Informatica na Educação
Por: Lidieisa • 4/10/2018 • 10.515 Palavras (43 Páginas) • 248 Visualizações
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A Informática vem sendo utilizada na Educação de diversas formas desde, talvez, os anos 60, mas apenas na década de 80, com a diminuição dos preços dos computadores e a invenção das interfaces amigáveis (o que facilitou a vida do usuário comum), é que foi possível instituir projetos de utilização da Informática na Educação de modo mais sistemático e segundo abordagens sistêmicas. Em muitos países os computadores começaram a aparecer nas escolas de ensino básico e médio sob forma de projetos ainda experimentais, frequentemente amparados por pesquisas universitárias e recursos governamentais. (ALMEIDA; FONSECA JÚNIOR, 2004, p. 14).
O uso do computador na educação para que promova alterações significativas no processo de ensino aprendizagem faz-se necessário que haja uma política consistente que envolva um trabalho em equipe na escola. A partir deste pressuposto, é que esta monografia teve como problemática o seguinte questionamento: Que ações de implementação de uso pedagógico do computador as gestoras do Laboratório de Informática Educativa (LiEd) da Escola Estadual “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” desenvolvem com os professores? Nas perspectivas dos professores da escola, como vêem a atuação das gestoras do LiEd?
Com base na problemática supracitada, a presente monografia objetivou analisar as ações desenvolvidas pelas professoras coordenadoras do LiEd da escola Estadual “Nossa Senhora Perpétuo Socorro”, localizada no município de Vera – MT para a utilização do computador nas atividades curriculares pedagógicas rotineiras, bem como saber como os professores da escola avaliam a atuação e as contribuições das professoras coordenadoras do LiEd no processo de implementação do uso computador como ferramenta pedagógica no contexto escolar.
Desta forma, a pesquisa justifica-se pelo seu caráter relevante em elucidar as diretrizes educacionais utilizadas na escola comparando-as com aquelas traçadas pelo ProInfo/MEC para a utilização dos computadores na educação. Conseqüentemente, haverá um ganho em escala: como pesquisador terei um maior aprofundamento sobre o tema, outros profissionais terão a oportunidade de refletir sobre suas práticas, e os alunos contarão com professores mais envolvidos na educação a partir da perspectiva do uso do computador na educação.
A monografia está organizada em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta as diretrizes e políticas de implantação do computador na educação.
Os desafios encontrados, objetivos traçados pela informativa educativa e o novo perfil a ser tomado por parte dos educadores, encontram-se no segundo capítulo.
O terceiro capítulo apresenta o universo, os participantes e os procedimentos metodológicos da pesquisa.
O último capítulo traz recortes das falas das gestoras do LIED e dos professores no que diz respeito ao uso do laboratório.
1 A POLÍTICA DE INSERÇÃO DOS COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO
O computador foi introduzido na educação brasileira por meio de universidades públicas, especialmente nos anos 50: em primeiro lugar, como ferramenta auxiliar da pesquisa técnica, a partir da década de 60, na organização administrativa do ensino superior. Nesse período, houve diversos projetos que, no entanto, não chegaram ao sistema público de ensino fundamental e médio, permanecendo no campo experimental em universidades, secretarias de educação e escolas técnicas. De fato, com números significativos, o computador só chegou à escola pública com o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), no primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
O ProInfo é um Programa desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância, do Ministério da Educação , em parceria com os governos estaduais (e alguns municipais). Seu principal objetivo é a introdução das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) na escola pública, como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. É, portanto, um programa de educação.
As diretrizes do Programa prevêm que só receberão computadores as escolas que tenham um projeto de uso pedagógico das NTIC aprovado pela Comissão Estadual de Informática na Educação e além disso, disponham de recursos humanos capacitados para implementar tal projeto, também uma infra-estrutura física adequada para a instalação dos equipamentos enviados pelo proInfo/MEC, ou melhor, que tenha segurança, alimentação elétrica de qualidade e um mínimo de conforto para alunos e professores.
1.1 USO DO COMPUTADOR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA PERSPECTIVA DO PROINFO
A perspectiva do ProInfo é ter uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico, e para uma cidadania global numa sociedade tecnologicamente desenvolvida. O Proinfo é um programa educacional que visa à introdução das NTIC na escola pública como ferramenta de apoio ao processo ensino e aprendizagem tais como:
■ Trazer para a escola um enorme potencial didático-pedagógico;
■ Ampliar oportunidades onde os recursos são escassos;
■ Familiarizar o cidadão com a tecnologia que está em seu cotidiano; ■ Dar respostas flexíveis e personalizadas para pessoas que exigem diversidade maior de tipos de educação, informação e treinamento;
■ Oferecer meios de atualizar rapidamente o conhecimento;
■ Estender os espaços educacionais e motivar os profissionais e alunos para aprenderem continuamente, em qualquer estágio de suas vidas[1]1.
Entre os objetivos desse programa está o de preparar professores para usarem as NTIC, visando a transformação de sua prática pedagógica. O ProInfo tem como filosofia melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, possibilitando a criação de uma "ecologia" nos ambientes escolares, mediante incorporação adequada das novas tecnologias da informação pelas escolas. Sua política prioriza, também, uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico, educar para o exercício da cidadania, numa sociedade tecnologicamente desenvolvida.
A informática favorece diferentes maneiras de se relacionar com o outro e com o conhecimento. Ao contrário do que muitos pensam, ela não oportuniza a "robotização" do ser humano ao eliminar a mediação humano no contexto, pois isto o livro, o jornal, a revista já o fazem.
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