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A SEGUNDA AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Por:   •  23/10/2018  •  1.434 Palavras (6 Páginas)  •  431 Visualizações

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Durante as três mensurações a pressão arterial (PA) obteve uma média de 104,2 mmHg, enquanto que a média para frequência cardíaca (FC) foi de 66 bpm. Os valores obtidos são considerados normais para ambos os casos, compreendidos entre 70 e 110 mmHg para PA e 60 e 70 bpm para FC. Apesar de estar entre os valores considerados normais, o avaliado deveria apresentar pressão arterial inferior à constatada durante a avaliação, visto que quando em repouso o coração bombeia cerca de 4 a 6 litros de sangue por minuto (destaca-se a posição decúbito dorsal que mantém um equilíbrio na distribuição sanguínea pelo corpo), ou seja, quanto menor o fluxo sanguíneo menor a pressão exercida pelos vasos sanguíneos, além de uma menor demanda exercida pelo coração e consequentemente diminuição do número de batimentos cardíacos. Isso reflete à má alimentação e a falta de atividade física referida pelo avaliado, porém diante dos dados de PA não é possível considera-lo hipertenso.

Tabela 2

Mensuração da pressão arterial e frequência cardíaca após exercício físico aeróbico

Mensuração

PA

FC

180x80 mmHg

104 bpm

Média

113,3 mmHg

Aumento de 8%

104 bpm

Aumento de 37%

Posteriormente, o indivíduo realizou uma corrida de curta distância pelo corredor do pavilhão Jorge Amado da Universidade Estadual de Santa Cruz. Após a referida atividade o avaliado apresentou pressão arterial média de 113,3 mmHg e frequência cardíaca de 104 bpm. Isso foi constatado pois, durante exercícios de alta intensidade o corpo necessita de um maior requerimento de oxigênio para produção de energia, logo o coração deve acentuar seus batimentos para que mais sangue pobre em O2 seja bombeado e posteriormente retorne rico em O2 dos pulmões. Além disso, ocorre uma vasoconstrição do sistema venoso, favorecendo o retorno sanguíneo para o coração e, consequentemente, favorecendo o débito cardíaco. Nota-se que a elevação da pressão arterial sistólica (PAS) é acompanhada de redução ou nenhuma modificação na pressão arterial diastólica (PAD). Isso acontece pois a PAS está diretamente relacionada ao débito cardíaco, ou seja, ao volume de sangue ejetado pelo ventrículo durante a contração e, como discutido anteriormente o fluxo sanguíneo é maior nesse tipo de exercício. Por outro lado, a PAD se mantém inalterada ou se altera pouco refletindo a eficiência do mecanismo vasodilatador local dos músculos em atividade. A vasodilatação do músculo esquelético diminui a resistência periférica ao fluxo sanguíneo e a vasoconstrição que ocorre em tecidos não exercitados induzida pelo sistema nervoso simpático, compensa a vasodilatação.

Tabela 3

Mensuração da pressão arterial e frequência cardíaca após exercício físico anaeróbico

Mensuração

PA

FC

140x90 mmHg

100 bpm

Média

106,7 mmHg

Aumento de 2,3%

100 bpm

Aumento de 34%

Por fim, o avaliado foi submetido à exercício anaeróbico, onde seus membros inferiores e superiores foram erguidos. Tal atividade é caracterizada por a pressão arterial diastólica permanecer relativamente igual, aumenta levemente ou diminui. Nesse caso, o indivíduo apresentou leve aumento da PAD, provavelmente resultado de uma alimentação rica em gorduras, sem atividade física, além do histórico de hipertensos na família. O aumento discreto da pressão arterial sistólica pode ser referido ao retorno venoso proporcionado pela posição a qual o avaliado foi submetido.

CONCLUSÃO

Através dos testes realizados, constatou-se que o avaliado apresenta leves desvios fisiológicos de pressão arterial, porém não pode ser enquadrado como hipertenso, estes provavelmente, decorrentes de uma alimentação rica em gorduras, a não prática de exercícios físicos, bem como o histórico de hipertensos na família. A PA foi notadamente elevada mesmo em repouso, o que leva a acreditar na interferência de fatores emocionais como o nervosismo e tensão momentânea. Por fim, notou-se que os valores de FC acompanharam a elevação e diminuição da PA; a alta pressão arterial leva a um aumento do débito cardíaco e, consequentemente, elevação do número de batimentos (frequência cardíaca).

ANEXO

• Anamnese:

- Nome: Carlos Eduardo Dias Igídio;

- Idade: 19 anos;

- Peso: 72 kg

- Altura: 1,85 m

- Sexo: Masculino;

- O avaliado faz uso de drogas ilícitas? Não;

- O avaliado faz uso de medicamentos? Não;

- O avaliado realiza atividades físicas? Não;

- Alimentação: Irregular e rica em gorduras;

- Última refeição: Há 3 horas do início do teste;

- O avaliado é acometido com algum tipo de doença? Não;

- Hipertensos na família: Sim;

- Diabéticos na família: Não;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.

- TORTORA, G.J; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 12ª ed. Rio de Janeiro, 2010 by Ed. Guanabara Koogan LTDA.

- Sociedade Brasileira

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