RESENHA DO FILME ENSAIOS SOBRE A CEGUEIRA

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Por fim muitos morreram, mas alguns escaparam e como lá fora não havia mais o exército vigiando, o grupo formado pelo médico e sua esposa, o primeiro cego e sua esposa, a moça dos óculos escuros, o rapazinho estrábico e o velho da venda sobreviveu, mesmo passando por situações contraditórias a sua ética inicial, e que foi modificada com o decorrer dos acontecimentos, este grupo desde o inicio tivera os meus princípios de vida e formaram uma nova família, ou seja, uma religação entre cidade e casa.

Concluo que nós, os seres humanos, independente de raça, cor e religião vivemos constantemente uma cegueira branca, somos omissos em situações que deveríamos ajudar, buscamos de alguma maneira tirar vantagens sobre os outros, infelizmente não vemos o mundo como deveríamos enxergar, isso reflete a frase de abertura do livro escrito por Saramago “Se podes olhar, vê. Se podes ver repara”.

Constatei que a mulher a todo o momento é evidenciada como o alicerce mais forte entre os homens, visto que a esposa do médico, ao contrário que diz o ditado “em terra de cego, quem tem um olho é rei”, ela e quem mais sofre. A mesma sujeitou-se a ser internada no manicômio juntamente com os cegos, sente a culpa por guardar o segredo de sua visão e não poder ajudar a todos, afinal ela se tornaria escrava deles caso o fizesse. Mesmo enxergando ela não deixou de passar pelos mesmos sofrimentos que as outras mulheres, de ser estuprada ou passar fome, porem é a primeira a compreender o que é realmente a cegueira branca.

Será que hoje realmente alguém enxerga como deveria? No meu ponto de vista repondo esse questionamento com um “não” e finalizo, com muito pesar, que a humanidade terá que passar por um sacrifício para poder ressurgir e voltar a enxergar.

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