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Passagens da antigudiade para o feudalismo

Por:   •  18/12/2017  •  2.052 Palavras (9 Páginas)  •  275 Visualizações

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até o ponto das suas capacitações básicas. Em particular, parece claro que o motor básico da recuperação do solos, que impulsionara toda a economia feudal por três séculos, acabou ultrapassando os limites objetivos da estrutura social e das terras disponíveis. A diminuição de pasto para a criação de animais, levou a ter uma diminuição nestes, que causou por sua vez a escassez de esterco para adubar o solo, o abastecimento de esterco para a própria terra arável. Assim o progresso da agricultura medieval incorria agora em suas próprias perdas.

Contra o pano de fundo deste equilíbrio ecológico precário e crescente, a expansão demográfica podia descontar na superlotação o primeiro golpe de azar das colheitas, e Problemas em todos os setores, tanto de produção, quanto econômico. Para completar o panorama desolador, esta crise estrutural era determinada por mais uma catástrofe conjuntural: a invasão da Peste Negra, vinda da Ásia em 1348. Este foi um acontecimento externo à História da Europa que dizimou a população da Europa. Essa crise levou ao fim a servidão no sistema feudal. Crises e revoltas internas enfraqueceram o sistema feudal a localização geográfica das grandes revoltas camponesas do final da Idade Média no Ocidente conta sua própria história. Em cada caso, elas ocorriam em zonas de poderosos centros urbanos, que agiam objetivamente como um fermento para estes levantes populares.

As formações sociais diferentes que ocorreram nas vastas regiões a leste do feudalismo europeu foi caracterizada pela ausência de uma síntese ocidental especifica entre o modo de produção tribal e comunal em desintegração. Diferenças sociais, que levaram o feudalismo ser diferenciado em algumas regiões, a caracteristica pode ser definida como ausência permanente daquela síntese ocidental especifica entre o modo de produção tribal e comunal em desintegração, baseado em uma agricultura primitiva e dominado por aristocracia guerreiras rudimentares, e um modo de produção escravo em dissolução, com uma civilização urbana extensiva, baseada na troca de mercadorias e em um sistema de Estado Imperial. O interior oriental jamais se integrou ao sistema imperial romano. Sequer chegou a manter os contatos militares e econômicos que a Germânia sempre reteve com o Império – Embora ficasse mais longe. As influências diplomáticas, comerciais e culturais romanas, permaneceram intensas na Germânia depois da evacuação das legiões, e o conhecimento que os romanos tinham da região era íntimo e correto. Não havia tal relacionamento entre o Império e os territórios bárbaros do Leste. Tácito, que era admiravelmente bem informado sobre a etnografia e a estrutura social germânica, não tinha noção alguma dos povos que viviam mais além. Este espaço mais a Leste era mítico e vazio.

Ondas migratórias que foram povoando a região, houve efetivamente uma mudança geral das populações germânicas para o ocidente e o sul, abrindo terreno para o avanço de outro grupo étnico de povos tribais e agrícolas atrás deles. Os eslavos provavelmente se originaram na região do Dnieper-Pripet-Bug, e começaram a expandir-se para o vazio no leste deixado pelos germânicos nos séculos V e VI.

A evolução dos povos eslavos no Leste foi mais ou menos uma reprodução fiel da evolução dos povos germânicos que Oe precederam, antes de irromperem pelo Império Romano e assimilaram a sua civilização muito mais avançada, numa dissolução catastrófica de seus respectivos modos de produção anteriores. Estes hesitantes desenvolvimento “sem auxilio” indica a importância indescritível da Antiguidade na formação do feudalismo ocidental.

As invasões nômades que vinham da Ásia Central, varriam a Europa desde o principio da Idade Média e chegavam até os limites do Ocidente e influenciaram a História da Europa Oriental primeiro e mais famoso destes choques foi o sombrio ataque dos hunos, que precipitou a queda do Império Romano no século V.

Havia Duas diferenças da Europa Oriental da Ocidental, modelo e a frequência destas invasões fizeram delas uma das coordenadas básicas da formação da Europa Oriental. Se muito da história dessa região pode ser definido em primeira instância pela ausência da Antiguidade Clássica, ela está diferenciada da História da Europa Ocidental em segunda instância pela pressão do nomadismo pastoril.

Já o inicio da história do feudalismo oriental em muitos aspectos é o da ausência total desta síntese entre sociedades agrícolas estabelecidas e sociedades pastoris predatórias – modos de produção dos campos e das estepes, e e nomadismo pastoril representa um modo de produção distinto, com sua dinâmica, limites e contradições próprios, que não deve ser confundido com tribal ou com agricultura feudal. Historicamente ele dominou os limites asiáticos da Europa durante toda a Idade Média, em que ele representou em muitos aspectos uma exploração muito mais especializada e experiente do mundo natural do que a agricultura feudal. As formações sociais nômades eram

definidas pelo caráter móvel de seus meios básicos de produção: eram os rebanhos.

A ausência de legado da Antiguidade clássica no leste do Elba, não alterou a organização social das tribos e dos clãs por muito tempo, mas aos poucos a diferenciação e a estratificação social e política prosseguiram, com a consolidação da dominação das aristocracias dos clãs. Ao poder dos nobres estava sujeito o campesinato. Surgiram príncipes e chefes que reuniram uma escolta armada e formaram uma classe dirigente. Houve na Rússia, Polônia e Boêmia uma multiplicação de cidades modestas no séculos IX e X. o Variedades de formação do vocabulário da superestrutura do Estado, primeiro catalisador externo da formação das estruturas do Estado no Oriente: o vocabulário era quase todo emprestado do estrangeiro. A Igreja Cristã foi o segundo catalisador externo da formação do Estado na Europa Oriental, a adoção do cristianismo pelos príncipes era seguida de uma cristianização oficial de seus súditos: era um ato inaugural de Estado.

No Leste, a crise do feudalismo começou mais tarde e foi mais reduzida, pois o colapso da produção e a recessão econômica não teria repercussão no Oriente, pois ali a implantação de novas técnicas agícolas e organização social eram recentes, em vista do Ocidente. Esta vitalidade política, entretanto, já não podia opor-se à mudança de clima econômico que atingiu a Europa Oriental, atrasada em relação à que havia no ocidente, mas visivelmente ligada a ela. A evidência deixa claro que pelo inicio do século XV

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