A Tendências Contemporâneas
Por: Kleber.Oliveira • 29/1/2018 • 1.416 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
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2) romance de tensão crítica – o heroi opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e do meio social;
3) romance de tensão interiorizada – o heroi busca ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade.
4) romance de tensão transfigurada – o heroi procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade.
Deste modo, é justo lembrar os nomes de alguns autores contemporâneos: José Américo de Almeida, Raquel de Queirós, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Marques Rabelo, José Geraldo Vieira, Lúcio Cardoso, Cornélio Pena, entre outros.
Outros narradores intimistas
Da ficção “egótica” à ficção suprapessoal. Experiências Clarice Lispector.
Permanência e transformação do Regionalismo
A essa altura de sua produção Alfredo Bosi já havia mencionado alguns exemplos de regionalismo crítico, eis Usina e Fogo Morto de Lins do Rego, e São Bernardo e Vidas Secas de Graciliano Ramos para provar.
O Nordeste brasileiro, fonte de clássicos do neorrealismo, concorreu com uma copiosa literatura ficcional, “que vai do simples registro de costumes locais à aberta opção de crítica e engajamento que as condições da área exigem.” (BOSI, 2013, p. 455)
O crítico ainda cita nomes importantes da literatura brasileira, como Ariano Suassuna que combinando lenda e humor, tradição popular e paródia, conseguiu surpreender a todo público com duas grandes narrativas, A pedra do Reino (1971) e O Rei Degolado (1977), e João Guimarães Rosa, que nas palavras do ensaísta:
O regionalismo, que deu algumas das formas menos tensas de escritura [...], estava destinado a sofrer, nas mãos de um artista-demiurgo, a metamorfose que o traria de novo ao centro da ficção brasileira. A alquimia, operada por João Guimarães Rosa, tem sido o grande tema da nossa crítica desde o aparecimento dessa obra espantosa que é Grande Sertão: Veredas. (BOSI, 2013, p. 458).
* A ficção entre os anos 70 e 90: alguns pontos de referência
A POESIA
Foi no campo poético que mais radicalmente houve alteração com a viragem modernista.
Na ideia de Bosi:
“Mário de Andrade, Manuel Bandeiras e Oswald de Andrade haviam rompido com os códigos acadêmicos e incorporado à nossa lírica as formas livres com exemplos tão vigorosos e felizes que aos poetas dos anos de 30 não seria mister inventar ex nihilo uma nova linguagem.” (BOSI, 2013, p. 467)
Faz-se necessário lembrar os nomes de alguns poetas contemporâneos como é o caso de Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, entre outros poetas.
Poesia e programa: a “geração de 45”
Poesia, hoje
Antes de tudo é importante lembrar que Alfredo Bosi escrevia em 1968/69, logo o “hoje” para o autor, trata-se daquela época em si.
Começa o seu texto escrevendo “a poética de 45, embora ainda anime escritores de valor, fiéis ao intimismo e a uma concepção tradicional de forma, não exerce influência decisiva na literatura de hoje.” (BOSI, 2013, 501).
Cita as pressões históricas em que a poesia estava submetida: direção da objetividade, que podemos entender como: procura de mensagens, que transformar o texto em testemunho crítico da realidade social, moral e política, e também, procura de códigos, quando rejeitando o versos tradicionais, fazem do poema um objeto de linguagem integrável.
Nesse ponto o historiador elenca autores representativos, e começa por João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar e Mário Faustino.
Segue sua produção trabalhando a poesia concreta, ou Concretismo, corrente que se impôs a partir de 1956, “como a expressão mais viva e atuante da nossa vanguarda estética.” (BOSI, 2013. p. 509).
Quanto a características pertinentes e inovadoras de poetas-concretos, pode-se enumerar:
- Campo semântico: ideogramas;
- Campo sintático: ilhamento ou atomização das partes do discurso;
- Campo léxico: substantivos concretos, neologismos, tecnicismos, estrangeirismos;
- Campo morfológico: desintegração do sintagma nos seus morfemas;
- Campo fonético: figuras de repetição sonora;
- Campo topográfico: o verso foi abolido, não há linearidade, nos espaços em branco é construídos a poesia.
Nesse espaço literário encontramos nomes como Vladimir Dias Pino, Décio Pignatari, Haroldo de Campos.
Desdobramentos da vanguarda concretista
Poesia ainda
Traduções da poesia
A CRÍTICA
O Modernismo melhorou tudo,
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