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A DEFICIÊNCIA FÍSICA

Por:   •  3/12/2018  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  253 Visualizações

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DEFICIÊNCIA VISUAL

O termo cegueira não significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob cegueira poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão residual. Engloba prejuízos dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras (visão corrigida do melhor dos seus olhos permite enxergar há 6 metros o que uma pessoa de visão normal enxerga há 60 metros). Pedagogicamente, delimita-se como cego àquele que tem somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisa aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão; e como possuidor de baixa visão aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

Os desafios apresentados pelas pessoas com esse tipo de deficiência são muitos. Entre eles, estão barreiras arquitetônicas, adaptações curriculares em todos os níveis do aprendizado e dificuldades em espaços culturais, como cinemas, teatros e museus. Porém, os principais obstáculos são relacionados a atitudes e preconceitos. Uma vez vencidos, seja no ambiente de trabalho, escolar ou em outras esferas, eles favorecem a verdadeira inclusão das pessoas com deficiência visual nos diversos espaços sociais. De acordo com Eliana, espaços como a fundação têm o objetivo de promover a autonomia e a independência das pessoas com deficiência visual, realizando ações de conscientização e de sensibilização junto à sociedade. Isso favorece a mudança de atitudes que é fundamental para o relacionamento humano digno e de verdadeira inclusão. Uma dessas barreiras diz respeito à terminologia. O termo aceito mundialmente, inclusive no Brasil, é “pessoa com deficiência”, substituindo a forma “pessoa deficiente”. Utilizada erroneamente, essa última tende a rotular o indivíduo pela deficiência, denotando socialmente incapacidade ou inadequação. “O que precisa ser feito é a aplicabilidade dos dispositivos legais, implementando o que está estabelecido pela Lei”, ressalta Eliana.

É importante não somente a promoção da acessibilidade, mas também a melhoria de um todo e conscientização da população no sentido de garantir o respeito a alguns benefícios concedidos aos deficientes. Ao contrário do que muitos fazem, não respeitam.

SURDEZ

No último dia 26 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional do Surdo. A data foi criada em 2008 e alerta para as barreiras de acessibilidade que ainda afligem os portadores de deficiência auditiva. Segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, 9,7 milhões de pessoas têm deficiência auditiva. Desses, 2.147.366 milhões apresenta deficiência auditiva severa, situação em que há uma perda entre 70 e 90 decibéis (dB). Cerca de um milhão são jovens até 19 anos. No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga capital do País, o Rio de Janeiro.

Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo. Além de receber estudantes, a instituição também forma professores desde 1951. Contudo, foi somente em 2002, por meio da sanção da Lei n° 10.436, que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no País. São consideradas pessoas com deficiência auditiva aquelas com perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais. A legislação determinou também que deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão de Libras como meio de comunicação objetiva. A surdez pode ser tanto adquirida quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios e drogas podem provocar más-formações no sistema auditivo do bebê. Além disso, infecções e traumatismos cranianos também podem levar crianças a desenvolverem a surdez. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho podem desencadear o quadro. A acessibilidade para surdos ainda é um desafio. Essa parcela da população ainda enfrenta dificuldades para conseguir realizar atividades cotidianas. A professora de Libras Renata Rezende, que é surda, diz que um dos principais problemas é a falta de intérpretes. Para ela, a presença desses profissionais deve ser obrigatória.

“A minha maior dificuldade em conviver com os ouvintes no âmbito da sociedade, é, por exemplo, um seminário, uma palestra, onde não tenha a presença de intérprete da língua de sinais, nós temos uma dificuldade de saber o que está sendo dito. Por exemplo, se na faculdade não tem intérprete, nós também temos essa dificuldade", relatou. Contudo, ela ressalta que nos hospitais os problemas são ainda mais graves. "Às vezes, as palavras do médico são muito técnicas, e isso fica muito confuso. Tenho de explicar para o médico que eu consigo ler, ele tem de escrever para mim. Ele pode passar um remédio

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