A Administração de Materiais

...

Existem quatro tipos de especificação padronizada que garantem a homogeneidade da descrição de um mesmo grupo, sendo elas, por Viana (2008, p.77): conforme amostra, em que há dificuldade em detalhar as características do material; por padrão e características físicas, quando o material já possui norma técnica ou é possível detalhar seus dados; por composição química e por fim, por marca de fábrica, para garantir a qualidade do material.

A normalização é a determinação legal, feita no Brasil pela ABNT e INMETRO, ou por meio de normas técnicas ou condições exigíveis mínimas pela qual o material deve ser utilizado. Segundo Viana (2008, p. 81) com a normalização eficiente dos materiais, a organização consegue ter rentabilidade e competividade frente aos mercados internacionais.

Uma das formas de normalização é a padronização da especificação. De acordo com Chiavenato (2005, p. 129), padronizar significa “estabelecer idênticos padrões de peso, medidas e formatos para os materiais de modo que não existam muitas variações entre eles”. Ao padronizar os produtos, eles se tornam semelhantes e, portanto, intercambiáveis, o que possibilita diminuir o número e variedade de itens no estoque e sua simplificação, a partir da eliminação de materiais ineficientes, diminuindo, assim, o desperdício e custo de estoque. Com a redução no número de itens no estoque, permite-se a compra com melhores preços e em maiores quantidades, assim, reduz-se também o risco da falta dos materiais eficientes necessários e uma futura economia da organização.

Por fim, o último processo é o de codificação, o qual representa os materiais numa linguagem numérica, alfabética ou alfanumérica, que visa facilitar a identificação e comunicação interna, assim como, para Chiavenato (2005), a localização dos materiais estocados.

De acordo com Viana (2008, p. 93):

Assim nasceu a Codificação, que nada mais é do que uma variação da classificação de materiais. Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres.

A codificação se baseia nas normas técnicas para a solicitação dos materiais por códigos internos, que facilita o controle e evita a duplicidade dos itens em estoque. Um sistema de codificação possui um plano que divide os materiais em grupos, que designam a família, em classes, que identificam os materiais da família, por seus números identificadores, que individualizam o material, e, por último, pelos dígitos de controle, que garantem a confiabilidade de identificação pelo sistema.

Para Viana (2008, p. 95), um sistema de codificação deve ser de fácil compreensão e utilização, sendo conciso e que tenha espaço suficiente para que seja possível a inserção de novos itens e ampliação de classificações, assim como ter apenas um código para cada material.

Conclui-se então, que os processos de classificação, especificação e codificação são extremamente importantes para a organização dos estoques e consequentemente da produção. A administração de materiais gera o bom funcionamento operacional da empresa, visto que, segundo Gurgel (2004), deverão ser conciliados os departamentos de compras, produção, vendas e financeiro. Para Chiavenato (2005, p. 40), ao integrar os quatro departamentos, a AM poderá ser lucrativa à empresa, desde que estejam articulados e sincronizados.

Por fim, todos os materiais precisam ser adequadamente administrados. Segundo Chiavenato (2005, p. 37) Uma organização dos estoques adequada, deverá incluir o planejamento e controle das quantidades necessárias para o bom funcionamento da empresa, evitando, assim, excessos que levem ao aumento de custos operacionais desnecessários.

Referências bibliográficas:

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 – 3ª reimpressão.

FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano A. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2008.