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Resenha do Filme Gattaca, uma Experiência Genética

Por:   •  7/5/2018  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  816 Visualizações

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No caso da medicina paliativa, surgem as questões da ética de final de vida - mistanásia, eutanásia, ortotanásia e distanásia - que fazem entrar em conflito a dor e o sofrimento com a proteção da vida. Ou seja, de acordo com que a ciência trás melhoramentos e beneficos em alguns aspectos e para algumas pessoas, trás na mesma proporção malefícios. Por isso, se faz necessárias formas de proteger a felicidade de todos e não permitir que o lucro, a economia de tempo e a maximização de benefícios para alguns se torne foco e fira os direitos dos outros.

Como por exemplo, uma mulher é dopada e completamente anestesiada para ter seu bebê, pois é mais lucrativo para o médico, que não terá que "perder tempo" com o parto normal e nem se entressar com as dores da mulher, podendo maximizar o número de partos dirarios, porém, apesar dos benefícios para o médico, o malefício para as mamães que desejam um parto humanizado é enorme e fere gravemente seu direito, além de ser dever do médico respeitar as escolhas da mãe, ou seja, a ciência permite um parto rápido e indolor, que beneficia muito o médico e as mães que por eles optam, porém, aquelas que não desejam encaram como malefícios e precisam de sua dignidade protegida.

Pode-se concluir com isso, que nada é perfeito e a ciência também não o é, por mais que o tente ser. Contudo, os seus resultados só dependem do uso feito pelos homens, que deve extrair dela os benefícios e não a corromper .

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- Alguém que defende que a essência da humanidade está diretamente ligada a uma imprevisão que decorre da própria natureza seria completamente contrário ao determinismo científico aplicado à técnica genética aplicada ao filme. O próprio filme mostra os malefícios e problemas éticos decorrentes da intervenção direta do homem em processos que atualmente são determinados pela natureza. Assuma um posicionamento utilitarista e defenda a aplicação da técnica genética na geração de novos seres humanos, explicando quais os benefícios decorrentes da sua aplicação.

O filme mostra, em um futuro distópico a segregação de pessoas que são “imperfeitas” por terem algum tipo de doença ou anomalia genética. Pensar em uma sociedade em que não houvesse pessoas “imperfeitas” é pensar de um lado em soluções e de outro lado em problemas, pois, com a transformação de seres humanos potencilamente mais inteligentes e saudáveis, faz-se necessário, reconfigurar o ‘novo homem’ dentro de uma sociedade competitiva em todos os aspectos da vida humana.

Mas neste futuro, não devemos considerar a aplicação da técnica genética na geração de novos seres humanos, de forma apenas pessimista. O uso de seres humanos em experimentos científicos traz inegáveis benefícios para a sociedade. No entanto, há sempre o conflito entre o indivíduo submetido à experimentação e a ciência. Pois a ciência não está isolada da sociedade, sofrendo dessa forma influências políticas, econômicas, ideológicas, étnicas e etc. Os experimentos conduzidos por médicos alemães nazista, em prisioneiros raciais, políticos e militares é o maior exemplo do século XX, em que o interesse da coletividade, ou seja, da sociedade perdeu-se em detrimento aos interesses do indivíduo.

É necessário entendermos que o objetivo das pesquisas científicas em seres humanos é aumentar a longevidade do homem com mais qualidade de vida, saúde e bem-estar, e não causar algum dano ou submetê-lo a graves riscos afim de obter os seus objetivos. O código de Nuremberg, criado pelo Tribunal de Nurember em 1947, teve um cunho muito mais eugenista que utilitarista, em pról do bem estar do homem. No filme o código cita que “o consentimento voluntário dos sujeitos humanos é absolutamente necessário” e que os médicos devem seguir nos experimentos em seres humanos.

É extremamente radical pensar que a geração de novos homens trará apenas uma socieade competitiva. Temos que analisar os benefícios que o avanço da ciência trará. Um dos aspectos positivos da técnica na geração de novos seres humanos, é a clonagem “terapêutica” que visa menores riscos de rejeição se o doador for a própria pessoa, além da diminuição ou até mesmo o fim do tráfico clandestino de órgãos. Casais inférteis, que não podem ter filhos, com a técnica da clonagem “terapêutica”, poderão ter filhos saudáveis, evitando a possibilidade deste filho nascer com doenças congênticas e hereditárias, como por exemplo, o câncer e a diabete.

Outro fator bastante “atrativo” para este futuro distópico é a possibilidade do casal escolher a cor dos olhos, do cabelo e da pele do bebê. A clonagem de seres humanos tem um aspecto social e familiar. Homens e mulheres, independentes, desejam ter filhos biológicos e constituir uma família monocular, sem a figura do pai ou da mãe. Casais homoafetivo, por exemplo, que passam por sofrimento psíquico e emocional terão a oportunidade de ter filhos que compartilhem de suas características genéticas.

A clonagem reprodutiva permite ainda substituir indivíduos, por exemplo, em caso de morte, podendo “reviver” um ente querido. Porém, deve-se lembrar de que clonagem humana não significa a ressurreição ou a cópia de suas características subjeticas, como sentimentos, gostos e desejos. A clonagem pode ser vista como uma luz no fim do túnel para muitos problemas e caracteriza-se

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