Exercícios Físico Química Atkins

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Outro exemplo bastante comum de bioindicadores aquáticos é a avaliação das mudanças estruturais de peixes. Diversas espécies, como a Tilápia do Nilo tornam-se acumuladores de substâncias tóxicas, como os metais e organoclorados, nos seus tecidos, fígado e sangue, podendo causar até mutações no DNA.

Diversas são as alterações físicas apresentadas pelos peixes que vivem em áreas poluídas, como por exemplo, o aumento anormal do volume do fígado, a alteração das brânquias e dificuldades de cicatrização cutânea.

De acordo com Carretero (2012), pode-se considerar uma espécie de peixe como um bom indicador quando:

- Sua biologia é conhecida;

- A cadeia alimentar ao qual espécie faz parte é conhecida;

- É de fácil identificação;

- Seu tamanho e disponibilidade possibilita estudos agudos e crônicos;

- São resistentes a ambientes poluídos;

As pesquisas com macroinvertebrados indicam que locais onde a água não foi afetada pela ação antrópica e que representa boa qualidade, apresentam uma maior diversidade.

A utilização de macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de poluição e alteração do meio ambiente apresenta diversas vantagens, como o baixo custo, a existência de metodologias já fundamentadas, a rápida geração de respostas aos estímulos ambientais e a grande diversidade de espécies analisadas com diferentes tolerâncias aos poluentes.

Biomonitoramento humano

O biomonitoramento humano pode ser subdividido em monitoramento de dose interna (determinação dos xenobióticos e de seus metabólitos em amostras biológicas, como sangue por ex), de efeito bioquímico (determinação de subprodutos das reações dos poluentes com o DNA ou proteínas) e de efeito biológico (avaliação dos efeitos biológicos causados pelos poluentes, como as alterações enzimáticas).

O biomonitoramento humano tem como objetivo a proteção da saúde humana e, principalmente em casos de comprovada exposição das pessoas à substâncias xenobióticas tóxicas.

Os seres humanos são o topo da cadeia alimentar e, por essa razão, recebem uma carga maior de poluentes devido à biomagnificação nos níveis tróficos.

A utilização do mercúrio foi ainda a responsável pela intoxicação de centenas de operários que trabalhavam na fabricação de chapéus de couro na Inglaterra (século XX). Dentre os principais distúrbios apresentados pelos operários podemos destacar movimentos involuntários dos músculos da face, paralisia, e diversos distúrbios psiquiátricos, como perda de memória e demência.

Os pesticidas a base de organofosforados e carbamatos geralmente apresentam maior toxicidade aguda em humanos, diferentemente dos organoclorados, cuja maioria dos efeitos adversos são crônicos, sua aparição se dá devido a exposição prolongada, ainda que em pequenas doses. Esses compostos apresentam riscos aos agricultores, que os usam sem as devidas precauções.