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A Poluição por elementos radioativos

Por:   •  20/12/2018  •  1.693 Palavras (7 Páginas)  •  402 Visualizações

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Em meio aos principais elementos radiativos encontramos o iodo 131, o plutônio 239, o estrôncio 90, o urânio e o cobalto. O estrôncio 90 é um dos mais perigosos. É um elemento radioativo metabolizado pelo organismo de forma parecida ao cálcio. O estrôncio 90 pode ser obtido pelo consumo de leite e ovos contaminados,se hospeda nos ossos e a sua radioatividade pode alterar a produção de células sanguíneas pela medula óssea, podendo levar o indivíduo a uma forte anemia ou até mesmo à leucemia.

O iodo radioativo (l129; l131) é também perigoso, alojando-se especialmente na tireoide, reduzindo a atividade desta glândula e podendo levar ao câncer. Após o vazamento da usina nuclear de Chernobyl (Ucrânia), o consumo de leite natural e de determinados legumes foi proibido, não apenas na região diretamente afetada, mas em áreas vizinhas, como a Itália e Polônia. Atualmente, as usinas tem sido mais controladas e cuidadas, sendo que vazamentos e outros problemas acontecem apenas em casos extremos, como nos tsunamis no Japão.

Consequências da Poluição Radioativa

A radioatividade tem sido útil para o homem, de forma que alguns átomos dos elementos químicos são utilizados para a cura de doenças, por exemplo, nos casos de câncer (radioterapia) e no uso dos raios X. Também são benefícios da energia radioativa a conservação de alimentos e eliminação de insetos e de bactérias, e a utilização no desenvolvimento de indústrias e pesquisas na área.

Mas, também são uma das mais perigosas formas de poluição do planeta. Por sua vez, os efeitos radioativos nos seres humanos podem trazer consequências malignas como o desenvolvimento de deficiências, mutações gênicas e diversas patologias, uma vez que essa energia produz elementos tóxicos para nosso organismo.

As principais doenças geradas pela radiação são: deformidades crônicas, problemas respiratórios e de circulação, envenenamento, diversos tipos de câncer, perturbações mentais, infecções, hemorragias, leucemia, anemia, catarata, dentre outros.

Além de atingir os seres humanos, a poluição radioativa contamina a fauna e flora do planeta, os quais resultam no desequilíbrio do ambiente terrestre. Vale lembrar que, diferente dos outros tipos de poluição, a poluição radioativa é mais impactante uma vez que não existem técnicas de “limpeza”.

Prevenção, controle e segurança

Diversas medidas de segurança e prevenção são adotadas a fim de diminuir os efeitos negativos da radiação e prevenir acidentes. Existem diversas normas internacionais e órgãos públicos com a responsabilidade de garantir a segurança na operação de reatores nucleares para geração de energia. O treinamento correto dos profissionais que trabalham na usina, a segurança do local, a contenção do material radioativo e os procedimentos de emergência são fundamentais em todas as áreas das usinas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) apoia o uso pacífico para a energia nuclear e luta contra o seu uso militar, atuando lado a lado com a ONU.

O lugar para onde vai o lixo atômico é outra questão fundamental para a utilização dessa fonte de energia. Sua disposição final deve se dar em instalações para armazenamento de longo prazo ou definitivo, devido ao grande tempo necessário para que o material radioativo se torne inofensivo.

As possíveis soluções

Para evitar os efeitos da radiação atômica dispersa no meio ambiente, o lixo atômico deve ser colocado em recipientes resistentes e de longa duração. Esses recipientes podem ser enterrados em formações geológicas rasas ou profundas ou guardados em instalações construídas na superfície da Terra.

Como essas soluções não são totalmente seguras e não resolvem o problema, pesquisam-se formas de reaproveitar totalmente os resíduos. Os defensores do uso da energia nuclear acham que vale a pena correr riscos por esse tipo de energia, principalmente no caso de países onde outras fontes energéticas não são suficientes.

Outros cientistas acham que os benefícios da energia atômica não compensam os riscos que ela representa. Eles acreditam que as usinas poderiam funcionar, mas apenas para pesquisas e em número limitado, não para gerar energia. O melhor seria concentrar as pesquisas em outros campos como as diversas outras fontes de energia.

Quanto a outras formas de poluição radioativa, podemos recomendar que não assistam televisão em cores muito de perto e limitar o uso de raios X aos casos de grande necessidade.Falando no coletivo, deveriam ser proibidos testes nucleares e o que seria ideal, armas nucleares.

Chernobyl

Um dos maiores desastres envolvendo poluição radioativa foi o acidente nuclear na usina de Chernobyl. Localizada na cidade de Pripyat, na Ucrânia, a usina era formada por quatro reatores e era utilizada como fonte de energia para o país. O acidente ocorreu em 1986, dia 26 de abril.

Um dos quatro reatores explodiu e consequentemente gerou reações em cadeia. O motivo da explosão até hoje segue mal explicado, mas em geral acreditam que havia muitos procedimentos irregulares que aconteciam mesmo não obedecendo a ás normas de segurança.

Os relatórios encontrados que tratavam dos procedimentos mostram que a equipe operacional queria testar se as turbinas do reator Chernobyl-4 eram capazes de gerar energia suficiente para manter as bombas do líquido de refrigeração funcionando caso houvesse problemas de perda de potência até que o gerador de emergência fosse ativado. Com pouco tempo a potência e a temperatura do reator elevaram de tal forma que ocasionaram explosões que geraram ainda mais energia para as reações e com a entrada de oxigênio do ar o processo de combustão piorou e contribuiu para que a radiação fosse espalhada.

Os primeiros dias após o acidente foram os que mais tiveram radiação liberada em função do vento e das chuvas, e a contenção do reator era feita com areia e chumbo para o incêndio e a radiação. Quem realizava essas ações eram os “homens liquidadores” que morreram no combate ao incêndio. Os moradores da cidade foram evacuados e 10 dias após o desastre a emissão de radiação do reator teve fim. Segundo o governo no total foram 15 mil mortes e outras fontes apontam algo em torno de 80 mil. Até hoje pessoas sofrem os efeitos da radiação. Em 2000 a usina foi desativada e a área em torno da usina se tornou uma cidade fantasma que ainda está sob efeito radioativo. Outros países

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