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Por:   •  24/5/2018  •  3.597 Palavras (15 Páginas)  •  272 Visualizações

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O problema a ser tratado, portanto, é como agregar valores para aumentar a competitividade no ato de comercialização da carne bovina de melhor qualidade.

Pretende-se neste artigo, analisar alternativas que viabilizem agregar valor a carne bovina Premium.Busca-se também analisar s variáveis que podem aumentar a lucratividade à empresa, através da busca de informações sobre as diferenciações encontradas pelo consumidor em carne bovina Premium, além de investigar como são desenvolvidos os meios para agregar valor para a percepção do consumidor final e quais são os fatores de diferenciação na produção entre manejo do gado e os cortes da carne.

O estudo tem por finalidade acrescer conhecimento para as indústrias e varejos sobre as preferências de consumidores de carne bovina Premium, visando atender a demanda da melhor forma possível.

Com isso, possibilitar uma eventual reformulação, ou ainda, enfatizar certas etapas do processo produtivo, que garantam uma diferenciação competitiva para as indústrias envolvidas no processo de produção de carne bovina Premium.

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Cadeia produtiva de carne bovina

A cadeia de carne bovina é referencia para a economia rural brasileira, ocupando cerca de 213,03 milhões de cabeça segundo a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 2015), o maior dentre os principais países como a China, Índia, Estados Unidos, Argentina, Sudão, Etiópia, México, Austrália, Colômbia, entre outros, relatam Buainain e Batalha (2007).

Os valores de exportação brasileira, segundo a MDIC (Indústria e Comércio Exterior) (2015) apresenta níveis de crescimento médio de 21,5% a.a., de 1995 a 2006. O Brasil e a China representam os maiores mercados, sendo responsáveis, em 2006, por 68,5% do consumo mundial de carnes bovinas mediante dados da USDA (2007).

As tecnologias de abate e processamento de carnes são bem desenvolvidas em todo o mundo. Não é observado defasagem de tecnologia considerável entre os grandes frigoríficos nacionais e seus competidores externos. Considera-se, portanto, que a tecnologia de abate e processamento não tem comprometido a qualidade e a quantidade das exportações brasileiras de carne bovina. Contudo, as fases produtivas de abate e processamento podem somar esforços para agregar valor às suas atividades pelo desenvolvimento de produtos de conveniência, para que não apresentem perda de qualidades organolépticas e nutricionais (BUAINAIN;BATALHA 2007).

Sistema de Inspeção de responsabilidade do Governo Federal (SIF) tem como atribuição fiscalizar aspectos sanitários de carnes produzidas para serem comercializadas entre estados ou para a exportação. Em nível estadual, os Sistemas de Inspeção Estaduais (SIE), que tem por objetivo à inspeção da carne produzida que será comercializada entre municípios de um mesmo estado. Ao nível municipal foram criados Sistemas de Inspeção Municipais (SIM), responsáveis pelas inspeções sanitárias municipais.

Buainain e Batalha (2007) descrevem que um aspecto importante para o melhor posicionamento da carne bovina no mercado internacional é a questão sanitária, ainda não plenamente equacionada.

Na indústria frigorífica também estão se difundindo ferramentas de gestão e tecnologias que levam a um melhor desempenho na produção, bem como práticas que permitem melhorar os controles sanitário e ambiental, salientam Buainain e Batalha (2007).

2.1.1 Tecnologias de reprodução bovina no Brasil

Entre os aspectos tecnológicos relevantes de um empreendimento pecuário destacam-se a escolha das raças dos animais e os sistemas de manejo utilizados (de pastagens, animal, sanitário, etc), sugerem Buainain e Batalha (2007).

Fontes e Rezende (2000) destacam o novo e significativo processo de incorporação e tecnologia que a pecuária brasileira está atravessando, em áreas produtoras de maior importância, obtendo resultados positivos sobre a produtividade.

Dentre a criação de gado de corte tem se destacado o uso da inseminação artificial nos últimos cinco anos (USDA, 2005). Essas iniciativas representam características superiores no que diz respeito à carne Premium. As Carnes bovinas de origem européia definem a qualidade superior para carne como as raças “Angus” e “Hereford”. Tais são resistentes ao extremo em condições adversas, eficientes em regime de pasto, apresentando neste contexto terminações adequadas ao produzir carcaças de carnes bem marmoreadas, como o mercado exige. Engordam bem em boas pastagens, menciona Barcellos (2013).

2.2 Produção de Raça Européia

2.2.1 Raça Angus

A raça Angus é famosa pelas virtudes de precocidade sexual, velocidade de ganho de peso e fixação de características segundo a Associação Brasileira de Angus (2015). O gado Angus, em cruzamentos industriais, contribui para o aumento da resistência, qualidade de carcaça e rusticidade sobre a raça absorvida. A pelagem vermelha contribuiria para essa característica, sendo mais resistente aos carrapatos e ao calor. Ainda, A raça Angus apresenta maior resistência a enfermidades e a sua grande adaptabilidade ao solo brasileiro, seja seco ou alagadiço, regiões acidentadas ou planas, em pastagens ricas ou pobres, permite que produzam e desmamem bezerros sadios e fortes.

Também no tocante ao desempenho geral, tanto a pelagem negra quanto a vermelha parecem garantir as mesmas virtudes do gado Angus destaca a Associação Brasileira de Angus (2015).

Os bezerros Angus nascem pequenos, mas ganham peso rapidamente. É comum verificarem-se animais em plena produção com 14 a 15 meses de idade. Entre 18 e 20 meses, o macho chega a pesar em média 450 kg, em condições ótimas para abate complementa a Associação Brasileira de Angus (2015).

2.2.2 Raça Hereford

Dados da Associação Brasileira de Criadores (2015) afirma que a raça Hereford possui características nas quais prevalece a pelagem vermelha e branca. Ainda, a pele e o focinho não são pigmentados. A Associação Brasileira de Hereford (2015) menciona ainda que a Fertilidade, rusticidade, eficiência alimentar, longevidade e adaptabilidade são as características de corte básicas. No entanto, não acumula mais gordura que a raça Angus, mas é extremamente resistente às condições adversas, tanto ou mais que qualquer outra raça européia. A aptidão principal do Hereford é a produção de carne.

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