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Por:   •  17/8/2017  •  5.995 Palavras (24 Páginas)  •  295 Visualizações

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Esta Revolução permitiu abandonar o mundo dependente do campo e as monarquias de classes; para dar lugar a um mundo com uma economia aberta, industrial e de mercados, sustentada pela existência de transportes. Fez aumentar a esperança média de vida, a natalidade e descer a mortalidade, principalmente a infantil; com a evolução da medicina. No entanto este mundo trouxe novos males por volta do séc. XIX, o crescimento desmesurado em conjunto com a desorganização, fez com que houvessem falhas noutras áreas como nas infra-estruturas sanitárias que fazem surgir novos vírus sem controlo.

Em Portugal, o diplomata Sebastião de Carvalho e Melo, continua a avaliar situações de outros países em comparação com o seu, seguindo para a Áustria que a par da França, foram os dois primeiros a importar a máquina a vapor por forma a tentar acompanhar o crescimento e evolução de Inglaterra.

Ao voltar para Portugal, o país esta a ser regido por D. José, e em 1755 dá-se o terramoto de Lisboa. Este acontecimento fará com que sejam recrutados responsáveis pela reconstrução da capital, sendo os principais Sebastião de Carvalho e Melo e Manuel da Maia.

É Manuel da Maia que vai apresentar 5 soluções diferentes para a reconstrução, apresentando e desmontando as mesmas, por forma a serem analisados todos os pontos de cada uma. E em conjunto trabalhará com Eugénio dos Santos, que fará os projectos e plantas para a Lisboa Pombalina.

Uma das recompensas dadas a Pombal (Sebastião de Carvalho e Melo) é ser conde de Oeiras, no entanto é o único ministro que tem o seu busto numa estátua equestre de um rei, neste caso, D. José I que surge a cavalo.

É um homem que contraria a nobreza “terra a terra” e apoia a inovadora, comercial e industrial burguesia, valorização que também acontece em Inglaterra; e que expulsa os jesuítas de Portugal por forma a tornar o seu país mais moderno. No entanto como iluminista que era, manteve a sua atitude de déspota esclarecido, olhando para o passado com olhos de hoje (anacronismo).

Com a construção da estátua equestre, o Terreiro do Paço passa também a ser conhecido como Praça do Comércio, pois era no Cais da Colunas que se fazia a ligação da cidade ao Tejo e que era considerada uma entrada nobre de monarcas e individualidades.

2ª aula 20/10/2011

Graças a Marquês de Pombal desenvolveu-se uma burguesia pombalina, e mesmo com o seu afastamento, esta manteve a sua condição de riqueza durante várias décadas (chegando a entrar no séc. XIX).

O fim do reinado de D. Maria I é o inicio de uma das épocas mais turbulentas que Portugal passou. O reinado teve de ser transitado para o seu filho D. João VI (devido à falta sanidade mental da rainha).

A estabilidade de Portugal terminou com o inicio das Três Invasões Francesas, quando logo na primeira o Rei e a Corte fogem para o Brasil. No entanto, essa fuga foi feita antes da chegada dos franceses, o que fez com que não houvesse rendição da coroa, mantendo a independência do país. Vários dos melhores profissionais (arquitectos, escritores, músicos) acompanharam a fuga para o Brasil, enquanto em Portugal se vivia um retrocesso criado pelos saqueamentos existentes.

A pedido de um monarca, os Britânicos afastaram as tropas francesas; mas mesmo assim o Rei manteve-se no Brasil, o que fez com que Inglaterra permanece-se em Portugal com o pretexto de ajudar. No entanto, houve vários motivos para esse regresso não ter sido imediato. D. Pedro, o sucessor do Rei, perfilhava as ideias liberais apoiando a liberação da colónia mais importante de Portugal, abdicando assim da coroa do seu próprio país para ficar a imperar o Brasil (deixando D. João VI sem herdeiro). Por meados de 1820, já se registavam perdas económicas devido à libertação da colónia. A coroa passa assim para a sua filha D. Maria II (ainda criança), criando-se um casamento por conveniência com o seu tio, D. Miguel.

O grupo do Sinédrio do Porto (conjunto de burgueses liberais, ligados à maçonaria) preparou as tropas de guarnição do Porto para criarem um golpe de Estado, que afastou os Britânicos e fez o Rei voltar a Portugal, depois de terem tomado a capital com o intuito de acabar com a Monarquia Absoluta e institucionalizar uma Monarquia Constitucional (tornando o poder tripartido: executivo pelo governo, legislativo pela assembleia e judicial pelo tribunal). Sendo assim, na chegada a Portugal, o Rei já sabia que passaria a ser um símbolo da nação, perdendo o seu poder absoluto após assinar a Constituição.

Com o vintismo nasce a promoção à industria, graças à burguesia comercial (actualmente Associação Industrial Portuguesa).

Devido ao acordo dos reis D. Maria II casa com D. Miguel, no entanto como absolutista que era (contrariando o contrato com o irmão), em 1823 recusa-se a assinar a Constituição, o que provoca uma Guerra Civil. A essa guerra veio juntar-se D. Pedro para combater pela sua filha, deixando o Brasil em 1833 para nos Açores organizar as tropas liberais. A esse exército juntaram-se também Almeida Garrett e Alexandre Herculano, que estavam exilados na Grã Bretanha e vieram lutar armados pelo liberalismo que defendiam. Entraram em Portugal Continental pela praia do Mindelo (no Porto), tendo sido cercado pelo exército de D. Miguel durante um ano, sendo “o Cerco do Porto” a fase mais horrível da guerra. No entanto, o exército de D. Pedro vence, descendo à capital e conquistando-a com o liberalismo. Atracaram entre o Cais e Santos, que em 60 passou a ser um aterro e actualmente é a Avenida 24 de Julho e em 90 o mesmo acontece com a actual Avenida de D. Carlos. Finalizando com o exílio de D. Miguel.

Com isto é instalado de vez o liberalismo, que sendo anticlerical expulsa as ordens religiosas. Os bens da Igreja passam a ser do Estado, que ganha a riqueza que não tinha (conventos, terras e peças de ouro). Desta forma, mesmo com os cofres vazios, têm os conventos que vão aproveitar para transformar nas tipologias com as valências necessárias (Convento de Santa Marta e Convento dos Capuchos transformados em Hospitais; Convento de São Francisco da Cidade em Academia de Belas Artes, actual Faculdade). Inclusivamente os actuais Armazéns do Chiado eram o Convento Espírito Santo, que foi comprado por um burguês tornado Barão São Francisco de Nery, por forma a ser a sua habitação privada, tendo sido também alugado para hotel e ateliês; e mais tarde, devido à falta de dinheiro para o manter, foi vendido a uma sociedade de comerciantes que o tornaram num armazém.

Depois de todos os percalços superados,

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