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O Empirismo e Racionalismo

Por:   •  5/6/2018  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  435 Visualizações

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desde que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência de Deus eram exemplos de ideias inatas.

- O método cartesiano é baseado na dedução pura, consiste em começar com verdades ou axiomas simples e evidentes por si mesmos, e depois raciocinar com bases nele, até chegar a conclusões particulares. Descartes afirmava que tudo era duvidoso, nada podendo ser considerado “a priori” como certo, a não ser uma coisa: “Se duvido, penso, se penso, existo”: “Cogito, ergo sum”, “Penso, logo existo”, ponto de partida da Dúvida Metódica, de onde se constrói todo o seu pensamento.

- Discurso sobre o método (1637) foi escrito em vernáculo (os textos filosóficos costumavam ser escritos em latim), de maneira não-doutrinária, pois Descartes tentou popularizar ao máximo os conceitos ali expressos e de maneira não impositiva, mas compartilhada. Em toda a obra permeia a autoridade da razão, conceito banal para o homem moderno, mas um tanto novo para o homem medieval (muito mais acostumado à autoridade eclesiástica). A autoridade dos sentidos (ou seja, as percepções do mundo) também é particularmente rejeitada; o conhecimento significativo, segundo o tratado, só pode ser atingido pela razão, abstraindo-se a distração dos sentidos.

- No livro Dúvida Metódica para fundamentar o conhecimento, o filósofo deve rejeitar como falso tudo aquilo que possa ser posto em dúvida. A dúvida é, portanto, um momento necessário para a descoberta da substância pensante, da realidade do sujeito que pensa. Através da dúvida metódica, o filósofo chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante. A palavra cogito (penso) deriva da expressão latina cogito ergo sum (penso logo existo) e remete à auto-evidência do sujeito pensante . O cogito é a certeza que o sujeito pensante tem da sua existência enquanto tal.

Baruch Spinoza (1632 – 1677)

- Foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Spinoza acreditava que Deus era a engrenagem que movia o Universo, e que os textos bíblicos nada mais eram que símbolos, os quais dispensam qualquer abordagem racional. De acordo com sua visão, os textos aí contidos não traduzem a realidade que envolve o Criador e sua criação. Na esfera da sociedade protestante que dominava esta região não havia espaço para um pensamento considerado herético, portanto os líderes judeus, recebidos com clemência por estes religiosos, não podiam tolerar uma atitude que investia contra os próprios alicerces do Cristianismo.

- Na sua obra mais importante, denominada Ética, expôs uma nova concepção de Deus, do homem e do mundo. Procurou demonstrar, “à maneira dos geômetras”, a natureza racional de Deus que, segundo ele, se manifesta em todas as coisas e se confunde com o mundo numa mesma substância, ou seja, é imanente. Spinoza afirma que, quando concebemos Deus como criador e causa final do mundo, isso significa, na verdade, que estamos projetando as carências humanas na esfera divina e imaginando um Deus à semelhança dos homens e suas imperfeições. Por outro lado, se Deus se identifica com a natureza universal, tudo o que existe é necessário e a liberdade do homem consiste na consciência dessa necessidade. O racionalismo radical desse pensador com relação à natureza divina, que o levou a ser censurado, excomungado e mesmo banido de sua comunidade, tem desdobramentos muito importantes no plano político e filosófico.

- Num dos seus escritos, que circulou anonimamente, o Tratado Teológico-Político, ele desvenda a natureza do poder político e religioso, submetendo a Bíblia a uma rigorosa crítica e examinando o significado histórico dos seus preceitos. Chegou à conclusão de que o conteúdo das escrituras sagradas não se refere a uma verdade, mas apenas estabelece certos princípios para a conduta humana em sociedade. Segundo ele, a imagem de um Deus senhor todo-poderoso, superior a tudo e separado do mundo, isto é, transcendente, origina e justifica o poder político que submete e domina os homens.

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 – 1716)

- É considerado um dos maiores pensadores dos séculos XVII e XVIII e é conhecido como o último “gênio universal”. O racionalismo de Leibniz questiona o papel de Deus na fundamentação do conhecimento e da razão. Para ele, o mundo foi criado por Deus e estaria impregnado de racionalidade e, neste sentido, Deus não pode romper sua própria lógica e agir sem razões. Nesta perspectiva, Deus calcula vários mundos possíveis e faz existir o melhor desses mundos e, desse modo, a capacidade de pensar que o ser humano possui também foi dada por Deus. Por este motivo, nosso conhecimento é pobre e deve ser desenvolvido. Dessa forma, se conhecêssemos as coisas em seu conceito, como Deus as conhece, poder-se-ia prever os acontecimentos, uma vez que a estrutura do real é racional. Assim sendo, o método da ciência não poderia ser o da indução, mas o da dedução.

- Em Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano, Leibniz rejeita a teoria empirista de Locke (1632-1704) entretanto, Leibnitz, ao invés das idéias inatas em si, admitiu serem inatas certas estruturas geradoras de idéias.

- Em Os Princípios da Filosofia ou a Monadologia, afirma o referido filósofo, que “A Mônada de que aqui falaremos não é outra coisa senão uma substância simples, que entra nos compostos; simples quer dizer sem partes.

- Leibniz não se limitava a assinalar a primazia da razão como instrumento do saber, mas entendia a totalidade do real como estrutura racional criada por Deus, baseando sua doutrina na "harmonia preestabelecida" da realidade por obra da vontade divina. Leibniz propõe três tipos de conhecimento: intuitivo, demonstrativo

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