Resenha do Filme Orgulho e Preconceito

...

Elizabeth Bennet é uma personagem considerada rebelde. Isso porque ela questionava as regras da sociedade na qual vivia, ela não aceitava as coisas simplesmente porque era sua obrigação aceitá-las. Nós vemos isso primeiro com Mr. Darcy quando ela se recusa a dançar com ele apesar dele ser um homem extremamente rico, ela discorda dele sem medo de represálias.

A primeira frase do livro: “É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro na posse de uma bela fortuna deve estar procurando uma esposa.”, demonstra um pensamento da época (quiçá atual), a respeito do desejo de toda moça em encontrar um bom partido.

O fim do século XVIII já prenunciava costumes do vindouro século XIX, numa fictícia cidadezinha do interior da Inglaterra, Meryton, condado de Hertfordshire. Podemos perceber pelo filme, embora ainda carregado de tradições próprias do século XVIII e XIX, uma tendência em direção a algum tipo de padrão social. A visão de mundo do Século XXI foi construída a partir de todas as visões anteriores, inclusive da visão de mundo do século XVIII, cenário da historia de “Orgulho e Preconceito”. É interessante notar que como o ambiente social daria sinais de conceitos sociais, avaliações e motivações associadas. Quase duzentos anos depois ainda há resquícios dos conceitos e preconceitos sociais construídos em uma sociedade. Somos influenciados por tendências e esquemas sociais. A ideia de um casamento ideal com um homem economicamente realizado, do século XVIII, ainda é o ideal de mulheres em nossa sociedade atual. Podemos dizer que esse conceito, com o passar do tempo, se tornou rígido e resistente à mudança. Devido à maneira como os Esquemas funcionam, as crenças podem persistir até mesmo de forma irracional. Há uma persistência no que se acredita, os esquemas vão adquirindo independência e vida própria. Esse resultado é chamado de Efeito de Perseverança, as crenças de um indivíduo persistem mesmo depois de desacreditada.