Uso de Rochas na Engenharia Civil

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O calcário segundo Iamaguti (2001), tem 50% no mínimo de carbono de cálcio em sua composição. É de origem orgânica (proveniente de conchas e corais) e química (precipitação de carbonato de cálcio). Os calcários impuros apresentam teores variáveis de quartzo, silte, dolomita além de fragmentos de rochas. Dependendo da composição e textura variam de giz, coquina, calcário argiloso, oolítico e litográfico. Tem cores branca a tons avermelhados, castanhos ou pretos, granulação fina e grosseira, pode ser maciço, estratificado ou rico em fosseis, não é resistente ao fogo e baixa resistência a riscos e abrasão. Pode ser aplicado em decorações, revestimentos e ornamentações de parede.

Resultam de outras rochas pré-existentes que, no decorrer dos processos geológicos, sofreram mudanças mineralógicas, químicas e estruturais, que provocaram a instabilidade dos minerais, os quais tendem a se transformar e rearranjar sob novas condições. (HAGEMANN 2011)

Destaca-se os mármores e quartzitos

De acordo com Hagemann (2011), o mármore é contituido de mais de 50% de minerais carbonáticos formado pelo metamorfismo de rochas sedimentares calcíticas ou dolomíticas. Tem granulação variada e cores branca, rosa, cinzenta e esverdeada. Para Iamaguti (2001), o mármore apresenta baixa abrasão e uma resistência mecânica menor que o granito. Desta forma sua utilização é feita em revestimentos de parede e piso, objetos decorativos e lápides.

Os quartzitos são derivados dos arenitos através de metamorfismo de contato ou regional, podendo ser moderado e intenso. Pode ser encontrado associados a filitos, xistos e mármore derivados de sedimentos. Sua composição é de 80% quartzo recristalizado com teores variáveis de mica e feldspato. Tem como tonalidades cores claras que refletem a luz como tons de branco amarelo cinza ou verde, granulação vai de fina a grossa e textura engrenada ou sacaroidal. Possui alta resistência a abrasão nos quartzos ortoquartzitos (grande concentração de quartzo), pelo fato dos minerais reativos serem quase inexistentes, passa a ser inerte a agentes de alteração (produtos de limpeza e chuvas ácidas). Deste modo utiliza-se em revestimentos de piso e revestimento de bordas de piscina devido a sua porosidade e superfície rugosa. (IAMAGUTI 2001)

Referencias:

FRAZÃO, Ely Borges; PARAGUASSU, Antenor Braga. Materiais rochosos para construção. In: OLIVEIRA, Antonio Manoel dos Santos. BRITO, Sérgio Nertan Alves de (Org.). Geologia de Engenharia. São Paulo Associação brasileira de geologia de engenharia, 1998. p. 331-342.

SZABÓ, Gergely A. J.; BABINSKI, Marly; TEIXEIRA, Wilson. Rochas Ígneas. In: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, M. Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; e TAIOLI, Fabio (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: editora, 2000. p. 327-346.

HAGEMANN, S. E. Apostila de Materiais de Construção Básicos 2011/2

CAPUTO, Vicente. Título: Sedimentos e Rochas Sedimentares Disponível em:. Data de acesso 11/12/2016

HAGEMANN, Sabrina Elicker. Apostila de Materiais de Construção Básicos. Univerisdade Aberta do Brasil, Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, 2011. Disponível em: . Acesso em 10 de Dez. de 2016.

IAMAGUTI, Ana Paula Santini. Manual de Rochas Ornamentais para Arquitetos. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2001. Disponível em: Acesso em 12 de Dez. de 2016.

MARANGON, Márcio. Elementos da Geologia. Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2005.