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Lição de ECC- Divórcio

Por:   •  1/1/2018  •  2.348 Palavras (10 Páginas)  •  356 Visualizações

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1.3.1. O casamento e a espiritualidade

Muitos casais não entendem que, no casamento, existe o consentimento de Deus, por isso deve ser honrado (Hb 13.4). Tudo, para eles, é contaminado, é pecado. O casal pode ter uma vida normal em todos os sentidos e não perder a espiritualidade.

Espiritualidade é a comunhão mantida com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Entre o marido e a esposa, não existe pecado em suas relações sexuais. Mas alguns acham que, por qualquer motivo, deve haver abstinência: se vão tomar a ceia, se vão cantar no coral no domingo, ou se vão visitar um enfermo ou outro qualquer motivo, por tudo, o casal se separa. Mas, o apóstolo Pedro não ensina assim. É bem diferente.

Vejamos o que ele escreveu: “ Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pe 3.7). A espiritualidade está também ligada ao bem-viver do casal.

1.3.2. Processo contínuo de construção

Nos primeiros anos de convivência, há certos embaraços, dificuldades e desentendimentos devido às diferenças de ambos os cônjuges; porém, com o passar do tempo, as coisas vão se acomodando, o casal vai se ajustando e passa a viver harmoniosamente, sempre construindo a felicidade e a alegria, o que torna a união cada vez mais amadurecida.

1.3.3 Processo contínuo de comunicação

Quanto mais houver entendimento entre o casal, melhor passam o marido e a esposa a usufruir os bens da vida que Deus lhes proporcionou, porque melhor se entendem e, assim, a comunicação torna-se mais fácil, mais compreensiva. Isso aumenta a confiança de ambos. Deus sempre deseja o melhor para nós. Ele proporciona meios pelos quais se pode alcançar sucesso na vida matrimonial. Basta apenas o casal fazer a sua parte porque Deus está sempre pronto para abençoar e selar uma união saudável e duradoura.

- SINAIS DE PERIGO NO CASAMENTO

Todas as coisas que acontecem nascem de pequenas sementes que são plantadas ou até mesmo jogadas em terra fértil. Uma árvore começa brotando de uma pequena semente, cresce, desenvolve-se e oferece seus frutos. Uma roseira que encanta a vista pela beleza de suas flores, também, da mesma forma nasce de uma pequena semente. Isso acontece também com os espinhos. Enfim, pode-se entender que tanto as coisas boas quanto as más, nascem de pequenas sementes.

Podem ser incluídos neste mesmo pensamento os acontecimentos da vida diária de cada pessoa. Sempre existe o dia das coisas pequenas. E é nesse tempo que se deve cortar o mal quando desponta. Ninguém, por exemplo, toma a decisão de partir para um divórcio, de uma hora para outra. Houve uma situação, com certeza, que desencadeou o processo até chegar no ponto da tomada da decisão.

Assim sendo, é importante que o cristão esteja vigilante para discernir quando uma semente nociva foi plantada e está começando a germinar (Mc 14.38; 1Cor 16.13; 1Ts 5.6). Não permita que pequenas desavenças ou desentendimentos cresçam ao ponto de destruir as coisas mais lindas da vida: a harmonia do casal e a felicidade da família. Ao primeiro sinal, esteja alerta para fazer como diz o ditado popular : cortar o mal pela raiz.

- Situações desagradáveis

Existem muitas situações desagradáveis que poderão ser controladas e exterminadas se forem detectadas no princípio.

2.1.1. Descontentamento

Se você sentir que seu cônjuge não está satisfeito por algum motivo, alguma atitude sua, converse, pergunte, peça explicações e procure fazê-lo entender o motivo do seu comportamento. Existem coisas que poderão ser evitadas, por exemplo: fazer comparações do cônjuge com outras pessoas; estar sempre apontando os defeitos em lugar de elogiar as virtudes; procurar os defeitos do outro e valorizá-los; demonstrar um egoísmo tal exigindo sempre ser satisfeito em suas vontades e caprichos; não sentir prazer na presença do cônjuge. Esses são alguns motivos de descontentamento que levam a situações desagradáveis.

2.1.2 Linguagem destrutiva

As críticas demasiadas, humilhações, reprovações diante de outras pessoas, os xingamentos, queixumes, indiretas e ironias são motivos que provocam desentendimento (Sl 15.1-3; Pv 15.1; Pv 27.15; Tg 3.6)

2.1.3 Descortesia

Quem não gosta de ser tratado com carinho e atenção? Existem muitos tratos entre casais que deveriam ser reconsiderados. Às vezes, as pessoas estranhas são tratadas com mais deferências que os de casa.

2.1.4 Desonestidade

A desonestidade começa com coisas pequenas: o preço enganoso de um objeto comprado; ir para um lugar e dizer que foi para outro; a quantia depositada no banco; o encontro com uma pessoa que não é bem vista pelo cônjuge. Estes são caminhos que, aparentemente, sem importância, começam a minar a confiança e gerar dúvidas.

Daqui a pouco é aquela intimidade crescente com a secretária, ou com aquele irmão do grupo de visitação. Tudo começa pequeno e vai crescendo até chegar à infidelidade total.

- QUANDO O PIOR ACONTECE

Não se vai discutir aqui a necessidade ou não do divórcio. Cada caso é um caso que demanda conhecimento. O que se está colocando é que o cristão deve pautar sua vida pelos ensinos das Escrituras, que primam pela reconciliação em caso de infidelidade ou em qualquer outra situação.

Jesus foi bem claro e explícito ao dizer aos fariseus que o divórcio não foi instituído. Ele foi permitido por Moisés devido à dureza do coração dos homens (Mt 19.8). Em seguida, Jesus abre uma exceção para o divórcio: no caso de prostituição.

Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao casamento mediante divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente (Bíblia de Estudos Pentecostal: Mt 19.9 nota).

3.1. A decisão pela separação

Inicia-se, então, um processo doloroso por se tratar de quebra de uma aliança. “Portanto o que Deus ajuntou não separe o homem (Mt 19.6b). Na maioria dos casos o processo

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