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A Crítica e a razão esclarecida

Por:   •  26/11/2018  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  332 Visualizações

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alienação e a autoridade da esfera econômica, são consideravelmente seres vazios, e deste modo o mercado torna-se o juiz de valores e da liberdade do homem moderno desencantado. Logo essa razão dominadora que pretende estabelecer o controle sobre a própria natureza interna e externa ao homem, será denominada por Adorno e Horkheimer de razão instrumental. Segundo Adorno e Horkheimer, “A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação. Ela é o carácter compulsivo da sociedade alienada de si mesma” (ADORNO & HORKHEIMER, 1947, p.57).

Deste modo, o indivíduo econômico, aqui visto a partir da visão desse novo sistema como o sujeito racional, toma o mercado como único produtor de valores a serem seguidos. O esclarecimento forneceu ao mesmo tempo o sucesso e o fracasso humano. A incessante tentativa de sobrepujar a natureza permitiu por fim o esvaziamento humano e a sujeição às tecnologias.

Assim como afirmado por Nietzsche no século XIX, a Dialética do Esclarecimento também mostra que o excesso da razão levou a humanidade a uma nova forma de barbárie, com uma roupagem científica e racional, dominando as esferas da vida social, sub-repticiamente. Adorno e Horkheimer chamaram isso de Indústria Cultural. Nesta concepção, o que essa atividade de mercado quer é uma produção, em massa, de bens culturais que satisfaçam ilusoriamente, as necessidades geradas pelo sistema econômico e também para manter a carência de novos produtos. Esse sistema representa um modelo ideológico, onde os indivíduos são continuamente ludibriados em relação àquilo que a realmente necessitam, privando os consumidores daquilo que ela constantemente os promete. A Indústria Cultural dissemina o ideário de que a necessidade de satisfação provocadas por seus produtos sejam de caráter legitimo, essencialmente advindas do próprio individuo, quando na verdade todas as escolhas são ações idênticas que visam uma prática do poder de compra. Com isso, a Indústria Cultural torna-se um novo juiz de valor e da liberdade dos homens transformando-os em sujeitos acríticos, irreflexíveis, vazios, ocos, incapazes de questionar o meio que o cerca e a si mesmo, completamente passíveis a alienação e a dominação daqueles que são detentores do discurso.

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