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O Parnasianismo

Por:   •  20/12/2018  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  474 Visualizações

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Objetivismo e universalismo: O objetivismo trata de temas baseados na realidade sendo tanto objetos quanto paisagens, deixando de lado a emoção e o subjetivismo (um sistema filosófico que não admite outra realidade se não a realidade do ser pensante);

Cientificismo e positivismo;

Busca da perfeição: A poesia não é valorizada por sua beleza em si, mas sim pela sua vista estética;

Preocupação com a estética, metrificação, versificação: A metrificação significa que é a utilizado o mesmo número de silabas poéticas para cada verso;

Utilização de rimas ricas e palavras raras: O poeta deve tratar de evitar a utilização de palavras da mesma classe gramatical, pois isso acaba tornando as suas rimas na poesia esteticamente rica, ou seja, para que fosse excessivamente formal os poetas deveriam utilizar muitos termos técnicos, que acabava por demonstrar um vocabulário refinado e amplo;

Preferência por estruturas fixas (soneto): Basicamente o soneto é um poema composto de catorze versos, divididos em dois quartetos (duas estrofes com quatro versos) e dois tercetos (duas estrofes com três versos).

Descrição visual bem detalhada;

Tema da mitologia grega e da cultura clássica são frequentemente vistas em poesias parnasianistas.

- Alberto de Oliveira

Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.

Seu primeiro livro “Canções Românticas” é um compilado de poesias, publicado em 1878, com propriedades ainda românticas, porém, com indícios de temática parnasiana. O Parnasianismo esteve intrínseco em suas obras a partir das novas publicações, o que o levou a ser considerado o mestre desta estética literária. O estilo parnasiano regozijava-se na estrutura descritiva e na exaltação da forma rígida oriunda da Antiguidade Clássica no culto da “arte pela arte”.

Alberto de Oliveira – foi considerado o mestre do Parnasianismo no Brasil e sócio fundador da Academia Brasileira de Letras

- Obras

Em seu primeiro livro, “Canções Românticas”, ainda que preso aos cânones românticos, já prenuncia traços parnasianos: contenção emocional, rigor formal e sobriedade no emprego de recursos expressivo.

Em seu segundo livro de Alberto de Oliveira, “Meridionais”, onde marca o ponto artisticamente mais realizado de sua obra: o forte pendor pelo objetivismo e pelas cenas exteriores, o amor da natureza, o culto da forma, a pintura da paisagem, a linguagem castiça e a versificação rica.

Há, contudo, alguns momentos em que o lirismo amoroso supera o esteticismo descritivo amaneirado e precioso, para aproximar-se dos grandes platônicos da Idade Média (Dante, Petrarca) e dos clássicos portugueses.

Lição Quotidiana

Cada manhã ressuscito

Do sono, esse irmão da Morte,

Que é minha estrela do norte,

Meu professor de infinito.

Hora por hora medito

Sua lição clara e forte;

Mas nem assim minha sorte

Encaro menos aflito.

E, se acordo com o dia,

Cheio de fé e alegria,

Julgando-me imorredoiro,

À noite estou moribundo...

E em meu vazio tesoiro

Vejo o meu fim, e o do mundo!

Caminho da Saudade

Iam vinte anos desde aquele dia,

Em que com os meus, da terra onde nascera,

Adolescente ainda, eu me partia.

O que não dera então, o que não dera

Ainda hoje por tornar atrás comigo,

Entrar-lhe os campos, ser o mesmo que era!

Lá me ficava com seu tecto amigo

A velha casa, a várzea verde em flores,

E verde em flores o pomar antigo;

E o engenho, a encher aqueles arredores

Com o seu bufido, com o bater pausado

Das pás cantantes dos ventiladores;

Tudo quanto em menino havia amado,

E em que minh’alma nova, a abrir-se, rindo,

Tinha parte de si talvez deixado,

Em vôo, ao pé do rio, às voltas indo,

Em vôo, em cada moita, airada e inquieta,

Qual das asas o pó dourado e lindo

Deixa por onde passa, a borboleta.

Que ânsia de amar

Que ânsia de amar! E tudo a amar me ensina!

A fecunda lição decoro atento,

Já com liames de fogo ao pensamento,

Incoercível desejo ata e domina.

Em vão procuro espairecer ao vento

Olhando o céu, o morro, a campina.

Escalda-me a cabeça e desatina,

Bate-me o coração como um tormento.

E sorrindo ardente e vaporosa

Por

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