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AÇÕES DE RSC NUM AMBIENTE GLOBALIZADO CONSEGUEM RESOLVER PROBLEMAS SOCIAIS?

Por:   •  16/7/2018  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  338 Visualizações

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neste período, houve uma intensificação relacionada à tentativa de regulamentar as atividades dos investidores estrangeiros. Está questão foi por muitas vezes exposta pela ONU, com intuito de fixar normas que pudessem controlar as ações de Companhias Transnacionais (TNCs), haja vista, supor que tais normas pudessem trazer segurança às empresas menores que não estavam aptas para concorrer neste mercado competitivo.

Já em 1980, o Estado assume uma postura de “acompanhante”, afastando-se diretamente no que tange a sua intervenção aos países desenvolvidos e aos que estão em processo de desenvolvimento. De certa forma, trouxe uma autonomia maior as Transnacionais que pautam suas ações em benefícios próprios, ou seja, arbitragem regulatória. Neste período, iniciou-se uma mutação de interesses por parte dos países que passaram a disputar as instalações das TNCs em seus territórios com o intuito de captar o Investimento Direto Estrangeiro (IDE). A grande totalidade dos Investimentos Direto Estrangeiros (IDE) nas décadas de 70 e 80 concentrava-se nos países desenvolvidos. Entretanto, os países em desenvolvimento apresentavam uma participação nestes investimentos, mas não era considerada significativa quando comparada aos desenvolvidos.

No decorrer dos anos, este cenário foi sendo alterado, tanto que o investimento no exterior de países em desenvolvimento passou de US$ 53 bilhões em 1992-1998 para US$ 85 bilhões em 1999-2004, segundo Goldstein y Hernandez (2007).

Em 1990 a Responsabilidade Social passou a ser implementada por grande parte das organizações, justamente por ter sido intensificado neste momento como um quesito de competitividade, haja vista, a pressão exercida pelas ONG´s (Organizações Não Governamentais) e a sociedade em si, que de certa forma, passou a ter conhecimento e valorizar empresas com tais práticas sociais. Neste mesmo período, as Agências de Desenvolvimento passaram também a dar uma atenção especial a este aspecto e tomar postura voltada às práticas de ações sociais, tais como:

• O apoio ao governo do Amazonas, por parte do Banco Mundial com intuito de reduzir a pesca ilegal e assegurar a produção natural de peixes na região, como por exemplo, o pirarucu;

• O Pacto Global iniciado pela ONU (Organização das Nações Unidas) que objetiva a integração de dez princípios essenciais nas práticas organizacionais ao redor do mundo, além de estimular o desempenho para concretização dos objetivos Da ONU, como por exemplo, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, além das contribuições financeiras anuais para manter o projeto;

• A Agência de Desenvolvimento do Canadá (CIDA) que financia de projetos modestos em países em desenvolvimento como o Brasil e;

• O Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID), que compartilha bolsas de estudo da comunidade do Reino Unido para alunos desprovidos de recursos financeiros para quitar seus estudos.

Em meio ao envolvimento das Agências de Desenvolvimento nas ações de Responsabilidade Social, Jenkins (2005) faz uma objeção sobre qual seria o interesse das Agências de Desenvolvimento em RSC? Qual o fator motriz que desencadeou o interesse das Agências?

Para compreender estes questionamentos, Jenkins (2005) buscou ser preciso ao elucidar duas características.

• A primeira delas se refere ao fato da mudança do ponto de vista por parte das Agências devido à implementação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é um meio de análise com visão em três óticas básicas que são saúde, renda e educação, já o Produto Interno Bruto (PIB) foca somente o aspecto econômico;

• A segunda característica está alicerçada no que denominamos de Consenso de Washington, que foi o despojamento do papel do Estado, principalmente, com a implantação de um conjunto de medidas que focava na liberalização, atribuindo a responsabilidade ao setor privado.

Globalização

O termo globalização é bem abrangente e citado por vários autores em diversas situações. Houaiss (2004), por exemplo, conceitua Globalização de três formas, sendo:

• "intercâmbio econômico e cultural entre diversos países, devido à informatização, ao desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, à ação neocolonialista de empresas transnacionais e à pressão política no sentido da abdicação de medidas protecionistas";

• "espécie de mercado financeiro mundial criado a partir da união dos mercados de diferentes países e da quebra das fronteiras entre esses mercados" e;

• "integração cada vez maior das empresas transnacionais, num contexto mundial de livre-comércio e de diminuição da presença do Estado, em que empresas podem operar simultaneamente em muitos países diferentes e explorar em vantagem própria as variações nas condições locais".

A abordagem será limitada ao terceiro conceito por ele identificado, haja vista, o mesmo apresentar uma definição mais coerente do que é proposto neste ensaio.

O mundo global, no qual estamos inseridos nos remete a uma situação irreversível, onde os avanços tecnológicos são perceptíveis em várias situações, como na substituição de produtos por mais modernos, utilização de serviços e a facilidade de aquisição de produto/serviço em qualquer parte do mundo. Tais mudanças faz com que venhamos nos aperfeiçoar e adaptarmos ao contexto contemporâneo.

Quanto às organizações, também não é diferente, pois a competitividade passa-nos a ideia de corrida contra o tempo. Portanto é preciso inovar, modificar, agrupar, dissolver, enfim, com o intuito de permanecer equilibrado em meio às mudanças existentes.

Juntamente com a globalização, alguns assuntos vieram à tona, como mencionado por Wade (2004) que questiona sobre os benefícios e malefícios dessa abertura de mercado, principalmente na abrangência dos quesitos sociais.

Quanto aos que são adeptos à globalização, destacamos Franco e Kraay (2002) que menciona a globalização iniciada na década de 80 como a melhor propulsora da economia igualitária e a diminuição da pobreza. Em contrapartida a este movimento apresenta-se Jay Mazur, líder sindical do EUA (2000), expondo que a globalização proporcionou em doses maiores as diferenças sociais dos países interna e externamente, contrariando os pressupostos. Com isso, os movimentos contrários à globalização, defendem uma atuação mais expressiva do Estado, voltando a atuar como assistencialista e coordenador de ações que minimizem os problemas sociais existentes, como a pobreza e a desigualdade.

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