PORTFÓLIO: DEPENDÊNCIA
Por: Hugo.bassi • 16/8/2018 • 1.915 Palavras (8 Páginas) • 285 Visualizações
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Teorias pragmáticas ou do efeito
Esta teoria relaciona-se diretamente com o receptor da leitura, ou seja, o leitor. A obra do escritor tem que produzir ao seu leitor um estado de sublimidade que o transporta para a realidade proposta pelo autor que o emociona repetidas vezes. O principal objetivo da literatura é comover o público, despertar o seu emocional, proporcionando assim prazer na leitura.
Teorias expressivas
Esta teoria tem relação com o autor de forma expressiva, o artista vira o elemento principal do produto artístico, sendo assim, nesta teoria o objeto a ser reproduzido pelo artista, está no seu intimo de forma geradora das expressões poéticas, sendo mostradas os desejos e sentimentos manifestados pelos escritores nas suas obras literárias.
Teorias formais
Esta teoria tem como características autores críticos que empreendem a exploração do poema, de um mundo de si mesmo, como a finalidade é simplesmente existir e não instruir, nada mais sublime para os autores que o simples fato do belo existir nas suas poesias que enfatizam a própria mensagens nos discursos literários, assim a obra literária e definida como uma estrutura para a critica.
Teoria da recepção ou estética da recepção
Esta teoria tende em uma retomada do interesse no leitor, trata-se de uma retomada pois vimos que o leitor ocupou o centro das atenções durante uma longa tradição que se estendeu da antiguidade grega até o século XVIII.
Eagleton – cuja obra Teoria da literatura pode ser considerada como uma tentativa de fazer um balanço sobre o cenário dos estudiosos literários nas últimas décadas- considera que
[...] o leitor sempre foi o menos privilegiado desse trio- estranhamente, já que sem ele não haveria textos literários. Estes textos não existem nas prateleiras das estantes: são processos de significação que só se materializam na prática da leitura. Para que a leitura aconteça, o leitor é tão vital quanto o autor (1997, p. 80).
A estética da recepção é uma escola de teoria literária que surgiu na era pós- estruturalista, nos finais da década de 1960, primeiro na Alemanha e mais tarde nos Estados Unidos, tendo em comum a defesa da soberania do leitor na crítica da obra de arte literária.
O grande percussor da estética da recepção foi Hans Robert Jauss, que na Universidade de Constance onde Jauss faz uma crítica ao modo como a história literária vinha sendo considerada e como era tradicionalmente ensinada.
Jauss (1994, p.24) defende uma visão diferenciada da história da literatura, pautada na historicidade da obra literária. Esta historicidade não remete mais á ideia de produção em certa data, mas leva em conta a circunstância de ainda ser lida e apreciada em diferentes épocas. Por isso, a estética da recepção retoma como objeto de investigação o receptor.
- Modos de organização do texto literário volume 1
- Capitulo 1 - Metodologia da leitura crítica
O capitulo 1 vem apresentar o universo da analise literária trazendo informações, no objetivo de conscientizar da importância da análise para a compreensão dos textos literários e aparelhar convenientemente para poder assumir diante do texto uma atitude e a postura adequada a um especialista em letras.
A metodologia da leitura crítica, constituem duas etapas fundamentais do estudo, que são a análise e a interpretação.
A análise entende-se facilmente que ela exige um complemento do texto, pede algo que a complete. A análise em si não e o suficiente para a avaliação crítica de um texto literário.
A interpretação passa da fase analítica para uma fase predominante sintética, que procura ultrapassar a mera verificação dos elementos do texto literário, sendo que a interpretação constitui o alvo de um esclarecimento minucioso do texto literário. Vemos que a interpretação parte da análise, mas se distingue dela pois visa a estrutura no seu conjunto.
Na análise de uma obra literária, o analista deve observar o encantamento do poema, para que em seguida ele observe a sensibilidade, que faz parte da verdadeira apreciação da obra literária. O critério da sensibilidade se torna o critério de conhecimento sistemático, pois se vê o prazer e a emoção na leitura como condições de conhecimento adequado, sem temer a acusação de fundar os estudos literários no sentimento subjetivo. Quando o leitor aprende a sensibilidade geral da poesia aprende a sentir a beleza própria da poesia em seu todo, quando chega nesta ápice o leitor estudioso se separa do leitor amador, pois o leitor amador não sente a necessidade de comprovar a sensibilidade total do poema, basta para o leitor amador um sentimento vago da leitura.
A crítica consiste numa analise intermediaria do trabalho analítico, ele e feito pelo esforço de compreender para interpretar. A crítica usa a intuição, exprimindo as sugestões trazidas pela leitura. O crítico devera administrar a impressão e juízo.
Ao final deste capitulo posso afirmar que a leitura crítica de obras literárias supõe a superação da leitura como mero entretenimento/mera contemplação, atitude admissível em um leitor que não elegeu a leitura como mero campo privilegiado de atuação. Assim, um estudante de letras, pela especificidade de sua formação diferencia-se de um leitor não especializado.
- Capitulo 2 - Estrutura e valor
Neste capitulo o protagonista é o já conhecido estudioso, René Wellek. O mesmo defende a indissociabilidade entre a estrutura e o valor.
Para Wellek uma obra de arte não é apenas uma estrutura a ser analisada descritivamente. Segue sua citação:
A obra de arte é uma totalidade de valores que não adere simplesmente á estrutura, mas constitui a sua própria essência. Todas as tentativas de eliminar o valor da literatura têm fracassado e fracassarão, porque sua própria essência é o valor. O estudo da literatura não pode e não deve ser divorciado da crítica, que é julgamento de valor. (WELLEK, 1963, p. 68.)
Segundo Wellek, a valoração da obra literária é a experimentação, a tomada de consciência, de qualidades esteticamente valiosa e de relações estruturalmente presentes na obra para qualquer leitor competente.
Para que uma obra
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