Sistema de Produção da soja

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Da soja processada ,79% é convertida em farelo e 20% em óleo, sendo o farelo utilizado na alimentação humana e animal e o óleo para o consumo doméstico, produção de biodiesel e etc.

A soja é de grande importância econômica devido a sua exportação, e é um dos alicerces da produção animal , pois é o principal componente das rações de aves, suínos e bovinos.

Visando simular o que acontece na sua produção, realizamos esse trabalho para analisar e estudar soja. Fizemos um canteiro de 15m² onde a plantamos e fomos observando suas etapas fenológicas. Nesse projeto realizado em aula, pudemos aprender mais sobre a cultura, como ela se desenvolve, de suas necessidades quanto ao solo, das condições mais favoráveis para alto índice de desenvolvimento além das possíveis doenças que podem atacá -la.

2. Revisão Literária

2.1 Origem

Segundo historiadores a primeira vez que se ouviu falar em soja como alimento foi na China há 5 mil anos atrás. Perto do ano 2000 a.C a soja já era a base para a produção de tofu e também era usada como uma espécie de moeda de troca.

Essa soja datada de 5 mil anos atrás não chega perto da que conhecemos hoje em dia. Nesta época ela era encontrada nas beiras dos rios e sendo rasteiras. Só durante o séc XI a.C que a soja que conhecemos começou a tomar forma através de cruzamentos feitos por pesquisadores chineses.

Acredita-se que a soja chegou ao Ocidente por volta do séc XVI por conta das grandes navegações. Porém sua adoção como alimento aqui no Ocidente demorou para acontecer, foi por volta do séc XVIII quando os europeus começaram a estudá-la como matéria prima para confecção de óleo e nutriente animal. Já no começo do séc XX os americanos começam com o seu cultivo comercial, enquanto que no final do mesmo suas qualidades chamam a atenção do mercado industrial.

Em 1921 quando a American Soybean Association foi criada, a soja se consolidou como uma cadeia produtiva mundial.

A história da soja no Brasil começou em 1901 quando começam os cultivos na Estação Agropecuária de Campinas e sua distribuição aos produtores paulistas. O

Com a chegada dos Japoneses a soja se tornou mais fácil de se encontrar pelo país e já no ano de 1914 chega nos Rio Grande do Sul. A boa adaptação da soja nas terras do Sul do país e a crescente demanda dos mercados interno e externo deram estabilidade aos preços do produto no mercado, o que incentivou o aumento de área. E a partir de 1970 começa realmente sua expansão que é quando a indústria de óleo começa a ser ampliada. Nessa época o Centro-Oeste era a opção já que surgiu a mecanização na agricultura e o cerrado que antes era visto como um solo pobre, ganhou um novo olhar com o surgimento de insumos que corrigiam a deficiências do solo, tornando-o apto a praticar a agricultura. Essa adaptação é muito em crédito da EMBRAPA que desenvolveu as pesquisas para que pudesse ser cultivada a soja no cerrado. O Brasil, nestes 30 anos como produtor de soja (1970-2000), se consolidou como o segundo maior produtor mundial da oleaginosa e, hoje, o segundo maior exportador de farelo e grão de soja no mundo, após ter sido o primeiro exportador mundial de farelo por longos anos.

2.2.Importância

A soja é utilizada de várias formas diferentes no mundo, desde farelo para alimentação animal até a produção de óleo. A soja hoje é de suma importância no mundo atual. Na questão alimentar, a soja hoje é usada para fazer óleos, margarinas, além de sucos e leites a base de soja.

Esses alimentos a base de soja geralmente são para as pessoas intolerantes a lactose e segundo pesquisas ela está associada a diminuição de doenças cardiovasculares e derrame cerebral. A soja também é usada na parte industrial para produção de ração animal através do seu farelo. Com a mudança do hábito alimentar em alguns países, vem aumentando a procura pelo grão pelo fato de esses hábitos buscarem proteína animal e como ela tem alto valor biológico assemelhando-se à proteína animal cresce sua procura. No Brasil 79% da soja é usada para fazer farelo para alimentação animal e outros 21% para produção de óleo.

Em relação a sua importância econômica a soja só é benéfica em praticamente 3 países, que juntos na safra de 16/17 está previsto para representarem 83% da produção total da soja no mundo, são eles: Estados Unidos, Brasil e Argentina. Como a soja é um dos principais commodity do mundo, sua exportação traz lucros ao país e ajuda a equilibrar a balança comercial, porém a flutuação do dólar faz com que os lucros em reais variam, sendo assim a alta do dólar é benéfica quando exportamos nos trazendo mais lucros. No Brasil ela é a principal cultura agrícola, onde o agronegócio representa 800 bilhões de reais e dentre esses 800 bilhões a soja está ligada a 58% desse valor. O principal país importador da nossa soja é a China. Estima-se que a safra 16/17 no Brasil seja tenha uma produtividade (kg/ha) 6,1% maior que a safra do ano anterior.

Um fator negativo importante da soja é seu impacto no meio ambiente, ela é a planta que mais emite CO² dentre as culturas agrícolas e em paralelo é uma das que mais precisa de carbono no solo. Devido à decomposição mais rápida que qualquer outra cultura, a soja causa efeitos drásticos ao solo, representando 24 vezes mais a perda de carbono quando há a remoção do solo. Assim quando não há carbono no solo é necessário investir em insumos.

Outro uso importante da soja é na silagem. Ela mostrou ser de bom valor nutricional. A melhor fase para cortar a soja para usá-la na silagem é na época do enchimento de grãos, onde alinha-se rendimento e qualidade da forragem.

2.3. Demandas edafoclimáticas

A expressão condições edafoclimáticas refere-se a características definidas através de fatores do meio, tais como: o clima, o relevo, a temperatura, a humidade do ar, a radiação, o tipo de solo, o vento, a composição atmosférica e a precipitação pluvial.

Na produção da soja devemos nos atentar a essas características uma vez que são de extrema importância para seu desenvolvimento.

A água representa 90% do peso da planta e ajuda tanto nos processos bioquímicos quanto fisiológicos além de também ter participação fundamental na regulação térmica da planta.

A disponibilidade da água cresce de importância em duas fases do processo: