Resenha do Filme A Vila

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de um dos dirigentes da vila, Alice Hunt (Weaver), propõe aos conselheiros do lugarejo a ir ele mesmo até a cidade com a finalidade de somente buscar medicamentos.

O problema começa a partir daí, quando, antes mesmo de se obter uma resposta sobre viajar ou não para a cidade, as criaturas, misteriosamente, ’quebram’ o pacto e começam a invadir a vila.

Um outro ponto explorado no filme é o triângulo amoroso entre Hunt, o deficiente mental Noah Percy (Brody) e Ivy Walker (Bryce Dallas Howard), uma bonita e determinada jovem com deficiência visual, filha de um dos dirigentes do lugar, Edward Walker (Hurt).

Infelizmente, como nada é perfeito, Shyamalan deixa a ’bomba’ estourar antes do tempo, ou seja, dessa vez, ele revela a surpresa muito cedo. Como todos os seus filmes possuem o final inesperado e dessa vez como não quis ser diferente, Shyamalan, erroneamente, acaba se precipitando e liberando a ’verdade’ em um momento inoportuno, o que é uma fatalidade.

Bem, é uma verdade que, durante o filme, muitos de nós gostaríamos de nos iludir por mais algum tempo e que o diretor tivesse ’segurado as pontas’, ou melhor, o suspense, por mais alguns instantes antes de nos surpreender. Talvez o culpemos, e até demais por esse erro, mas uma coisa é indiscutível: não precipitar é a melhor saída. Shyamalan é dono de uma carreira, e muito boa por sinal, mas comete um erro como esse, é uma fatalidade. Por quê? Porque assim, nos próximos filmes, Shyamalan já terá experiência de que deve formular melhor as idéias sobre os projetos em andamento e não apenas entregar o material sem se preocupar com o que os telespectadores vão pensar a respeito.

M. Night Shyamalan, ao entregar A Vila, prova pela quarta vez, que tem capacidade profissional para dirigir um suspense com grandes nomes cinematográficos e situações inusitadas.