O Catolicismo
Por: Jose.Nascimento • 13/4/2018 • 3.128 Palavras (13 Páginas) • 271 Visualizações
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História (Resumo)
Nos primeiros anos do Cristianismo, a igreja era uma só, com sedes em Roma (Ocidente) e Constantinopla (Oriente). Ao passar do tempo a Igreja começou a se distanciar em relação às questões políticas e teológicas, inclusive na concepção de fé. Os conflitos gerados entre Ocidente e Oriente enfraquecia a união da Igreja e estabelecia uma tensa disputa de autoridade.
Em princípio, o poder de influência da Igreja de Constantinopla era mais visível, já que esta tinha uma economia mais próspera, assim como a sua política melhor desenvolvida. Assim, os clérigos ocidentais não tinham condições de impor regras que pudessem se contrapor à sustentação teórica e política dos cristãos orientais. Entretanto, no século VI, o desenvolvimento e a expansão da Europa ofereceram os meios necessários para que os líderes romanos tivessem maior independência.
Possuindo maior autonomia, os cristãos passaram a diferenciar-se em questões de fé e liturgia bastante significativas. Os orientais acreditavam que o Espírito Santo, a força ativa que exprime o poder espiritual, procedia somente do Pai. Ou seja, Cristo teria uma posição inferior ao não ter esse mesmo dom de seu criador. Por outro lado, os cristãos do Ocidente acreditavam que o Espírito Santo era uma força que vinha tanto do Pai quanto do Filho, originando uma condição de igualdade entre eles.
Outra diferença perceptível foi na estrutura religiosa. No oriente havia falta de limites entre a autoridade do governador imperial e os chefes da Igreja, assim, o imperador, considerado um eleito de Deus, tinha poder e influência suficientes para nomear seus clérigos. Já no Ocidente, os cristãos tomaram uma orientação contrária, estabelecendo que a autoridade sobre os assuntos religiosos era do cardeal de Roma. Estas diferenças tiveram seu auge em 1015, quando o cardeal romano Humberto determinou a excomunhão de Miguel Celulário, patriarca de Constantinopla. Mas foi em 1054 que ocorreu o Cisma do Oriente, quando um grupo dissidente fundou a Igreja Ortodoxa de Constantinopla (Oriente) e assim a igreja de Roma passou se chamar Igreja Católica Apostólica Romana (Ocidente).
Com o passar do tempo, outras grupos se desgarraram da Igreja de Roma e fundaram novas religiões cristãs, como é o caso da Igreja Luterana, a primeira protestante, ou da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, dos mórmons. Atualmente, os ortodoxos ainda seguem vários dos sacramentos existentes na Igreja Ocidental. Contudo, os orientais não permitem a construção de imagens de santos esculpidos, além de não acreditarem que o Papa seja um interlocutor infalível da verdade cristã ou na existência do purgatório, por exemplo.
Doutrinas do Catolicismo, visão de Deus, Jesus e Espírito Santo
Em sua organização, o catolicismo é marcado por uma rígida estrutura hierárquica, que são as paróquias, as dioceses e as arquidioceses. Essas três instituições são submetidas à direção e ensinamentos provenientes do Vaticano, órgão central da Igreja Católica comandado por um pontífice máximo chamado de Papa. O Papa é o chefe supremo da Igreja Católica Apostólica Romana, e além de Supremo Pontífice da Igreja Universal e soberano do Vaticano, ele acumula os títulos de Bispo de Roma, Primaz da Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana e Patriarca do Ocidente. O cargo de Papa é vitalício, eleito pelo Santo Colégio dos Cardeais reunidos em Roma, e é o único cargo hierárquico que se manteve desde os dias do Império Romano. O Papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma, nomeado por Jesus a pedra fundamental da Igreja em Mateus 16, 17-19. Abaixo de sua autoridade estão subordinados os cardeais, arcebispos, bispos, padres e todo o restante da comunidade cristã espalhada pelo mundo.
As principais crenças do catolicismo estão embasadas na sua doutrina em que há um único Deus verdadeiro que integra a Santíssima Trindade, que vincula a figura divina ao seu filho Jesus e ao Espírito Santo. O Catolicismo não viola o monoteísmo, professa que Deus é simultaneamente uno (porque, em essência, só existe um Deus) e trino (porque está pessoalizado em três pessoas: o pai, o filho e o Espírito Santo, que estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Estas três Pessoas eternas, apesar de possuírem a mesma natureza, "são realmente distintas". Logo, muitas vezes, certas atividades e atributos divinos são mais reconhecidos (mas não exclusivamente realizadas) em uma Pessoa do que em outra. Como por exemplo, a criação divina do mundo está mais associado a Deus pai; a salvação do mundo a Jesus, filho de Deus; e a proteção, purificação e santificação da Igreja ao Espírito Santo.
O credo atanasiano, aceito como verdade pela Igreja Católica e pela maioria das Igrejas Protestantes ajuda a definir a Trindade e como ela se dá: “... os católicos adoram um Deus em uma Trindade, e a Trindade em uma unidade. Não confundindo as pessoas, nem dividindo suas substâncias. Existe uma pessoa do Pai, outro do Filho e outro do Espírito Santo. Mas a Deidade do Pai, e do Filho, e do Espírito santo são todas uma só: uma glória e majestade co-eternas e iguais (2 Corintios 13:13). Logo o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Porém não há três Deuses, mas apenas um Deus...” (Trecho modificado do credo atanasiano)
Ainda sobre sua Doutrina, segundo o Catecismo de São Pio X, a doutrina católica "é a doutrina que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o caminho da salvação" e da vida eterna. "As partes principais e mais necessárias da Doutrina [...] são quatro: o Credo, o Pai-Nosso, os Mandamentos e os Sacramentos". A Igreja Católica crê que todas as coisas que ela acredita foram sendo gradualmente reveladas por Deus através dos tempos (nomeadamente ao longo do Antigo Testamento), atingindo a sua plenitude e perfeição em Jesus Cristo (que anunciou definitivamente o Evangelho à humanidade), que é considerado pelos católicos e cristãos como o Filho de Deus, o Messias e o Salvador do mundo e da humanidade.
Além disso, um dos pontos mais marcantes e históricos da doutrina do Catolicismo é a canonização dos cristãos que a Igreja acredita terem sido mártires ou realizado atos milagrosos, reconhecendo-os como santos. Os fiéis católicos veneram os santos como intermediários entre homens e Deus. Maria, mãe de Jesus Cristo, é considerada a maior intermediária entre fiéis e seu filho. Segundo a doutrina da Imaculada Conceição, a mãe de Jesus teria nascido sem pecado e concebido seu filho virgem, além
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