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O PERCURSO DO DESENHO

Por:   •  15/5/2018  •  5.985 Palavras (24 Páginas)  •  385 Visualizações

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do cérebro é popularmente denominado como “o cérebro artístico”. Esse nome é dado devido as suas funções, que são responsáveis pela criatividade, o reconhecimento visual, o instinto, a curiosidade e a fantasia. Portanto o lado direito está diretamente relacionado ao fazer artístico e também ao desenho.

Ao desenhar recorre-se ao hemisfério direito do cérebro, que é considerado o emocional e leva ao raciocínio criativo e intuitivo. Por isso, além de desestressar, esta atividade também ajuda a desenvolver habilidades como a criatividade, a emoção e a percepção, pois você começa a observar mais os objetos, as pessoas, as paisagens e a imaginar que tudo pode virar uma bela obra de arte. (RAMIRES 2015).

O cérebro "artístico" está ligado à observação do ambiente que nos rodeia. Ele pode, por exemplo, identificar um rosto familiar em uma multidão; mas é o lado esquerdo que vai buscar o nome da pessoa em nossa memória. (Mundo Vestibular).

Ambos os hemisférios devem trabalhar juntos e de maneira coordenada, onde um corresponde ao outro. Porém algumas pessoas utilizam um lado mais do que o outro.

As duas modalidades se combinam para a maioria das tarefas. Desenhar um objeto ou uma pessoa talvez seja uma das poucas a exigir principalmente uma modalidade: a modalidade visual sem praticamente ajuda alguma da modalidade verbal. (EDWARDS, 2007).

O desenho está presente em cada fase da vida do ser humano. No decorrer da vida o ser humano vai percebendo certas habilidades referentes ao desenho, desde as primeiras expressões denominadas garatujas, ao conhecimento de técnicas até o entendimento do fazer do desenho realista. Sendo assim a seguir será apresentado o percurso do desenho.

2.2 A RELAÇÃO DO DESENHO COM O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

O processo de ensino e aprendizagem também não deixa de estar interligado com o fato de desenhar, pois desenhar desenvolve a concentração, a concentração permite que a pessoa desenvolva habilidades que auxiliam na aprendizagem. De acordo com Jahn, 2011.

É importante trabalhar com atividades que envolvam a linguagem do desenho em todas as etapas escolares. É certo que, esta forma de perceber o desenho, transforma-o em fonte para o desenvolvimento do processo de criação do aluno, capacitando-o a desenvolver o conhecimento em arte e nas demais áreas do conhecimento, e ampliando as possibilidades de perceber e interpretar o mundo na sua volta. A percepção e observação do mundo tornam o indivíduo que percebe e que é capaz de refletir sobre o que percebe também capaz de recriar e transformar a sua realidade.

O desenho, inclusive o de observação facilita o desenvolvimento de habilidades como o raciocínio, atenção e assimilação.

O desenho de observação pode ser um instrumento para a liberdade de criação ao ajudar o aluno a perceber os estímulos que o seu mundo lhe envia. As atividades que levam o desenho de observação como prática de aula podem proporcionar a variação da interpretação do que é observado, ampliando assim os processos de percepção, tais como: identificação, codificação e associação. A atenção e raciocínio são trabalhados simultaneamente, e com isso, a linguagem do desenho já não é para os alunos uma simples cópia, reprodução mecânica, mas sim uma interpretação, pois, o que se percebe com a observação, faz com que o real dialogue com o que se pensa. (JAHN 2011).

Sendo assim o desenho não só auxilia no contexto artístico, mas também em diversas outras áreas do conhecimento, fazendo com que a pessoa tenha maior habilidade e desenvoltura em outras áreas e inclusive no aspecto psicológico e vantagens psicossociais.

3 O DESENHO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O desenho é a primeira expressão artística do ser humano, sendo através dele que a criança desenvolve habilidades psicológicas e motoras, possibilitando que o individuo consiga expressar seus sentimentos e sua imaginação. A segunda infância de uma criança é a fase onde os desenvolvimentos cognitivos e psicossociais começam a demonstrarem-se ativos, pois é o período onde ocorre o aperfeiçoamento da linguagem e da memória, além de aumentar a compreensão e imaginação.

Um dos estágios que Piaget descreve em relação ao desenvolvimento humano, é o estágio pré-operatório, período entre dois e sete anos de idade, onde nesse estágio ocorre o desenvolvimento da capacidade simbólica. “Nesta fase, a criança já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, pois distingue um significador (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente), o significado”. (CHIARATTI, 2013). Nesta fase a criança amplia suas habilidades linguísticas, já possuindo um vocabulário mais complexo e com melhor capacidade de compreensão.

A criança através do desenho expressa seus pensamentos, suas emoções, frustrações e sentimentos, podendo representar algo que as palavras não conseguem dizer, podendo revelar algum tipo de situação. Assim o desenho pode evidenciar o conteúdo mental de uma criança. De acordo com o artigo por colunista Portal Educação, 2014:

Quando nos deparamos com o desenho de uma criança, muitas vezes não conseguimos ver uma lógica ou sentido. Porém é no desenho que a criança cria uma cópia fiel da realidade, onde ela imprime seus sentimentos e ideais podendo dar pistas de como a mente da criança se encontra.

O desenho exerce um papel de grande importância no processo de construção do pensamento de uma criança, contudo, ao analisar o desenho de uma criança, pode-se perceber seu estado emocional, seu modo de pensar e suas habilidades.

Nesse período a criança torna o brincar mais imaginativo, não se contentando em reproduzir aquilo que conhece, então passa a desenhar coisas do imaginário, favorecendo durante a representação gráfica o desenvolvimento da capacidade de criação, assim vai aumentando a vontade de aproximar seu desenho ao realismo.

Talvez desta forma possamos entender por que as crianças, de modo geral, desenham e pintam tanto, de uma forma tão apaixonada, intensa e expressiva nesta idade, pois é imenso o prazer da criança quando ela consegue desenhar ou pintar algo como ela deseja. (RICHTER, 2011).

Segundo Piaget, 1971 apud Pereira:

Na continuidade do processo de desenvolvimento, o movimento de acomodação vai prevalecendo, ou seja, vai havendo cada vez mais aproximação ao real e preocupação com a semelhança ao objeto representado, direção que pode ser vista também no jogo de regras.

O desenho

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