A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA

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- Abordagem dos estilos de liderança (centrada nos líderes e nos liderados) surgiu do confronto entre a escola clássica e o movimento humanista na administração, onde a escola clássica era voltada para o desempenho das tarefas, enquanto o movimento humanista visava às relações interpessoais. Desse conflito surgiram dois estilos de liderança bastante conhecidos atualmente, o autocrático, que é voltado para a produção, e o democrático, onde se caracteriza pela preocupação com as relações humanas.

Portanto, enquanto o líder autocrático usa seu poder para tomar decisões, recompensar ou punir seus liderados como bem entender, o democrático discute as decisões sempre em conjunto com sua equipe. Esta abordagem traz ainda um terceiro tipo de líder, o liberal, que na visão de alguns autores, não chega a representar um estilo de liderança.

- Abordagem situacional ou contingencial (centrada no líder, nos liderados e na situação) surgiu em torno de 1950, quando estudiosos do comportamento humano voltaram sua atenção para este campo da liderança. Neste tipo de liderança a autoridade formal ajuda, mas não é imperativa, pois se devem levar em consideração as expectativas dos liderados já que as características pessoais tanto podem facilitar como também dificultar conforme as situações impostas. Estudiosos da abordagem situacional ou contingencial não rogam por um melhor estilo de liderança, nem por um estilo permanente, mas sim um estilo mais eficaz para cada tipo de situação.

Já para Gil (2011, p. 226), a mais conhecida teoria situacional da liderança foi desenvolvida por Paul Hersey e Kenneth H. Blanchard (1986), onde sustentam que a liderança mais eficaz varia de acordo com a maturidade dos subordinados, ou seja, com a capacidade e experiência em relação ao trabalho e disposição para aceitar responsabilidades.

O mesmo autor enfatiza que a relação entre um chefe e seus subordinados passa por quatro fases que ocorrem sempre que os subordinados vão adquirindo maturidade. A fase inicial ocorre quando os subordinados ingressam na organização e o chefe precisa orientá-los para o trabalho, caso isso não ocorra os empregados poderão sentir ansiedade, já que os subordinados ainda não podem ser vistos como colegas. Na segunda fase os subordinados já estão familiarizados com seu trabalho e o chefe começa a estreitar o relacionamento com os empregados, entretanto a orientação para o trabalho continua intensa, pois os mesmos ainda não estão capacitados para assumir plena responsabilidade. Já na terceira fase aumenta a capacidade para o trabalho e o desejo de assumir maiores responsabilidades, o chefe não precisa mais dar tantas ordens. Porém, intensifica as relações para estimular os subordinados a aceitarem maiores responsabilidades. Na última fase os subordinados estão mais confiantes e capazes, podendo o chefe diminuir tanto a ênfase no trabalho quanto no relacionamento.

Para tanto, os autores desse modelo de abordagem definem que os líderes têm um comportamento de tarefas, já que os mesmos definem os papéis de cada subordinado dizendo quando, onde e como fazê-lo de modo que todos alcancem seus objetivos propostos.

Como afirmam Stoner e Freeman (199, p. 361). “a escolha do estilo de liderança deve ser influenciada por várias forças que existem no administrador, nos subordinados e na situação de trabalho”.

Assim, qualquer que seja o modelo adotado supõe-se que um estilo de liderança é melhor que o outro.

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Teorias sobre liderança

A teoria da liderança é um dos temas mais estudados nas últimas décadas. Chiavenato (2003, p. 122), comenta que as teorias sobre a liderança que foi apresentada por autores humanistas podem ser classificadas em três grupos onde cada um apresenta características próprias. Como mostra a figura a baixo:

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Tipos e estilos de liderança

Os tipos e estilos de liderança são partes fundamentais no estudo de comportamentos do líder, onde cada estilo envolve diversos comportamentos que podem ser eficazes ou não dependendo das situações.

Liderança autocrática

Neste tipo de liderança, o líder tem como foco as tarefas, preocupa-se muito mais com a tarefa do que com as pessoas que a executam. O líder orientado para a tarefa geralmente tem a necessidade de cumprir as metas e superar a concorrência ou objetivos enfatizando o cumprimento de prazos, os padrões de qualidade e a economia de custos. Este estilo pode transformar-se em autoritarismo devido à utilização desmensurada da autoridade, onde a centralização do poder de decisão está sempre nas mãos do chefe.

Liderança democrática

Neste tipo de liderança o foco são as pessoas, pois o grupo deve sentir-se confortável para executar suas tarefas, debater e tomar suas decisões. Estas decisões serão tomadas de comum acordo entre subordinados e dirigentes, ou seja, entre chefes e grupos. Este tipo de líder tem como comportamento ouvir e apoiar seus empregados enfatizando o trabalho em equipe.

Liderança liberal ou laissez-faire

Neste estilo de liderança o líder transfere toda sua autoridade para os liderados, ficando assim livre de qualquer decisão e deixando o grupo totalmente responsável por tomar decisões, já que neste estilo seus subordinados apresentam-se maduros e capazes de tomar suas próprias decisões individuais ou em grupos. Portanto, a delegação do poder de decisão está nas mãos do grupo, a participação do líder é mínima.

Na prática, são utilizados os três processos de liderança, conforme a situação atual, com as pessoas e com a tarefa a ser executada.

O grande desafio da liderança é saber quando aplicar o tipo de estilo certo para cada circunstância e atividade exigida.

Na página seguinte é possível observar os três tipos de liderança conforme Chiavenato (2003, p. 125).

AUTOCRÁTICA

DEMOCRÁTICA

LIBERAL (LAISSEZ-FAIRE)

O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.

As diretrizes são debatidas e