Consciência política na Educação
Por: Ednelso245 • 26/7/2018 • 963 Palavras (4 Páginas) • 250 Visualizações
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a todo um contexto de opressão social e ausência de democracia. egundo o autor, a tarefa de educar não consiste em apenas transmitir conhecimentos, mas ser a ponte entre o aluno e o saber, usando a educação como instrumento de liberdade e autonomia. Nesse sentido, a educação e a pedagogia para Freire, sempre estiveram carregados de uma politicidade, ou seja, a prática educativa e a reflexão sobre essa prática eram considerados atos políticos: de escolha, de decisão, de luta entre contrários, de conquista de cidadania negada.
Assim, como processo de conhecimento, formação política, manifestação ética, procura da boniteza, capacitação científica e técnica, a educação é prática indispensável aos seres humanos e deles específica na história como movimento, como luta. Para o autor, a história não prescinde da controvérsia, dos conflitos que, em si mesmos, já engendrariam a necessidade da educação.
No entanto para que haja a solidificação da consciência política de um país é preciso que seus indivíduos sejam cidadãos conscientes de seus direitos civis e políticos e em sua implicância para um futuro melhor. Normalmente atribui-se ao voto o poder de transformação, porém sua repercussão é muito pequena e muito demorada. Para que haja uma sociedade mais igualitária, é preciso haver envolvimento com as questões políticas e sociais não apenas em época de eleições.
Sendo assim, vale ressaltar que educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República. A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
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