensou ou se projetou em busca de alternativas, o Governo Federal terá que prorrogar de novo a Zona Franca daqui a 50 anos porque, como aconteceu durante a exploração da borracha,o governo Eduardo Ribeiro construiu pontes, aterrou igarapés, construiu o Teatro Amazonas e realizou calçamento com paralelepípedos nas principais ruas de Manaus, porque os exploradores e colonizadores da época exigiam saneamento básico, luz elétrica, navios da Companhia de Visconde de Mauá, telégrafos para saber a cotação da borracha na bolsa de valores, mas não pensou em todo esse surto de urbanização gerado pela ilusão de fausto oriunda da borracha.

Esse sonho dourado que nunca existiu. morreu junto com a produção do látex, como pode morrer aos 50 anos a ZFM se não for buscado e desenvolvido uma matriz econômica, talvez um pólo de biotecnologia urgentemente. Caso contrário, voltaremos a estaca zero e andaremos de gabinete em gabinete, de mistério em ministério em Brasília, mendigando uma nova prorrogação de um modelo que desenvolveu a cidade de Manaus, mas empobreceu os municípios porque nunca se buscou a satelitização do modelo.

Cabe lembrar que não é de hoje que esse atual modelo precisa ser revisado, e posteriormente, quem sabe refeito, ampliando e levando a uma nova etapa de crescimento econômico, englobando setores que se fortemente incentivados, podem gerar uma maior consolidação da Zona Franca com um maior aproveitamento das vocações regionais, transformando-nos em uma vanguarda dos produtos que tem como base a matéria-prima regional.

O novo plano diretor, cujo objetivo foi pensado para mostrar uma alternativa para o modelo Zona Franca (ZFM) e a modernização do que já é produzido, neste momento tem como principal desafio, no ano de 2017, retomada da economia e dos postos de trabalho.Outro desafio importante a tem a ver com os aspectos econômicos e comerciais,cujos mesmos tornaram-se mais relevantes,com os quais fazem com que os críticos do modelo da Zona Franca olhem para a Ásia quando pensam em políticas econômicas. A China se tornou a manufatura do mundo com a criação das chamadas Zonas Econômicas Especiais no começo dos anos 80.

O mercado chinês vem sendo atualmente um dos muitos outros desafios encontrados pela ZFM, pois com a sua força atual de mercado, tem gerado cada vez mais concorrências no mercado interno, dado seus produtos terem um custo relativamente mais baixos, mesmo com todos os seus incentivos tributários locais. Citado isso, cada vez mais fica evidente que priorizar e encontrar soluções para a ZFM para o longo prazo são mais do que necessários, e com isso evitarmos a fadiga de um modelo que durante seus anos de ouro ajudaram mesmo que de forma ilusória a cidade de Manaus a se expandir e se apresentar no cenário econômico mundial.

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