Agrupamentos e Trocas

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Knynik(2013), quando fala de educação matemática, destaca a importância de considerarmos as práticas culturais como expressões de conhecimento matemático. Nesta perspectiva, a educação do campo exige a valorização das interrelações dos saberes populares e acadêmicas, buscando a produção de conhecimento pelo aluno.

Agrupamento com recurso de contagem e compreensão

do Sistema Decimal.

O ato de agrupar traz para as crianças a percepção de que juntar objetos em grupo, facilita e abrevia a contagem e fazem o uso deste recurso ao manipular objetos, ou ao representa-los por esquemas.

Atividades de agrupamentos e trocas faz com que a criança perceba semelhanças e diferenças em situações de contagem, contribuindo para a abstração e compreensão do sistema de númeração.

O objetivo não é que a criança decore os termos, unidade, dezena, centena, mas é preciso que a criança entenda o que é essa base (dez) e para que serve.

Para a realização de atividade de agrupamento, é possivel utilizar inúmeros objetos como: palitos, tampinhas, sementes, fichas, material dourado, "dinheirinho", entre outros; Além da possibilidade de aplicar jogos e brincadeiras que envolvam agrupamentos e trocas.

É fato que na construção do SND é preciso passar por etapas como contagem, agrupamento, trocas e destaca-se a caracteristica posicional do sistema. Lembrando-se que para que exista uma aprendizagem real, é preciso que haja estimulo e proposta de atividades lúdicas que estimulem as crianças.

Papéis do brincar e do Jogar na aprendizagem do SND.

O brincar não é algo vago, mas é um ato constituído por conhecimento científico e conhecimento espontâneo.

No uso da brincadeira como ferramenta de ensino-aprendizagem, pode-se verificar as relações que a criança possui, entre o conhecimento científico e o conhecimento espontâneo.

Os jogos e brincadeiras são ferramentas muito poderosas, onde é gerada uma realidade não somente no campo matemático, mas também em outras areas, inclusive fora da escola.

Visto que é necessário que haja uma discussão sobre o conceito de jogo e de atividade lúdica, pois é preciso que o professor seja um mediador da aprendizagem.

É preciso que o professor esteja atento ao aplicar os jogos, pois não é simplesmente aplicar a atividade, mas é preciso ter objetivos para que a ferramenta seja efetiva.

As brincadeiras podem acontecer pelo livre brincar no espaço, e por observação da realização de brincadeiras e jogos com a finalidade de construção de conhecimento matemático.

Outro tipo de jogo que estimula a aprendizagem da matemática, é quando a criança recebe a proposta de jogos totalmente novos, onde o professor apresenta o jogo partindo do conhecimento a ser ensinado. É preciso que exista a intervenção do professor para que as regras do jogo sejam cumpridas, pois se tal não acontecer, a aprendizagem pode não ocorrer conforme esperado.

É necessário que a ludiciade não seja esquecida durante a elaboração de uma atividade ou jogo matemático, pois ela é quem atrai o interesse das crianças.

As regras dos jogos permitem o entendimento de conceitos matemáticos, por isso é de extrema importância que sejam seguidas e respeitadas. Tais regras como as do "Jogo do Tapetinho", ou do "Nunca Dez", contribuem para a compreensão e dão suporte para o entendimento do SND.

Também é possivel que o professor evolua para objetivos maiores com tais jogos, direcionando-os á ciclos e anos mais adiantados.

Organização do trabalho pedagógico.

Quando nos referimos ao processo didático-pedagógico, com o uso de jogos, é preciso lembrar de três etapas indispensáveis:

1-O ensino e apresentação de um novo jogo, para favorecer a aprendizagem de regras.

2-Desenvolvimento do jogo pela criança.

3-A discussão e socialização do jogo.

Inicialmente para a apresentação de um novo jogo, é preciso criar estratégias para organizar a classe, de maneira que todos consigam observar os demais colegas jogando, para que possam assimilar mais facilmente.

No segundo momento, quando os alunos já aprenderam como se joga e as regras do jogo, o desenvolvimento da atividade deve acontecer em pequenos grupos. O professor vai passando de grupo em grupo, explicando, estimulando e fazendo perguntas.

O terceiro momento acontece quando acaba o jogo, dai então o professor discute coletivamente com os alunos, as idéias matemáticas do jogo. A discussão deve investigar o que ocorreu enquanto jogavam, como: quais dificuldades tiveram, qual foi o maior desafio etc. O professor pode pedir para que os alunos falem, expliquem o que aconteceu durante a experiência vivida.

O momento do jogo também é um momento para que sejam discutidas e trabalhadas questões conflituosas.

Logo depois que as regras foram assimiladas é interessante que os alunos façam o registro escrito, de forma que em cada rodada tenham que anotar quanto tinham, quanto ganharam etc. Esses registros são ótimas ferramentas para obter a avaliação da aprendizagem.

E por ultimo vem a grande importância do professor explicar aos alunos quais são os