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Os Elementos Flexíveis

Por:   •  11/2/2018  •  1.668 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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2.2 – Correias transportadoras

Da mesma forma que as correias tratadas no item anterior as correias transportadoras tem a mesma composição de materiais (apesar de que em quantidades diferentes de cada fase), mas diferem notavelmente em forma e função. As correias transportadoras são muito mais cumpridas e mais largas e tem como função, não a transmissão de potência, mas o transporte de itens sobre a mesma. Este item é muitas vezes de primordial importância na linha de produção e sua parada pode ser influenciar de maneira determinante a queda de produtividade.

No caso destes elementos o principal problema é a delaminação. Este defeito é típico dos compósitos e basicamente quer dizer que uma das laminas das fazes descolou das fases vizinhas. Nessas corrias isso se traduz por bolhas e aberturas na lateral das correias. Outro problema é a degradação superficial da correia, que é vista principalmente em correias que sofrem impactos e transportam cargas pesadas e abrasivas.

Nas verificações e inspeções devem ser verificar as condições dos tambores de acionamento e do contrapeso, as condições de desgaste de superfície, a centralização da correia nos rolos de carga e laterais. É necessário ainda verificar os rolamentos dos tambores e dos rolos. Algumas empresas mais modernas usam a análise de vibração pra monitorar os rolamentos e até mesmo ultrassom para verificar a perda de material superficial.

As verificações devem procurar por trincas, ruídos e aquecimento excessivo. Especial cuidado deve ser tomado em correias que utilizam raspadores, pois uma alta pressão dos mesmos sobre a correia acelera de maneira notável a degradação superficial, além de tender a aumentar, devido a abrasão recorrente com o raspador, qualquer trinca ou defeito no material.

A título de exemplo foi anexado a este trabalho o FMEA (Failure Modes and Effects Analysis – Analise de modo e efeito de falhas) de uma correia transportadora de grande porte da mineradora SAMA que foi feito por alunos do grupo durante estágio nesta empresa. Neste anexo busca-se entender os possíveis modos de falha da correia e suas respectivas tendo em vista

2.3 – Corrente

Corrente é o conjunto de elos metálicos rígidos que são unidos de tal forma que cada elo gira em relação aos outros em determinado eixo, fazendo assim um conjunto flexível. As correntes são geralmente usadas para a transmissão de potência mecânica ou para o levantamento de cargas. Nesta seção focaremos nossos esforços nas correntes de transmissão, estas são engrenadas em coroas dentadas e transmitem o movimento mecânico de uma coroa para outra. É fácil de ver, até mesmo devido ao seu material construtivo que as correntes em geral são usadas para transmissão de altas potências, e assim cada elo deve estar em bom estado para que continue atuando de maneira satisfatória.

As inspeções devem ser feitas da mesma forma que com as correias de transmissão, verificando alinhamento e aperto dos componentes, procurando trincas e desgastes excessivos nos componentes. O tensionamento da corrente pode ser feito por um esticador que não deve estar localizado no lado de tensão da corrente. Diferentemente das correias as correntes necessitam de lubrificação eficaz, sendo este um ponto importantíssimo da rotina de manutenção. O lubrificante atua diminuindo atrito, corrosão, como refrigerante e como meio de limpeza.

Existem várias técnicas para a aplicação de lubrificante, como por exemplo, o emprego da armadura. Esta técnica Consiste em usar a armadura de protege a corrente como deposito de óleo, assim se mantém uma camada de óleo no fundo da armadura de modo que sempre que um elo da corrente passa pela armadura esta seja mergulhado por inteiro no óleo e depois saia continuando seu trajeto. Assim existe a lubrificação constante da corrente. Outras técnicas utilizadas para lubrificação são a manual, banho de óleo e spray sobre pressão. Uma boa lubrificação minimiza as falhas nas articulações.

2.4 – Cabos de aço

Cabos de aço são usados para movimentar cargas geralmente altas, e seu bom funcionamento é geralmente é determinante para a segurança da operação, por isso sua manutenção deve ser primorosa. Assim como nos itens anteriores os cabos de aço devem ser objetos de vistorias periódicas para atestar que estão em bom estado de conservação.

Nos cabos de aço a lubrificação também é importante e demanda grande atenção, pois evita danos por fadiga, corrosão, atrito e abrasão. Também é necessário que a alma central do cabo esteja lubrificada para que assim esteja protegida da ação do ambiente e do atrito com os diversos fios de aço no entorno, devido a esse fato deve ser usado um lubrificante de alta penetração para que o núcleo seja alcançado. Técnicas de lubrificação de cabos de aço incluem: uso de pincel, gotejamento, banho e pulverização.

Em cabos de aço com funções críticas pode ser usado um detector de danos para cabos. Este aparelho funciona por magnetismo e detecta corrosão e rompimento de fios conforme o cabo passa por dentro do detector. Nas vistorias devem ser procurados: danos por esmagamento, diminuição de diâmetro, quebra de arame concentrado em uma dada região, deformação, colapso da alma, evidências de queimaduras e soldas. A tabela abaixo relata os danos admissíveis segundo as características do cabo.

TIPO

MÁXIMO DANO ADMISSÍVEL

6 pernas

6 arames para 6 diâmetros de comprimento

Antigiratório

2 arames para 6 diâmetros de comprimento ou 4arames

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