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OS ECO-MATERIAIS RECICLADOS

Por:   •  11/5/2018  •  5.087 Palavras (21 Páginas)  •  387 Visualizações

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Resumindo o conceito de eco materiais implica a produção de mais produtos, com menos recursos, menos resíduos e menos impacto ambiental. Podemos também sintetizar um conjunto de pressupostos que nos permitem um bom enquadramento na problemática do que são os eco-materiais. Para ser possível identificar um eco-material, temos de o sujeitar a uma série de testes, verificando o seu impacto nas diferentes categorias:

- Consumo de água

- Consumo de recursos não renováveis

- Potencial de aquecimento global

- Potencial de redução da camada de ozono

- Potencial de eutrofização

- Potencial de acidificação

- Potencial de formação de smog

- Toxicidade humana

- Toxicidade ecológica

- Produção de resíduos

- Uso de terra

- Poluição do ar

- Alteração de habitats

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A SIMBOLOGIA & CERTIFICAÇÃO

No dia a dia, quer a nível particular quer a nível profissional, hà uma procura pela eco-eficiência, no entanto nem todos temos a cesso a formação nos torne possível distinguir um material amigo do ambiente de um material comum.

Apesar deste aspeto importante a certificação ambiental dos materiais que dispomos ainda se encontra numa fase de implementação. A área onde assistimos a um maior desenvolvimento é a construção. Este crescimento é resultado da maior preocupação da eficiência energética e ecológica dos edifícios.

No senso comum associamos eco-material a um material que é reciclado, logo é amigo do ambiente. Esta ideia é completamente errada. Não é possível sabermos à partida se por exemplo o material betão é mais amigo do ambiente do que o aço. Pois se o primeiro utiliza materiais locais, e pode ainda permitir o escoamento de vários resíduos industriais (por exemplo aproveitar resíduos resultantes da demolição de outro edifício), produz, no entanto, uma elevada quantidade de dióxido de carbono. Já o segundo, apresenta a vantagem de poder ser reciclado indefinidamente (por exemplo as latas de coca-cola), contudo a sua produção envolve um elevado consumo energético e é suscetível de degradação por corrosão.

[pic 2]

Atualmente parte das cinzas das centrais energéticas a carvão já são utilizadas no fabrico de betão armado, reduzindo consideravelmente a utilização de cimento Portland, e tornando a aplicação de betão armado num processo menos agressivo para o ambiente e mais económico.

[pic 3]

Latas prensadas prontas para serem transformadas em matéria-prima. Cada 1.000 kg de alumínio reciclado significam 5.000 kg de minério bruto (bauxita) poupados.

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As normas

É necessário que a montante da comercialização se proceda a contabilização, de todos os impactos ambientais causados por um determinado material, desde o início da extração das matérias-primas (cradle), até à fase de deposição (grave). Uma tal metodologia correntemente designada por análise do ciclo de vida (ACV) ou “Life Cycle Assesment” (LCA) foi primeiramente utilizada nos Estados Unidos em 1990. existe uma forma de certificação ambiental de materiais e produtos que passa pelas Declarações Ambientais de Produtos ou do Inglês “Environmental product declarations” (EPD´s). Estas são elaboradas segundo a norma ISO 14025 e contém resultados da análise do ciclo de vida (realizada de acordo com as normas ISO 14040), do material ou produto relativamente aos seguintes indicadores (Braune et al., 2007) [16]:

- Consumo de energia não renovável;

- Consumo de energia renovável;

- Potencial de aquecimento global;

- Potencial de degradação da camada de ozono;

- Potencial de acidificação;

- Potencial de eutrofização

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A rotulagem

A certificação mais eficiente é a rotulagem. A rotulagem ecológica envolve a atribuição de uma declaração de desempenho ambiental por parte de uma entidade independente. Existem numerosos sistemas de avaliação, de certificação ambiental dos materiais que estabelecem critérios e abordagens distintas para emitir declarações de impacto ambiental. A maioria dos rótulos ecológicos assenta numa avaliação dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto ou material na versão “cradle to grave”.

[pic 4]

A Alemanha foi o primeiro país a criar em 1978 um sistema de rotulagem baseado em critérios ambientais com a designação de Anjo Azul “Blaue Engel”. Atualmente o rótulo ecológico “Anjo Azul” é aplicado em 11.500 produtos cobrindo 90 categorias diferentes.

Esta classificação implica o uso eficiente de combustíveis fósseis, a redução de GEE e a redução do consumo de matérias-primas não renováveis e é revista de três em três anos.

[pic 5]

O rótulo ecológico Europeu “Eco-Label” foi criado mais tarde, e é um sistema de classificação ambiental de carácter voluntário iniciado em 1992 para produtos com baixo impacto ambiental ao longo do seu ciclo de vida. À semelhança do rótulo ecológico “Anjo Azul”, implica uma revisão periódica dos produtos certificados normalmente ao fim de 3 anos.

[pic 6]

O Forest Stewardship Council (FSC) é uma organização não governamen-tal, internacional e independente, constituída por três câmaras: económica, ambiental e social, que define os Princípios e Critérios FSC para uma gestão florestal responsável. É uma entidade acreditadora que regula a utilização da marca FSC, reconhecendo entidades certificadoras como qualificadas para levar a cabo processos de certificação florestal FSC.

[pic

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