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Contabilidade e Responsabilidade Social - Copagaz

Por:   •  25/2/2018  •  3.170 Palavras (13 Páginas)  •  257 Visualizações

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1. Fundamentação Teórica

1.1 Responsabilidade Social

De acordo com António apud Buffara (2003), o momento atual aponta um novo contexto socioeconômico-ambiental e uma nova responsabilidade a ser assumida. Assim, o papel social das organizações vem sendo redesenhando de forma mais ampla e abrangente, caracterizando-se como agentes de transformação e de influência na sociedade como um todo.

Portanto, pode-se definir a responsabilidade social como o compromisso que a empresa assume perante toda a sociedade por meio de atos os quais têm a premissa de beneficiar comunidades, meio ambente, clientes.

É extremamente importante para a própria sobrevivência da empresa em um mercado altamente globalizado, informado e competitivo. É inegável que os consumidores levam em consideração as atitudes da empresa ao optar entre várias opções, portanto, a organização que deixa de lado as práticas sustentáveis, perde muito mais do que imagina.

1.2 Sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade foi oficialmente apresentado na CMMAD (Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente E Desenvolvimento, 1988), e tinha como propósito conduzir a humanidade frente aos principais problemas ambientais do planeta e ao progresso, sem comprometer os recursos para as futuras gerações.

Segundo Almeida (2002), o termo desenvolvimento sustentável tem como base o reconhecimento do insustentável padrão de desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Para o ele, o termo nasce da compreensão que os recursos naturais são finitos e que as injustiças sociais são provocadas pelo modelo de desenvolvimento adoptado pela maioria dos países.

Vê se, então, que o termo surgiu na medida em que viu-se que o padrão de desenvolvimento atual transformara em predatismo a relação homem e meio ambiente. Surge como alternativa de se garantir a equidade na sociedade atual. De almejar o crescimento econômico e trabalhar para tê-lo, mas se pensar exclusivamente nele. Pensar, também, na sociedade e buscar ações para melhorá-la e no meio ambiente, levando em consideração suas limitações e necessidades de recomposição e revitalização.

De acordo com Spangenberg (2001), a sustentabilidade é essencialmente um novo modo de ver o mundo, baseado nas relações de justiça e partilha de responsabilidade intra e inter-gerações.

1.3 Tríade da sustentabilidade

A chamada Tríade da Sustentabilidade, deriva do conceito inglês - Triple Bottom Line, e que é conhecido por 3P (People, Planet e Profit). No português, significa PPL (Pessoas, Planeta e Lucro). Sugere analisar a sustentabilidade baseando-a em três pilares: econômico, cujo propósito é a criação de empreendimentos viáveis, atraentes para os investidores; ambiental, com objetivo de analisar a interação de processos com o meio ambiente sem lhe causar danos permanentes; e social, que se preocupa com o estabelecimento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade.

Assim, para que o conceito de desenvolvimento sustentável seja efetivo, essas três diretrizes devem ser integradas. É apenas na intersecção desses três aspectos que a sustentabilidade pode ser alcançada.

1.4 Modelos de Sustentabilidade

1.4.1 Ibase

O Ibase - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas é o mais comum no Brasil. É um modelo de balanço social simplificado que prioriza a avaliação social da empresa, com dados expostos em forma de planilha, os quais são folha de pagamento, gastos com encargos sociais, despesas de caráter de controle ambiental e também investimentos sociais fora da entidade.

Baseia-se em sete indicadores: base de cálculo, que contem a geração de receitas, resultado e folha de pagamento; indicadores sociais internos, contem gastos sobre alimentação, capacitação, saúde sobre os empregados; indicadores sociais externos, possui gastos na sociedade e impostos; indicadores ambientais, são gastos por ações a favor do meio ambiente; indicadores do corpo funcional, com número de admissões, estagiários, mulheres, negros, deficientes; informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial, com informações sobre o número de acidentes e que a empresa julga serem relevantes.

1.4.2 GRI

A Global Reporting Iniciative (GRI), sugere um modelo mais completo do que o do Ibase. Relaciona-se a pressupostos de comparabilidade e flexibilidade, o que dá a noção de como a organização se insere num todo em sua área, evitando distorções e criando um ambiente em que é possível comparar planos de sustentabilidade contra parâmetros sólidos.

Apesar de inúmeros indicadores, estes se dividem em seis áreas: indicadores de desempenho econômico, desempenho econômico direto e impactos econômicos indiretos; indicadores de desempenho ambiental, impacto proporcionado pela empresa sobre a biodiversidade e ao meio ambiente ou ao esforço para reduzir este impacto; indicadores de desempenho referentes a práticas trabalhistas, emprego, relações com a governança, saúde e segurança e treinamento; indicadores sobre direitos humanos, discriminação, liberdade de associação, trabalho infantil, forçado e escravo, práticas de segurança e direitos indígenas; indicadores de desempenho social, comunidade, corrupção, políticas públicas, concorrência desleal e conformidade essencial; indicadores de desempenho referentes à responsabilidade pelo produto, saúde e segurança do cliente, marketing, rotulagem.

1.5 Valor Adicionado

O valor adicionado é que permite a mensuração da riqueza criada por um agente econômico. É de extrema importância pois pemite aos acionistas avaliar com clareza se um capital empregado aplicado em um determinado negócio está sendo bem remunerado. Também permite identificar em quais setores essa riqueza está sendo distribuída, seja na sociedade, por meio de salários e benefícios, no governo, por meio de impostos; acionistas, por meio de dividendos e juros sobre o capital próprio.

Esse valor é demontrado através da DVA, que é uma demonstração contábil de caráter obrigatório e é uma vertente do balanço social. Nesse modo, ela é uma importante fonte de informações à medida que apresenta um conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição

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