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Método Biográfico

Por:   •  28/2/2018  •  1.965 Palavras (8 Páginas)  •  240 Visualizações

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do Método Biográfico

No final da década de 1930, que a sociologia urbana foi elaborada no âmbito da Escola de Chicago, responsável pela introdução de métodos de pesquisas originais para a obtenção de dados. Destacam-se, nesse aspecto, os métodos descritivos, que deram base para os estudos biográficos feitos a partir de histórias ou relatos de vida, individuais ou de grupos similares. A abordagem biográfica interpreta narrativas que são sustentadas pelos testemunhos e depoimentos dos sujeitos que são objetos de pesquisa. O emprego do método biográfico foi enriquecedor para a sociologia da época, pois valorizou a voz do sujeito que está sendo pesquisado, dando importância às representações e interpretações elaboradas por ele diante de sua condição social e de sua forma de viver.

Por meio dos estudos biográficos foi possível conhecer, em detalhes, as origens sociais dos sujeitos investigados, chegando ao cotidiano e às interações sociais que ocorrem no interior de grupos fechados.

Tipos de Biografias:

Quantos aos tipos de biografias, Kelchtermans (1994) identifica cinco características:

narrativa, construtivista, contextualista, interacionista e dinâmica. Na compreensão do autor, a primeira característica está ligada à forma narrativa e subjetiva pela qual os indivíduos relatam as suas vivências que é o principal componente do método biográfico. Essa abordagem não se interessa tanto pelos fatos experienciados, mas antes pelos significados que os indivíduos atribuem a ao fato. É este elemento interpretativo, juntamente com a estrutura narrativa dos dados que constitui o elemento central do discurso narrativo. A segunda característica, a construtivista, diz respeito ao modo como o indivíduo constrói ativamente as suas experiências em histórias a que atribui significado. A terceira característica, contextualista, refere-se à presença do contexto envolvido nas experiências que os indivíduos narram. A quarta característica, a interacionista diz respeito à interação que se estabelece entre o indivíduo e o contexto na construção de significados, aceitando que o comportamento humano resulta da interação significativa com o contexto. A característica dinâmica destaca a dimensão temporal dos fatos narrados, situando num dado momento os significados atribuídos à realidade experienciada pelo indivíduo. Isto faz com que o contexto seja entendido não só em termos espaciais e sociais, como também em termos temporais.

http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEPQ/enepq_2013/2013_EnEPQ159.pdf

(NÃO SEI SE PRECISAMOS COLOCAR SOBRE ISSO NO SEMINÁRIO - ACIMA)

Caminhos a seguir: Fontes Primárias e Fontes Secundárias

“…a biografia literária é utilizada apenas para realçar o campo. São biografias de escritores, poetas e ensaístas redigidas por teóricos da literatura, críticos literários e/ou especialistas. Já a biografia científica, é escrita por e sobre alguma personalidade cuja obra foi fundamental para os avanços da ciência. No entanto, todas visam reconstruir e fornecer uma compreensão das vidas de sujeitos individuais e coletivos…” (Vilas Boas, 2002, p.53-55)

De acordo com as leituras sobre o método biográfico, para Vilas Boas ( 2002), as fontes de um biógrafo é parecida com às de um historiador e existe diferentes técnicas a serem utilizadas na realização de uma biografia. Por exemplo, o que ele chama de fontes primárias, não depende da memória, da lembrança do indivíduo. E essa fonte é formada por: documentos sejam oficiais ou não, cartas, e-mails, clippings, livros de memórias e autobiografias, testemunhos orais, diários, questionários e fotos.

Já as fontes secundárias, são as entrevistas.

“lembrar não é reviver, e sim refazer, reconstruir, repensar, com imagens e ideias de hoje as experiências do passado” (Vilas Boas (2002, p.64).

Conforme Vilas Boas, entendemos que as fontes secundárias são menos confiáveis do que as primárias por lidar diretamente com pessoas que vão se utilizar diretamente de lembranças, memória. Em consequência, atribui aos acontecimentos novos significados, ou seja, a memória tem um caráter subjetivo, com o estabelecimento de pontos de vistas.

Tamanho: é possível definir?

“É uma narrativa curta tanto na extensão (tamanho do texto) quanto no tempo de validade de algumas informações e interpretações. E é de natureza autoral”. (Vilas Boas, 2003, p. 11)

O perfil é uma narrativa mais curta em relação ao tamanho do texto e menos durável

quanto à atualidade das informações, se comparado a biografia. Por isso, é comum que o

personagem mude de opiniões, conceitos, atitudes e estilos meses depois que o texto seja

publicado. Afinal, os entrevistados alteram seus pensamentos e suas palavras, lembram e

mentem, conforme a idade e a conveniência.

Ao imaginar o tamanho de uma biografia, nunca saberemos. Pois não tem um tamanho ideal, o que determina é a forma de interpretação.

(NÃO SEI SE PRECISAMOS COLOCAR SOBRE ISSO NO SEMINÁRIO- ABAIXO)

História de vida

“ total ou parcial às narrativas sobre a vida de indivíduos ou a de grupo sociais , visando humanizar um tema, um fato ou uma situação contemporânea. Na sua versão mais abreviada, a história de vida examina episódios específicos da trajetória do protagonista (...) A estruturação da matéria pode se dar na forma clássica da entrevista, do depoimento direto ou de uma mescla em que se combinam as narrativas em primeira e em terceira pessoa”, diz o pesquisador Edvaldo Pereira Lima, da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Conforme o pesquisador Edvaldo Pereira Lima, quando o jornalista decidi por fazer uma pesquisa através do método biográfico, busca atribuir caráter humano a um tema, fato ou situação atual, utilizando-se de episódios vividos pelo protagonista da história.

Métodos comuns

“ Os modelos mais comuns são os

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