A Disortográfica
Por: Kleber.Oliveira • 3/12/2018 • 2.792 Palavras (12 Páginas) • 319 Visualizações
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Classifica-se com erros contínuos nas palavras que iniciam ou têm em sua composição as letras (b, e p,/ v, e f,) ou com sons similares como (p e b), que se caracteriza por bilabiais, que é a junção dos lábios para pronunciar tais palavras, apresenta também como característica a não fixação das regras ortográficas, apresentando omissão, inversão, ou alteração no segmento linguístico, erro de pontuação acentuação e regras básicas. Entre as características mais comuns da Disortografia, segundo Serra (2008, p.28), são:
- As frases se encontram mal estruturadas, inacabadas,
- Apresentam falta de elementos, repetição de palavras, um vocabulário muito
- Pobre, erros de pontuação e de concordância, expressão de ideias muito sucinta “estilo telégrafo”, articulação incorreta de tempos verbais na frase.
É explicado por CASAL (apud Haberland, 2013, p. 44) que as letras espelham que possuem o mesmo radical no caso [b] ao invés de [p], [m] e [n], [t] e [f], o erro acontece para os disortográficos de forma inconsciente, conforme [...] Torres e Fernandez (2001), Selikowitz (2010, pp.91-95)
classifica os erros dados pelas crianças e jovens com Disortografia erros do tipo fonético, muitas vezes ligados a um sistema fonológico deficitário; os erros visuais, sugerindo um déficit na memória visual; erros de substituição de letras, subjacentes aos anteriores tipos de erros, mas associados a problemas na discriminação auditiva; erros de audição ou omissão, devendo-se estes problemas na organização sequencial .
Diferente de Torres e Fernandéz (2001), outra definição seria a de Selikowitz (2010) que encontrou ainda um outro tipo de erro, e a denominou de erros irracionais, que não se agrupam em nenhum dos padrões acima descritos, mas que também ocorrem com alguma frequência (CASAL, 2013, p 44).
As dificuldades estão relacionadas a três grandes fatos a codificação, que é a forma como o indivíduo assimila os códigos de escrita, a produção de textos, e a produção de palavras, e estão ligadas ao emocional ou a fenômenos orgânicos, as pessoas disortográficas não assimilam o som a escrita (apud. Casal, 2011). Para resolver ou ajudar na evolução das pessoas disortográficas podem ser usadas algumas técnicas, vimos então alguns jogos que tragam ao disortográfico a noção de formar as palavras, os jogos espelho são os mais usados aqueles que a palavra aparece em duas formas a correta e a incorreta para o jogador indicar onde está a palavra correta.
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO
A Disortografia manifesta-se através de sinais como, troca de grafemas, substituição de letras semelhantes, omissões e adições, inversões e rotações, uniões e separações, dificuldade na elaboração de textos, separação indevida das palavras, dificuldade em perceber as sinalizações gráficas e dificuldade em associar a letra ao som respectivo, dificuldade em reproduzir ideias de forma escrita.
Entre os problemas associados estão, o déficit na percepção e na memória visual auditiva, as dificuldades na articulação que é caracterizado como um problema de linguagem. O professor deve estar atento aos problemas desses alunos e intervir da maneira mais adequada. A escola deve conversar com os pais com o intuito de orientar sobre encaminhamento para um profissional qualificado para uma análise e diagnóstico. A intervenção na Disortografia não se deve basear-se num só modelo, mas sim em vários para que haja um complemento que englobe a percepção auditiva, visual e espaço-temporal, a memória visual e auditiva. É preciso que os pais, portanto, e educadores realizem com as crianças exercícios de reconhecimento de formas gráficas; identificação de erros; consciencialização do fonema isolado, em sílaba e soletração; análise de frases; substituição de um fonema por outro na sílaba e palavra.
No Brasil, a Disortografia ainda é pouco comentada, talvez pela falta de capacitação dos professores e profissionais da área que são os identificadores de problemas de níveis de evolução intelectual dos alunos na sala de aula. Em situações que o professor identifica as características da Disortografia, o uso do encorajamento é essencial. Criar com esse aluno uma rotina de escrita e chamar sua atenção para as situações diárias em que são necessárias a utilização da escrita, elaborar cartas, cartões postais ou até mesmo com a escrita de um diário com os registros ao final de cada dia. É preciso ter noção que o erro já é motivo de repreensão e frustração, muitas vezes, não corrija o erro procure soluções para ele.
A avaliação fonoaudiológica da ortografia deve trazer informações do nível ortográfico em que a criança se encontra, revelando quais são os tipos de erros ortográficos e quantas vezes existe a repetição dos erros nesta escrita, isto para que alterações ortográficas decorrentes de problemas no processo de alfabetização não sejam erroneamente classificadas como Disortografia. A partir da classificação semiológica dos erros encontrados na avaliação, a intervenção deve enfatizar atividades que se adaptem às características semiológicas de cada tipo de erro, e aos fatores cognitivos ou linguísticos implicados, associando esses fatores às orientações que devem ser dadas aos pais e professores sobre como enfocar o trabalho com a ortografia, seja em casa ou na escola, sem gerar angústia e ansiedade na criança.
A intervenção com base na observação diagnostica prévia, tem como objetivo a reeducação das áreas subdesenvolvidas que revelam necessidade de desenvolvimento ou otimização. Associadas ao programa de reeducação da dislexia podem constar outras estratégias de intervenção facilitadoras do processo da aprendizagem do indivíduo. Sempre que possível, a metodologia aplicada nas sessões de intervenção deve ser utilizada nos outros contextos onde a criança está inserida, nomeadamente em casa e na escola. Ao longo do processo de intervenção, vão sendo realizadas reavaliações periódicas com objetivo de recolher informação acerca do ritmo de desenvolvimento das áreas ainda subdesenvolvidas e da continuidade da intervenção.
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Para que a inclusão seja efetiva e o aprendizado também, devemos ter a consciência sobre a realidade de cada escola. Assim, havendo a necessidade de adaptação e criação de muitos projetos e atividades de intervenção autorais respeitando a necessidade de cada aluno.
Segundo Aranha (2004, p. 7) “escola inclusiva
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