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O Relevo e Hidrografia

Por:   •  27/6/2018  •  3.782 Palavras (16 Páginas)  •  362 Visualizações

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Segundo informações da prefeitura de 2015, a vegetação natural abrange 374,27 km², ou 16% do território municipal, porém esse percentual está dividido em pontos dispersos pelo município e isolados um do outro e apenas 2% da área do município compreendem Mata Atlântica nativa. A APA do Pico da Ibituruna é a única área de proteção ambiental de Governador Valadares, destinada a proteger a vegetação natural existente na região do Pico da Ibituruna. Criada em 1983, abrange cerca de 6 243 hectares, ou 2,7% da área municipal, e é considerada como um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do médio rio Doce, porém incêndios ocasionais atingem a unidade de conservação, contribuindo para sua degradação.

Apesar da degradação em alguns pontos, a APA do Pico da Ibituruna concentra uma considerável gama de espécies arbóreas típicas do bioma nativo, com destaque aojacarandá, jequitibá e ipê-amarelo, bem como na fauna, representada por paca, capivara, cutia, jaguatirica, o sabiá-laranjeira, o beija-flor, sanhaço, pica-pau, saíra, inhambu,jacu, tico-tico, alma-de-gato, maritaca, tuim e pintassilgo. O município também administra um parque municipal, o chamado Parque Natural Municipal de Governador Valadares, área verde de cerca de 400 mil m² situada entre a cidade, o pico da Ibituruna e o rio Doce que foi estruturada pela Vale S.A. e inaugurada em 6 de fevereiro de 2015. Com foco à conservação ambiental, destacam-se campanhas de conscientização ecológica realizadas ocasionalmente nas escolas e que envolvem a população e programas de arborização de logradouros.

Problemas ambientais

Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural, colocando em risco a já escassa cobertura vegetal natural existente. Por outro lado, no período chuvoso as enchentes provocam grandes estragos nas áreas mais baixas e populosas das margens do rio Doce e em alguns anos chegam a afetar mais de 11 mil habitantes. A prefeitura e órgãos como a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais(CPRM) mantém estações pluviométricas e pontos de medição do nível do rio em Governador Valadares e em outros municípios da bacia hidrográfica e em caso de alerta os moradores das áreas ribeirinhas são recuados para abrigos.

Desde 2014, no entanto, a região vem sendo afetada por uma seca severa que diminuiu fortemente o nível do rio Doce, gerando regimes de abastecimento de água, situação que foi agravada após o leito do rio ter sido atingido pela lama da barragem de rejeitos da Samarco que se rompeu no município de Mariana em 5 de novembro de 2015. Apesar do abastecimento de água à cidade ter sido comprometido por cinco dias, o rio Doce ainda apresenta contaminação acima do normal. Além disso, Governador Valadares não conta com estações de tratamento de águas residuais e o efluente urbano é despejado diretamente no rio Doce ou nos cursos hidrográficos que banham a cidade, o que contribui para a degradação dos leitos. A poluição visual, por sua vez, é intensa em diversos locais do perímetro urbano, sendo considerável a presença de cartazes com anúncios fixados sem controle em postes, muros e pilastras de viadutos.

Demografia

Crescimento populacional

Censo

Pop.

1970

162 020

1980

196 117

21,0%

1991

230 524

17,5%

2000

247 131

7,2%

2010

263 689

6,7%

Est. 2015

278 363

12,6%

Fonte: Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE)

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 263 689 habitantes. Segundo o censo daquele ano, 125 237 habitantes eram homens e 138 452 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 253 300 habitantes viviam na zona urbana e 10 389 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2015, a população municipal era de 278 363 habitantes, sendo o nono mais populoso do estado. Da população total em 2010, 63 015 habitantes (23,90%) tinham menos de 15 anos de idade, 179 270 habitantes (67,99%) tinham de 15 a 64 anos e 21 404 pessoas (8,12%) possuíam mais de 65 anos, sendo que a esperança de vida ao nascer era de 75,1 anos e a taxa de fecundidade total por mulher era de 2,1.

Indicadores e religião

[pic 3]

Residências de classe baixa na região do bairro Nova União, às margens da BR-381.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Governador Valadares é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo que seu valor é de 0,727 (o 1107º maior do Brasil e o 97° maior de Minas Gerais). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,644, o valor do índice de longevidade é de 0,834 e o de renda é de 0,714. De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 51,4% e em 2010, 89,1% da população vivia acima da linha de pobreza, 7,5% encontrava-se na linha da pobreza e 3,4% estava abaixo e o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,538, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 57,6%, ou seja, 14,6 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 3,9%.

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população municipal está composta por: 134 557 católicos (51,03%), 98 974 evangélicos (37,53%), 21 057 pessoas

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