MINIMALISMO OU ANACRONISMO?
Por: SonSolimar • 22/11/2017 • 935 Palavras (4 Páginas) • 282 Visualizações
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- ’20% da população de São Paulo é favelada, mas sobretudo que o uso ilegal do solo e a ilegalidade das ocupações em meio urbano atingem mais de 50% das construções das grandes cidades brasileiras.’ Pg. 204
- ‘Nada mais rigorosamente regulamentado do que a ‘cidade legal’, cuja complicação detalhista destina-se não obstante a alimentar o ciclo da valorização mercantil, que por sua vez se depara, não por acaso, com um imenso universo clandestino que ignora as normas mais gerais e básicas.’ Pg. 204
- ‘O desenvolvimento moderno do atraso que nos distingue também é isto: negociações por fora- por fora de uma lei que só vale quando o processo de valorização do solo exige uma ‘limpeza urbana’.’ Pg. 204
- ‘A segregação dos pobres não é de hoje. Discriminação esta, que nas cidades, por meio de regulações restritivas remonta a expansão urbana da virada do século XIX para o XX.’ Pg. 204
- ‘O que é de hoje é a conta reapresentada aos esbulhados de sempre: a degradação do meio ambiente, a gigantesca miséria social acumulada nas cidades, a qualidade de vida em baixa constante, e novamente a ocupação anárquica das terras mais a violência sem fim gerada por um espaço promiscuo e predatório.’ Pg. 205
-‘ Nós éramos e somos ilegais. A ser lida, em primeiro lugar, na entonação resignada de um ex-favelado.’ Pg. 205
- ‘ Com mais razão nossas classes dominantes não se constrangeriam nem um pouco em proclamar: ‘nós éramos ilegais.’ Pelo menos até a extinção real do comercio negreiro, o Estado Nacional Brasileiro era uma fixação jurídica de traficantes, de infratores de leis internacionais contra a pirataria, condenados aos olhos do mundo a uma vida ideológico-moral clandestina e dúplice.’ Pg. 208
- ‘Ao se desregular, é o próprio capitalismo desorganizado que admite, com o mesmo caradurismo dos vencedores, que também ele é um sistema extralegal desde sempre, ou melhor, abrasileirou-se de vez de tanto mirar-se no exemplo de nossas elites coloniais, agora que se defronta também com uma massa sobrante interna.’ Pg. 208
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