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A Controladoria e Sistemas de Informação

Por:   •  8/12/2018  •  1.225 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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RELATÓRIO DESCRITIVO DE ANALISE DE ÍNDICES DA EMPRESA EXEMPLO S/A (2006,2007 e 2008)

Após a análise e interpretação dos índices financeiros, econômicos e de atividades calculados com base no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado do Exercício da Empresa Exemplo S/A, levantados em 31/12 dos anos de 2006, 2007 e 2008, apresentamos as seguintes informações:

Estrutura de Capital

A Empresa Exemplo S/A aumentou seu endividamento de 154%, em 2006, para 183%, em 2007 e 239% em 2008, passando a depender muito mais de capitais terceiros, piorando seu indicador de risco em relação a 2006. Entretanto, em 2007 e 2008, alterou o perfil de sua dívida, pois o percentual de dívidas de curto prazo, que era de 81% no ano precedente, passou para 54% em 2007e 49% em 2008, dando-lhe mais prazo para pagamento das mesmas. O grau de imobilização do Patrimônio Líquido que era de 71% em 2006, subiu para 121% em 2007e 163% em 2008, absorvendo tanto em 2007 como em 2008, todo o Patrimônio Líquido e ainda uma parcela de capitais de terceiros equivalente a 21% e 63% do mesmo respectivamente. Com isso, a empresa ficou sem Capital Circulante Próprio em 2007 e 2008. Entretanto, a imobilização de recursos não correntes permaneceu dentro de níveis equivalentes (100%) e permitiu à empresa até mesmo aumentar o Capital Circulante Líquido em 2007 e diminuir um pouco em 2008.

Liquidez

Em virtude de não ter Capital Circulante Próprio em 2007 e 2008, a liquidez Geral caiu para 0,88 e 0,74, quando havia sido de 1,18 em 2006. Queda significativa de 37% em relação a 2006. Isto significa que a relativa tranqüilidade existente em 2006 deixou de existir tanto em 2007 como em 2008, pois à longo prazo a empresa dependerá da geração de recursos para manter boa liquidez. Contudo, em decorrência do aumento do Capital Circulante Líquido, a empresa conseguiu melhorar ligeiramente a Liquidez Corrente ( donde se conclui que o nível de Capital Circulante Líquido mantido é satisfatório); isso indica que a curto prazo não haverá problemas de liquidez. Quanto à liquidez Seca, houve queda insignificante de 0,90, em 2006, para 0,87, em 2007 e 0,82 em 2008. O quociente de liquidez imediata de 0,03 em 2006, 0,02 em 2007 e 0,01 em 2008, indica que para cada R$1 de dívida à curto prazo, existem respectivamente R$ 0,03, R$ 0,02 e R$ 0,01 no disponível da empresa. No caso da empresa Exemplo S/A, vamos supor que, do total das obrigações de curto prazo, 10% vençam dentro de 20 dias. Neste caso, podemos considerar insatisfatório o quociente encontrado nos três períodos.

Rentabilidade

Se do ponto de vista financeiro piorou a situação, com algumas compensações, do ponto de vista econômico a situação piorou completamente. Para cada R$1 investido a empresa vendeu R$1,76 em 2006. Já em 2007 vendeu apenas R$ 1,11 e em 2008 R$ 1,04 o que significa apreciável queda das vendas em relação ao investimento efetuado. Enquanto isso, a margem de lucro líquido caía de 4,66% para 3,77% em 2007 e 2,84% em 2008, ou seja, em cada $100 vendidos a empresa passou a ganhar muito menos, em 2008. Para se ter uma idéia do efeito conjunto dessas quedas, a rentabilidade do Ativo caiu pela metade, ou seja, de 8,20% para 4,19% e em relação a 2008, queda de 64%. Isso significa que o seu poder de capitalização desceu a níveis muito baixos: enquanto pela rentabilidade do Ativo, em 2006, a empresa demoraria cerca de 12 anos para dobrar o Ativo e contasse exclusivamente com recursos de lucros acumulados, em 2007 demoraria 23 anos e 2008 levaria 34 anos. Como reflexo disso, a rentabilidade do Patrimônio Líquido desceu de 23,64% para 10,79%, queda de 54% em relação a 2006 mostrando que a empresa conseguiu remuneração modesta do seu capital em 2008.

Atividade

A empresa Exemplo S/A, tinha em 2006, ciclo de caixa (financeiro) bem inferior ao padrão mediano do ramo: a empresa necessitava tomar financiamentos para o giro por um prazo 17 dias aquém da média do ramo. Isto se devia sobretudo ao maior prazo obtido de seus fornecedores em relação à média do ramo, bem como ao menor ciclo operacional.

No último exercício, a empresa não conseguiu manter o prazo de fornecedores acima da média do ramo e o seu ciclo operacional cresceu demasiadamente em virtude do excessivo Prazo Médio de Renovação de Estoques de 74 dias, em 2006, para 112 dias, em 2008.

Como o Prazo Médio de Renovação de Estoques depende mais da própria administração do que do mercado, aparece haver um descontrole da empresa em relação aos seus estoques.

Com isso, o ciclo de caixa em 2008 passou a 40 dias acima da mediana do ramo e 57 dias acima da daquele de 2006.

Análise Global (Conclusão)

Analisando de forma global a estrutura de Capital, ou seja, como a empresa está trabalhando com suas principais fontes de recursos (Próprios e Terceiros), a Exemplo S/A possui todos os índices superiores ao índice de referência de mercado, ou seja, apresentando riscos de futuros investimentos na empresa, em função do alto endividamento, forte imobilização de capital próprio e de recursos não correntes, exceto a Composição de endividamento, contribuindo com um menor poder de liberdade da empresa em suas tomadas de decisões de futuros investimentos.

Já a liquidez da empresa, ou seja, como apresenta a sua capacidade de pagamento de dívidas, a Exemplo S/A possui todos os índices inferiores ao índice de referência de mercado (exceto liquidez corrente), o que não é bom, apresentando fraca capacidade de pagamento de suas dívidas a longo prazo e certa dependência de seus estoques para pagamentos de suas dívidas a curto prazo, percebe-se uma forte tendência de piora destes indicadores para os próximos períodos.

Em função do alto endividamento, queda da sua capacidade de pagamento de dívidas, percebe-se o reflexo destes indicadores em sua rentabilidade, onde medimos a capacidade destes investimentos gerarem retornos satisfatórios para a Exemplo S/A. E pelo que se vê, nos exercícios analisados, seus índices pioram com o tempo e com forte tendência de mais quedas e assim tornando-se insatisfatória em relação ao mercado.

Enfim, de modo geral, entende-se que um dos maiores problemas detectados por possíveis problemas financeiros na empresa, seria o forte crescimento do seu ciclo operacional em relação a 2006 e o mercado (padrão), principalmente na demora nas vendas de seus estoques

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