A Ortografia e transformação fonética
Por: eduardamaia17 • 21/12/2018 • 3.458 Palavras (14 Páginas) • 403 Visualizações
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Doravante ao latim surgiram as línguas românicas, que “conservam vestígios indeléveis de sua filiação ao latim no vocábulo, na morfologia e na sintaxe” (Coutinho, 1976, p.41). Há 10 línguas românicas, entre elas o português; houve alguns lugares que o latim não conseguiu impor-se e outros que teve que ceder depois da investida de idiomas estranhos. Os romances são modificações regionais do latim, no qual saíram às línguas românicas. As alterações das línguas românicas se verificam entre os séculos IV e VI; algumas modificações como: diversidade do meio de extensão territorial, topografia irregular, historia, etnologia e política são importantes na transformação da língua. Contudo, o latim vulgar se espalhou com a ruína do império romano e o avassalamento do domínio bárbaro, que teve como consequência o fechamento das escolas e o desaparecimento da aristocracia que ensinava as boas letras.
Gramática histórica
Estudar a historia de uma língua, é descobrir as transformações que ela sofreu durante os séculos e as que continuam acontecendo. Sua origem acaba explicando transformações que ocorrem e ocorreram. Cada palavra tem um significado que originou de alguma palavra românica ou latim vulgar. Entendendo os conflitos que se sucederam ao longo da historia para ter a língua, linguagem e dialeto como conhecemos. Para cada ramificação da historia surgem mais algumas explicações para as modificações, conhecimento de um povo e estudo que se prolonga por anos e sem o termino. A analise das transformações, das causas e dos porquês de cada uma ter acontecido, compreendendo assim todo um contexto, retomando termos e princípios de cada ramificação e ponto nela composta.
Conforme Coutinho, gramática histórica “É a ciência que estuda os fatos de uma língua, no seu desenvolvimento sucessivo, desde a origem até a época atual” ( 1976,p.13). Em resumo ela estuda a evolução da língua, suas transformações e os fatos históricos da língua. Seguem a ordem, tendências naturais e hábitos fonéticos, também estudam a origem e evolução do dialeto e idioma no tempo e espaço. Sendo o dialeto a mudança regional de uma
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língua, podendo ocorrer por varias ordens como: étnica, social, geográfica entre outras. O idioma é língua de um povo que tem suas próprias características como: o léxico, as regras gramaticais e a fonética. Dividida em lexicologia e sintaxe, a lexicologia estuda a palavra isolada, a estrutura sonora e a forma gramatical das palavras, sendo subdividida em fonologia e morfologia já a sintaxe ocupa-se das palavras interligadas uma com as outras na frase.
Com o desenvolvimento nos estudos linguísticos, a chegada da imprensa e consequentemente o aumento das publicações, começa a valorizar as línguas nacionais, ressaltando a necessidade de regularizar a ortografia e divulgá-la, como ressalva Netto:
A diversidade linguística se mostrava um elemento essencialmente distintivo e impunha a necessidade de uma divulgação de formas nacionalmente padronizadas. É justamente nesse aspecto que a escrita assume o papel que desempenharia nos séculos seguintes. Mas se a escrita, por si só, não tinha esse alcance, seria necessário reproduzi-la pela nova tecnologia que recém despontava: a imprensa. (Netto, Ferreira,2001, p.20):
A consolidação da padronização e reforma ortográfica ocorreu no século XX, vinculada aos estudos linguísticos a apoiada pelos governos de Brasil e Portugal, assumindo assim caráter de lei. A Obra de Viana publicada em 1904, denominada Ortografia Nacional: Simplificação e Uniformização Sistemática das Ortografias Portuguesas, sem duvida é um grande marco na história da nossa grafia, Viana acreditava que a base para regularização estaria na história da língua no tempo e no espaço.
Além da gramática histórica temos a gramática comparada, constituída no século XIX, com os trabalhos de Franz Bopp, utiliza-se o método comparativo que é relacionar os fatos de uma língua com os análogos de outra ou da mesma família, auxilia nas pesquisas etimológicas. Também conhecido como linguística comparada estabelece ligações entre línguas para relações de parentescos.
História da língua portuguesa
A língua portuguesa tem origem do latim vulgar, o português é o latim modificado, o idioma falado pelo povo romano não morreu e sim continua vivo, contudo houve transformações no grupo de línguas românicas. A história da língua portuguesa esta ligada a historia geral da península Ibérica onde teve inicio a língua. “A língua portuguesa proveio do latim vulgar que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao ocidente da península Ibérica” (Coutinho 1976, p.46).
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A historia da língua portuguesa em 3 grandes categorias. A primeira seria: a Pré histórica, inicia-se com a origem da língua e que se prolonga ate o século IX no qual surge os primeiros documentos latino-portugueses, que vira material linguístico da época. A segunda, definida como Proto histórica do século IX ao XII, sendo os textos todos redigidos em latim bárbaro, nele encontram-se palavras portuguesas no qual prova que já existia o dialeto galaico-português nesse período. No século XII aparecem documentos inteiros reescritos em português, antes a língua era somente falada. E por fim a terceira categoria: época histórica que se divide em arcaica e moderna.
Os países que falam a língua portuguesa
Atualmente vivenciamos uma globalização de informações, produtos e costumes. Nesse processo de divulgação de informações convivemos com uma barreira que acaba por dificultar a comunicação. Essa barreira da comunicação é a língua, que acaba por distanciar as diversas nações.
Nos dias de hoje temos aproximadamente mais de 6 mil idiomas, que são utilizadas em todo o mundo. Dentre os dez idiomas mais mencionados no mundo, temos o português falado por cerca de 250 milhões de pessoas, só o Brasil corresponde a aproximadamente 80% desse total. Segundo Muller:
A língua ocupa oficialmente 10, 7 milhões de km2, está presente na América, África, Europa e Ásia – nesta ordem em termos demolinguísticos – e tem de 221 a 245 milhões de falantes como primeira ou como segunda língua em variados graus de proficiência, número que cresce em velocidade moderada, com grandes variações entre
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