Energia Alternativa-Incineração
Por: Rodrigo.Claudino • 30/8/2018 • 2.965 Palavras (12 Páginas) • 367 Visualizações
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IMPACTOS AMBIENTAIS
A incineração de resíduos se mostra como uma adequada escolha, do ponto de vista da eficiência na conversão energética. A capacidade de diminuir o volume de resíduos a ser destinado a aterros sanitários aumenta a vida útil dos já existentes e diminui drasticamente a necessidades de aterros futuros. Atualmente a incineração possui sistemas tecnologicamente avançado de depuração de gases e de tratamento e recirculação dos líquidos do seu processo, tecnologia essa, que está apta a atender às mais exigentes leis ambientais brasileiras. O ganho na aplicação deste incinerador deve ser visto também pelo lado social, já que o aterro sanitário, cenário vigente, propicia uma intensa degradação de grandes extensões de área, causando desvalorização das mesmas, bem como problemas de vizinhança, seguido de problemas de saúde pública.
Os remanescentes da incineração são constituídos de gases como dióxido de carbono, dióxido de enxofre, nitrogênio, oxigênio, água, cinza e escórias. Quando a combustão é incompleta pode aparecer monóxido de carbono e particulados, que são constituídos de carbono finamente dividido (Lima, 1995).
As unidades de incineração variam desde instalações pequenas, projetadas e dimensionadas para um resíduo específico, até grandes instalações de propósitos múltiplos, para incinerar resíduos de diferentes fontes. No caso de materiais tóxicos e perigosos, estas instalações requerem equipamentos adicionais de controle de poluição do ar, com consequente demanda de maiores investimentos.
Assim, para cumprir os regulamentos, os incineradores devem ser equipados com dispositivos para captação e tratamento dos gases, tais como lavadores, precipitadores, unidades de filtração ou membranas (BONTOUX, 1999).
CUSTO
Como exemplo de custo utilizou a usina de termoelétrica dimensionada para São Bernardo do Campo do estado de São Paulo.
A usina termoelétrica ou, se preferir, Unidade de Recuperação de Energia (URE) faz parte de um projeto idealizado por uma parceria público-privada da prefeitura de São Bernardo do Campo. A URE será capaz de processar até 1 mil toneladas de lixo por dia, gerando 30 MW de energia elétrica – quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
O local escolhido para a instalação da unidade é o antigo lixão do Alvarenga, desativado há 10 anos, com uma área total de 35 mil m². O valor total orçado para a concepção da usina é de R$ 600 milhões, montante que engloba a própria construção da unidade e a recuperação do terreno, com a captura dos gases e tratamento do chorume remanescentes da antiga finalidade do terreno.
São Bernardo tem um custo médio de R$ 280,00 o Megawatt-hora (MWh) de energia, com a produção da energia do lixo vinda da usina este valor cai para R$ 220,00. Outro benefício será a diminuição drástica na quantidade de resíduos destinados ao aterro de Lara, localizado em Mauá.
A URE vai contar com áreas de recepção de resíduos, armazenamento, fornos combustíveis, filtros, caldeiras, equipamentos de geração de energia, equipamentos de controle de poluição do ar, sistema de tratamento de águas residuais, chaminés, dispositivos e sistemas de controle das operações dos fornos e de registro e monitoramento das condições de operação.
Atualmente, São Bernardo do Campo produz 670 toneladas de lixo por dia, e a ideia é que a partir do terceiro ano de funcionamento a usina já receba 60% desse montante. Entre o quinto e sexto ano o percentual aumentará para 80% e, por fim, 90% no sétimo ano, com a unidade atingindo sua capacidade máxima.
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Imagem: arquiteturas contemporâneas
O projeto prevê uma parceria público-privada com uma concessão de 30 anos prorrogáveis, cujo valor total para contratação é de R$ 3,6 bilhões. A prefeitura ganha a oportunidade de deixar um grande legado no quesito do manejo de resíduos sólidos e a empresa privada poderá fazer um investimento com a certeza de retorno futuro.
STATUS DA INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A incineração é um método de processamento de resíduos que vem sendo utilizada pela humanidade, durante as ultimas décadas tem sido amplamente utilizada e com isso as tecnologias cada vez mais modernas vem sendo desenvolvidas com a alternativa de melhorar o rendimento do projeto o processo, em termos de eficiência de queima e geração de energia, e reduzir as emissões e gases na atmosfera.
Consiste em um processo de redução de peso, volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a consequente eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade, através da combustão controlada. É ainda um processo de reciclagem da energia liberada na queima dos resíduos, visando a produção de energia elétrica e vapor.
O processo de incineração no Brasil vem sendo aplicado há tempos, o primeiro incinerador municipal foi instalado em 1896 em Manaus processando 60 toneladas por dia de lixo doméstico, tendo sido desativado somente em 1958 por problemas de manutenção.
Principalmente como um meio para a destinação final dos resíduos sólidos de saúde, os equipamentos em geral, são de pequeno porte, instalados em hospitais, etc. Porém, de acordo com a pesquisa realizada pela ABRELPE, a coleta de resíduos sólidos realizada pelos municípios é parcial, o que contribui para o desconhecimento da quantidade total gerada e o destino real dos resíduos sólidos no Brasil.
A Figura apresenta o cenário da destinação dos resíduos coletados no ano de 2012.
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Destinação final dos RSS em 2012
(Fonte: Pesquisa ABRELPE)
Para que se tenha a garantia da proteção ao meio ambiente o lixo de serviços de saúde, deveria ser gerenciado nas instituições de saúde, separando e acondicionando em embalagens padronizadas, e assim levando à plantas de destruição térmica operados por equipes qualificadas, municipais, públicas ou privadas.
Características de alguns dos principais incineradores instalados no Brasil:
Planta
Projeto / Tecnologia
Tipo
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