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As Aventuras de Robinson Crusoé

Por:   •  29/6/2018  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  428 Visualizações

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O filme começa com o rico personagem Robinson Crusoé, vitima de um naufrágio que o faz vivenciar numa ilha uma situação na qual não era acostumado, sobrevivente do mesmo o personagem descobre de imediato que não estava mais inserido em nenhum mecanismo, não existia lei e não existiam relações de produção e consumo, tirando todo o valor de seu ouro que já não havia mais função. Para garantir sua sobrevivência começa a praticar uma forma de produção que visa satisfazer suas necessidades básicas, alimentação passa a ser mais importante que qualquer conforto, depois começa a pensar em seu espaço e como todo homem, transformou a natureza às suas necessidades lhe proporcionando prazer, dos animais sobreviventes fez-se amigo e esses de modo irracional lhe ajudaram a mantê-lo lúcido, após tais ações que são normais em todo homem primitivo, começa a parecer um fenômeno que julguei interessante, ele acaba por criar de forma inconsciente o que podemos chamar de leis empíricas, porém nada de mercado, pois é impossível existir o mesmo sem que haja trocas e a troca só seria possível se houvesse com o naufrago outra pessoa que disponha dos mesmos interessantes, algo que os animais não compartilham com a raça humana, nesse momento ele encontra o índio no qual salva a vida e lhe dar o nome de Sexta- Feira.

Com a chegada do índio que trata Robinson como seu salvador, começa haver uma relação de trabalho na qual o índio vira um escravo que tem por função produzir o que será necessário para a sobrevivência dos dois e o naufrago se torna seu senhor, dono de sua força de trabalho, relação de dominado e dominador, demonstrando muito bem o primeiro principio da economia, “Nada é de graça”. Esse acontecimento teve como consequência o tempo livre que o senhor do índio lucrou para se ocupar com outras funções que não mais seriam básicas, houve assim uma divisão de trabalho em detrimento da liberdade.

O Robinson é um tipo capitalista, é conhecedor de muitos conceitos e isso lhe faz como todo bom capitalista desconfiar do seu vassalo, ele começa a realizar exercícios mentais sobre a margem de lucro em plantações e para isso aprisiona o selvagem numa forma de garantir a produção. Com decorrer do filme a pirâmide hierárquica começa a se planificar tendo como principal agente dessa mudança a amizade que ambos nutriram, seja pela lealdade do índio ou pela solidão que havia na ilha tornando inevitável tal interação entre as classes, em decorrência disso o dominador desistiu da sua posição e começou a se relacionar com índio de forma igualitária, podemos observar de modo implícito dois princípios da economia, “As pessoas reagem a benefícios”, no caso a reação partiu do naufrago que reagiu de modo favorável ao índio por sua lealdade e trabalho e “O comércio pode ser bom para todos”, pois a relação que tinham lhes garantiam a sobrevivência.

No passar do tempo, um dia é avistado um navio, que havia atracado na ilha movido por um motim que derrubou o capitão do mesmo. Robinson vendo essa situação começa a maquinar uma forma de lograr sua tão passagem de volta para casa, à situação acaba por ele resgatar o capitão e aprisionar os revoltosos na ilha, é possível perceber outro principio no qual ele abre mão do que conquistou na ilha para lograr o que tanto sonhava, “O custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-lo”.

4.Conclusão

O ponto de partida da aventura do herói ocorre com a negação de sua estabilidade social e financeira, não aceitando a proteção paterna. Assim, Robinson Crusoé era um jovem que se rebelando contra a vida pacata, metódica e rotineira da classe média de York, Inglaterra, decide fugir de casa e se tornar marinheiro.

O criador de Robinson Crusoé pertence a uma época na qual começavam a se delinear os contornos do mundo moderno. Assim, Daniel Defoe e seu personagem personificam um pensamento coeso que veio de encontro à velha ordem econômica e social então vigente.

Conclui-se, pois, que a contribuição do romance foi relevante e significativa para diversas searas, inclusive a da Economia, sendo objeto de estudos e análises até os dias de hoje. Mostrando que o filme de diferentes aspectos e vendo o homem de um ponto de vista simplista, a economia se faz necessária ao homem mesmo vivendo de forma individualizada, pois ela está relacionada com sua sobrevivência já que sua ferramenta de trabalho é a escassez, de modo inconsciente o individuo passa a buscar satisfazer suas necessidades, tornando necessária a adoção de ferramentas econômicas. A economia é algo intrínseco ao homem assim como suas necessidades, é evidente que não vemos uma organização de trabalho ou troca na analise de um individuo, mas vemos uma organização que tem como principal objetivo lhe satisfazer. O homem que não vive num meio social, não vê necessidade em criar leis para regulá-lo, mas vê a necessidade de seguir métodos para continuar sobrevivendo.

5.Bibliografia:

http://simplesmenteeconomia.blogspot.com.br/p/em-pauta.html

http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4250&revista_caderno=27

http://escola.britannica.com.br/article/483518/Robinson-Crusoe

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