INTRODUÇÃO A ATUARIA

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do evento, entretanto, a incerteza

reside no momento da sua ocorrência. Um ser humano pode

morrer mais cedo e, por conseqüência, deixar desamparado um

ente familiar. Por outro lado, um sujeito qualquer pode superar

todas as expectativas com relação ao momento da morte de uma

população em geral e, em função disso, sobreviver até os cem

anos. Nesse caso, o risco é de sobrevivência, pois, à medida que

o tempo passa, aquele sujeito torna-se cada vez mais incapaz,

econômica e fisicamente, e isto pode comprometer a sua própria

sobrevivência.

A terceira característica básica da operação de seguro pressupõe

que a previdência seja almejada por um conjunto de indivíduos

sujeitos à ocorrência de determinado evento futuro e incerto

(risco). Apesar da definição apresentada para o substantivo

“seguro” pressupor a existência de duas partes (uma buscando

previdência e a outra assumindo os riscos daquela primeira), a

existência de um grande número de interessados em prevenirse

contra riscos é uma característica básica e fundamental do

seguro. Imagine como seria a vida das empresas seguradoras

se elas possuíssem apenas um único cliente! Aliás, imagine se ao

pagar a primeira de doze parcelas de determinado tipo de seguro,

aquele cliente sofresse a ação do evento para o qual contratou

a proteção da seguradora! Como a empresa faria frente a este

evento se recebeu apenas uma de doze parcelas? De onde sairiam

os recursos para pagar a indenização deste cliente? Percebe-se

que é preciso que várias pessoas sujeitas a sofrer determinada

ação futura e incerta se reúnam para se resguardarem contra

esse evento e, assim, diante da impossibilidade de ocorrência de

um mesmo evento com todos ao mesmo tempo, as empresas

seguradoras têm condições de ressarcir os danos econômicos

causados a apenas alguns dos seus segurados e, ainda, garantir

a sua continuidade.