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Gustav Courbet

Por:   •  13/12/2017  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  245 Visualizações

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as reentrantes na sombra: a quantidade de luz se identifica com a qualidade das cores.”(p.97)

Nas obras de Manet, a diferença entre os corpos e o espaço entre eles é pouco evidente, tudo se difere através das cores, assim como nossa sensação visual, para ele nossa ideia de perspectiva e de distância é criada pela sensação que a qualidade da cor nos traz. Ele quer retratar com pureza o que a nossa mente vê.

“Manet não vê as figuras dentro, e sim, com o ambiente.” (p.97)

Análise – do grupo

Apesar de muito criticado, por vários motivos, o quadro chamou nossa atenção pela clareza com que estão representados os elementos das obras de Manet.E também pela presença de um rosto no canto direito superior do quadro, que poderia ser o reflexo do cliente no espelho, mas também o reflexo do próprio pintor.

O quadro retrata uma cena do cotidiano parisiense, o cenário reproduz um bar e a personagem é uma moça que trabalhava no local.

O quadro foi pintado em 1882, ou seja 14 anos após “o balcão”, e já mostra o amadurecimento da forma de pintar de Manet. Fica mais evidente a ideia de reprodução fiel à realidade.

A cena se constrói a partir das cores, os objetos e a moça ganham o mesmo peso sem o jogo de luz e sombra, não se consegue distinguir qual a distância entre os objetos representados, essa distância é percebida apenas pelo “peso” das cores utilizadas. Essa forma de pintar desafia os sentidos pois sempre buscamos algo para nos dar referência e ajudar no entendimento do quadro, mas Manet com sua técnica, foge à essa ideia e cria um ambiente puro, caracterizado apenas pela expressão de cansaço da moça.

Outro ponto interessante, é a forma como ele representa o espelho atrás da cena, como um outro quadro dentro do seu. Sem nenhuma perspectiva, o espelho acaba se confundindo com a cena em si, ganhando o mesmo peso que os objetos à frente. Ao observarmos o quadro não sabemos ao certo qual a distância desse espelho com relação à moça, nem conseguimos identificar a que distância estão os objetos refletidos por ele, mas com suas pinceladas fracas e a baixa qualidade das cores conseguimos perceber essa profundidade sutil. Argan explica melhor essa ideia no trecho em que diz “Assim como não há distinção de positivo e negativo entre as coisas e o espaço , também não há distinção entre positivo e negativo entre luz e sombra: a sombra é apenas uma mancha de cor que se justapõe às outras mais ou menos luminosas.” (p.97)

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