História da Música
Por: Evandro.2016 • 28/2/2018 • 1.752 Palavras (8 Páginas) • 285 Visualizações
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A música até este momento não havia sido direcionada ao ensino escolar, ou envolvida na educação de crianças. Ainda estava muito ligada à igreja, tanto católica romana como a protestante de Martinho Lutero, ou era apresentada 12 em teatros ou grandes concertos que eram comuns nos vários impérios europeus daquela época, sempre ligada ou a assuntos políticos ou assuntos religiosos.
A MÚSICA NO BRASIL
A música do Brasil se formou a partir da mistura de elementos e características dos europeus, africanos e indígenas, trazidos por colonizadores portugueses, escravos e os padres jesuítas que as usavam em cultos religiosos e para atrair atenção para a fé cristã, para dentro da igreja. Mas os nativos que já habitavam aquelas terras também tinham suas práticas musicais, movimento que ajudou a estabelecer uma enorme variedade de estilos musicais, que se concretizaram com o decorrer dos anos da história. Em solo brasileiro, os primeiros momentos em que a música fez mais sucesso que tem registros históricos, são as dos padres jesuítas, que, naquele momento, queriam mais fiéis para dentro das igrejas do que a educação ou se importarem que a música poderia criar várias manifestações artísticas, não, eles apenas queriam mais fiéis, mais pessoas dentro da igreja, sem se importar com o que a música realmente poderia ser crucial na vidas das pessoas e principalmente das crianças. França mostra esse contexto histórico em sua obra A Música no Brasil (1953, p.7):
“O coral Gregoriano mágico instrumento de conversão de que se utilizou o jesuíta José de Anchieta, aquela magnífica figura de evangelizador. E com ele os jesuítas Aspicuelta Navarro e Manuel de Nóbrega. Este dizia que: „com a música e a harmonia, atrevo-me a atrair para mim todos os indígenas da América ‟.
A relação dos índios com os jesuítas ficou mais próxima por meio da música que os padres usavam para poder catequizar aquele povo. Logo após sua chegada, os jesuítas construíram aldeamentos que chamavam Missões ou Reduções, esses 13 locais serviam para levarem sua fé aos índios e para que eles pudessem ter mais tranquilidade no Brasil colonial. Davidoff (1994, p.42) caracterizou como eram estruturadas as Reduções jesuítas: “O armazém geral, a casa de hóspedes e a casa das moças eram mais pobres e os alojamentos indígenas consistiam de longos edifícios de pau-a-pique ou adobe, abertos para uma varanda coberta".
Por mais que houvesse aulas de cantos e aulas para aprenderem alguns tipos de instrumentos pelos padres, não havia um foco educativa nessa prática, esse “ensino” era apenas religioso, usado pelos padres para poderem espalhar a fé da igreja para todo o povo indígena
A partir do século XVII, a música popular ganha muita força e incentivo no Brasil, principalmente o lundo ou landu, no começo uma dança africana, assim descrita por Mário de Andrade (1980). No período colonial e primeiro império chegava ao Brasil as valsas, polcas, tangos e outras diversas danças e músicas estrangeiras, que nos Brasil acharam um meio para poderem se expressar. Em relação a isso, Renato Almeida expressa em seu livro A História da Música Brasileira (1926, p.108):
Queremos dizer que, na nossa música popular, é fácil distinguir as origens rítmicas, embora não se conservem exatas e essenciais. Um mundo de influências e interferências, o clima, o caldeamento do sangue, o cultivo e as condições de vida de lugar a lugar, tudo isso, que a arte popular reflete, refrangendo no prisma de suas intenções fez com que os cantares fossem variando dia por dia, contornando-se, modificando-se, mas sem perder o caráter básico e definitivo do ritmo.
Os africanos que foram escravizados e trazidos ao Brasil, devemos boa parte da formação da nossa música popular, Foi esse contato com o povo africano que enriqueceu essa parte toda rítmica de movimento, e trouxe essa riqueza musical que temos nos dias atuais
Já no fim século XIX e início do XX, com o fim da escravidão em 1888, foram abertas novas portas para que outros imigrantes pudesse chegar ao novo continente a vinda de imigrantes europeus, para o trabalho nas lavouras de café e algodão. Esses chegam com vários outros ritmos de sua terra natal, como a mazurca, que acaba sendo abrasileirada (sic.) e transformada no maxixe.
Essa transformação de ritmo dá origem ao choro. Mas, uma música popular brasileira só se formaria mesmo com o carnaval carioca e a chegada do gramofone ao Brasil na década de 1930 do século XX. Apareceria então o samba urbano, o ritmo mais famoso do Brasil. Depois disso, com o rádio, a televisão e a indústria
14 fonográfica a música popular se consolida e chega à variedade gigantesca que hoje encontramos.
Essa breve história da música no Brasil mostra como ela chega por aqui pelos povos africanos, os padres jesuítas, imigrantes europeus e a que já se fazia presente antes da colonização com os povos indígenas. A música é uma forte presença no povo brasileiro em todas as suas classes sociais, Mário de Andrade
(1980, p.163) diz: “[...] o estudo científico da música popular brasileira ainda está por fazer. Não há sobre ela senão sínteses mais ou menos fáceis, derivadas da necessidade pedagógica de mostrar aos estudantes a evolução histórica da música brasileira”. Então, é preciso antes de tudo estudá-la e entendê-la, para levar à música a escola com propriedade.
Em relação ao ensino de música, do descobrimento até meados do século XX, este acontecia de forma geral e aleatória, sem conotação educativa, sem registros que esclareçam uma organização pedagógica no seu uso. Era utilizada na perspectiva de ensinar a tocar instrumentos (cravo, piano, violão) ou para professar a fé cristã pelos padres jesuítas e como manifestação cultural.
Só em 1854, por decreto real é regulamentado
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