TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÕES

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Como exemplo podemos citar do primeiro grupo de tendências a TRADICIONAL que visava à preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade, para isso usava-se conhecimentos e valores sociais acumulados através dos tempos que eram repassados aos alunos como verdades absolutas. Assim, o professor era a autoridade e exigia uma atitude receptiva do aluno.

Em contra partida a RENOVADA PROGRESSISTA dizia que a escola deve adequar as necessidades individuais ao meio social, usando as experiências, pesquisas e método de solução de problemas, assim o professor se tornava na verdade um auxiliador no desenvolvimento do aluno por meio das experiências vividas pelos próprios alunos frente às situações problema, assim o aluno aprendia fazendo, ou seja, autoaprendizagem.

Com respeito à RENOVADA NÃO DIRETIVA Acentua-se, nessa tendência, o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo o esforço deveria visar a uma mudança interna do indivíduo, na verdade uma adequação pessoal às solicitações do ambiente. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. Trata-se de um ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador.

Já a Tendência LIBERAL TECNICISTA, ela é modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. No ensino da Língua Portuguesa o trabalho com as estruturas linguísticas, separadas do homem no seu contexto social, é visto como possibilidade de desenvolver a expressão oral e escrita. A tendência tecnicista é de certa forma, uma modernização da escola tradicional e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo, não conseguiu superar os equívocos apresentados pelo ensino da língua centrado na gramática normativa. Em parte, esses problemas ocorreram devido às dificuldades de o professor assimilar as novas teorias sobre o ensino da língua materna.

Segundo Libâneo, a Pedagogia Progressista designa as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. O termo "progressista" é usado para designar as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. Evidentemente a pedagogia progressista, não tem como institucionalizar-se numa sociedade capitalista; daí ser ela um instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais.

Um modelo desse pensamento pedagógico é a Tendência PROGRESSIVISTA LIBERTADORA, ela não atua em escolas, porém visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. A escola libertadora, também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido.

Entretanto no caso da tendência PROGRESSIVISTA LIBERTÁRIA, a escola progressista libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. A ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura. Visa-se então Transformação da personalidade num sentido libertário e auto gestionário, para tanto o professor é orientador e os alunos livres.

Por fim temos a tendência PROGRESSIVISTA CRÍTICO-SOCIAL que na verdade conforme Libâneo, a tendência progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade. O papel do aluno como participador e do professor como mediador entre o saber e o aluno. Ocorre pela transferência da aprendizagem que só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nós como grupo percebemos que de acordo com esse quadro teórico de José Carlos Libâneo, deduzimos que as tendências pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade, embora, na prática, procurassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista. Em contra partida as tendências pedagógicas progressistas, em oposição às liberais, têm em comum a análise crítica do sistema capitalista. Esse semestre foi impar no diz respeito a abrir para nós horizontes nunca antes conhecidos sobre tendências pedagógicas e suas implicações, nós podemos com certeza desde já começar a nos preparamos para uma sala de aula com um objetivo fixo na mente: Atuar da melhor forma possível. Adquirimos