Leandro Karnal
Por: Evandro.2016 • 12/4/2018 • 2.371 Palavras (10 Páginas) • 287 Visualizações
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OS PEREGRINOS E A NOVA INGLATERRA (Páginas 46 – 47)
Porém, não podemos classificar os imigrantes apenas como órfãos, mulheres sem futuro e pobres. Existiu também um grupo de imigrantes chamado de “Peregrinos”. Diante das grandes perseguições religiosas vividas na Inglaterra dos Séculos XVI e XVII a América se tornou um bom refúgio para esses grupos religiosos perseguidos. Esses Peregrinos acabaram sendo conhecidos como “Pais Peregrinos” ou “Pilgrim Fathers” e são considerados como fundadores dos Estados Unidos. Não pais de toda a nação, mas sim da parte “WASP” dos Estados Unidos. Ou seja, da parte “Branca Anglo-saxônica e Protestante” ou “White Anglo-Saxon Protestant”. Os “Puritanos” (Protestantes Calvinistas) procuravam de todas as formas validar a ideia por eles defendida de que eles constituíam uma “Nova Canaã”, um novo “Povo de Israel”. Ou seja, um grupo de escolhidos por Deus para criar uma sociedade de eleitos. Para justificarem essa ideia, eles buscavam validar seus pensamentos de acordo com afirmativas que eles procuravam na Bíblia. A população das colônias cresceu muito rapidamente e incluíam inúmeros tipos de colonos. Tomar os peregrinos protestantes como padrão é reforçar uma parte do processo e ignorar várias outras.
EDUCAÇÃO E RELIGIÃO (Páginas 47 – 51)
A educação escolar adquiriu um caráter particular nas colônias. Os ingleses possuíam várias versões da Bíblia na sua língua, sendo assim, eles possuíam a preocupação de que todos aprendessem a ler e escrever. Sendo assim, criou-se um sistema muito bem organizado de Escolas Primárias. A Educação nas Colônias Inglesas possuem sim um caráter religioso, mas não clerical. Além disso, a educação era feita e paga pelos membros da comunidade. Além disso, as Instituições de caráter Superior também possuíam um caráter religioso fortíssimo, já que se destinavam notadamente à formação de elementos para a direção religiosa das colônias. Em todos os documentos sobre educação existe uma mesma preocupação: o conhecimento das coisas relativas à religião. Do Ensino Primário ao Superior, o conhecimento da Bíblia orientava todo o projeto educacional das colônias inglesas. Esse grandioso interesse pela educação tornou as 13 Colônias uma das regiões do mundo com o menor índice de analfabetismo. As 13 Colônias possuíam um nível de educação formal bastante superior à realidade dos Séculos XVII e XVIII, seja na Europa ou no restante da América. Ainda assim, haviam mais alfabetizados brancos, homens e ricos do que mulheres, negros, indígenas e pobres. A situação religiosa Inglesa era muito diversificada. As cidades das Colônias Inglesas possuíam puritanos, batistas, quakers, católicos e uma infinidade de pequenas seitas protestantes também de outas partes da Europa. Todos acreditavam em Jesus, mas havia uma grande variação daí em diante.
OS PURITANOS DE MASSACHUSETTS (Páginas 51 – 53)
A região de Massachusetts era povoada por puritanos que estavam descontentes com a tolerância religiosa da Igreja Inglesa. Esses Puritanos de influência Calvinista acreditavam numa Igreja forte que tivesse poderes Civis. Para a criação dessa Igreja-Estado, foram tomadas várias medidas: Primeiro foi estabelecido que apenas membros da Igreja Puritana poderiam votar e ter cargos públicos; tornou-se obrigatória a presença na Igreja para as cerimônias; todos os novos credos deveria ser aprovados pela Igreja e pelo Estado; a Igreja e o Estado atuariam juntos para punir as desobediências a essas outras normas. Essa colônia estava muito próxima, portanto, dos ideais católicos da teocracia.
Um dos exemplos negativos dessa radicalização Puritana se encontra na perseguição as bruxas, tendo como principal vítima a cidade de Salem. Quase 200 pessoas foram presas e 14 mulheres e 6 homens acabaram executados. A teocracia puritana acabou deixando um saldo trágico na memória dos colonos. Quase 100 anos depois, a primeira emenda à Constituição dos EUA estabelecia que o Congresso não faria leis sobre o livre exercício da religião.
Os Quakers da Pensilvânia e outros grupos (Páginas 45- 47)
Entre os diversos outros grupos religiosos que chegaram na colônia regida pelos puritanos, tinham a presença de um grupo mais liberal, com princípios até mesmo anarquistas, os Quakers. Que alcançou seu auge quando liderados por William Penn que estabeleceu uma comunidade na Pensilvânia, onde ofereciam terras, liberdade religiosa, e principalmente um lugar para se viver em paz. E isso começou a ganhar força entre os colonos e as pessoas que já estavam fartas da rigidez aplicada pelos puritanos.
A cidade seguia o modelo Europeu: as ruas eram em linha retas, pavimentadas e de boa aparência, mas quando Penn deixou de governar houve conflitos entre os demais grupos religiosos. Neste momento ocorreu o “Grande Despertar”, um movimento que trouxe o aparecimento de pregadores que transmitiam a mensagem de maneira mais carismática e que estimulou a fundação de outras seitas protestantes por negar uma tradição religiosa, evitando as antigas experiências. Os católicos romanos, por exemplo, eram vistos no período colonial como fiéis de uma autoridade estrangeira e como perigosos a nova nação.
Colônias do Norte e do Sul (Páginas 47 – 49)
As colônias do Norte tinham por característica climática um ambiente semelhante ao europeu, o que desencadeou uma economia voltado mercado interno, a policultura, o trabalho familiar, a pesca e a venda de peles. Uma área totalmente prospera foi a produção de navios, estes que seriam usados para o comércio triangular, onde se compravam cana e melado das Antilhas para produzir rum e assim, serem vendidos na África. Este tipo de comércio fez com que a região Norte da colônia fosse mais independente economicamente da metrópole e não se condicionassem aos seus interesses, os comerciantes agiam com grande liberdade.
As colônias do Sul eram bem distintas se comparadas com as colônias do Norte. Com um solo e clima mais propícios aos interesses europeus sua economia era totalmente voltada para a metrópole, para o mercado externo e isso interferiu bastante no processo de independência. Sua economia era movida pelo tabaco, a produção do fumo e por falta da mão-de-obra suficiente foi imposto o uso de escravos e o trabalho servil, acarretando uma grande desigualdade na sociedade sulista.
Indígenas (Páginas 49 – 53)
Após a chegada dos europeus,
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