Gráfico de avaliação técnica
Por: Kleber.Oliveira • 23/9/2018 • 4.935 Palavras (20 Páginas) • 281 Visualizações
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Em contraponto a essas vantagens referentes ao transporte coletivo realizado por ônibus observa-se pouco planejamento na aplicação desta tipologia de serviços gerando graves consequências ao bem-estar urbano. O ponto de partida para o que haja eficiência no serviço é o terminal rodoviário urbano pois é através dele que estabelecemos os paramentos para um bom planejamento, estabelecendo o tipo de rede a ser aplicada, potencializar os índices de mobilidade e distribuição modal e principalmente quebrar o paradigma de uso deste tipo de transporte pela população.
Partindo desta premissa, este trabalho levanta questionamentos sobre o planejamento, funcionalidade e usabilidade do terminal rodoviário urbano de ônibus em uma cidade de porte médio, investigando e avaliando a influência da qualidade e satisfação de usuários do terminal urbano de Ourinhos, por meio de uma abordagem das condições básicas de acessibilidade, segurança, conforto do terminal e dos veículos e a frequência e conexões das linhas, estabelecendo parâmetros objetivos para que haja condições de aferir o atual funcionamento do terminal rodoviário urbano para possibilitar aos gestores e planejadores urbanos dados referenciais para soluções de eventuais problemas e principalmente constituir um novo direcionamento ao planejamento do transporte público impedindo que ocorra propagação dos problemas crônicos enfrentado, proporcionando um desenvolvimento eficiente, socialmente justo e sustentável as cidades oferecendo assim o que é mais desejado pelos indivíduos; qualidade de vida.
REFRENCIAL TEÓRICO
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Mobilidade Urbana
A inserção dos meios motorizados nas cidades é um fato recente na história do mundo onde o automóvel foi introduzido apenas no início do século XX que até então tínhamos uma grande experiência no uso dos modos de transporte não motorizados e em um curto espaço de tempo, com o desenvolvimento industrial e econômico das cidades o automóvel tornou-se rapidamente um elemento comum ao nosso cotidiano e aos nossos deslocamentos diários, independentemente das distâncias a serem percorridas e do porte das cidades onde por consequência tornou a circulação no meio urbano algo complexo gerando grandes problemas como congestionamentos, ocupação territorial descontrolada e sem planejamento, poluição entre tantos outros problemas da vida moderna.
“Congestionamentos de transito, poluição ambiental e acidentes por atropelamentos e colisões tornam-se, assim, fatos corriqueiros, permanentemente incorporados ao dia a dia das cidades em todo o mundo. A violência gerada pelo transito se mistura e se confunde com muitas outras formas de violência presentes no cotidiano das cidades contemporâneas. A cidade e vista e representada então, como um organismo caótico e fora de controle”. (Duarte, 2006, p.10)
As questões sobre mobilidade urbana, seus meios e possibilidades, como enfrentar e resolve-los são os grandes desafios a serem resolvidos na atualidade. Podemos definir mobilidade urbana com o deslocamento entre pontos da cidade e que e que atenda as reais necessidades da população e esta satisfação se dá por ações políticas de infraestrutura urbana social quando analisados pelas questões de infraestrutura urbana, aspectos sociais, gestão de transito, segurança, acessibilidade e gestão econômica onde o principal objetivo é a satisfação do usuário e desenvolvimento sustentável dos centros urbanos.
Os principais aspectos que envolvem a aplicação deste conceito é a integração entre os meios de transporte público e não motorizados, o trabalho em conjunto da gestão pública e privada e a criação de leis que possibilitam que as ações sejam aplicadas.
O uso da cidade pelas tornou-se algo inconveniente e complexo, pois com o crescimento desordenado das cidades criaram-se grandes guetos isolados aumentando vertiginosamente as distancias a serem percorridas no cotidiano da população e criando a cultura do deslocamento rápido e que acabou deixando em segundo plano os transportes públicos e os meios alternativos de locomoção, como a bicicleta.
O processo de especialização funcional e tecnológica dos meios e das redes de circulação, iniciado a partir do século XIX como um dos desdobramentos da Revolução Industrial, produziu grandes alterações na configuração espacial das cidades e, consequentemente, sobre as práticas sócios-espaciais cotidianas. (Duarte, 2006)
É importante entender que a ideia de transporte e deslocamento está em transformação; o tempo de viajem com o advento da tecnologia permitiu uma maior flexibilidade do uso do tempo; a maneira com trabalham, com compram e como estabelecem sus modos de lazer está muito mais dinâmico e as pessoas tem muito mais controle sobre esses fatores. Outro ponto importante é o entendimento que, logisticamente, o importante e a precisão do tempo de viagem e não necessariamente a sua velocidade.
Paralelamente o planejamento de transportes é importante estabelecer critérios e estratégias para o uso do solo das cidades, potencializando o uso dos espaços urbanos e criando autossuficiências quanto aos serviços, evitando grandes deslocamentos para que as pessoas exerçam suas funções e necessidades, promovendo o uso da locomoção terrestre e dos transportes alternativos, e tendo o transporte público como ligação entre estes espaços urbanos. A tecnologia também tem um papel fundamental apresentando combustíveis alternativos, motores mais eficientes e uso de fontes renováveis entre outros, propiciando não apenas um ponto de apoio a diminuição dos custos de transporte, mas também um meio urbano muito mais salubre que juntamente com os meios de locomoção alternativos (caminhadas e uso de bicicletas) ajudam a proporcionar melhores condições de saúde a população. A criação de tarifas especiais e criteriosas para quem usa o transporte individual contrapondo com benefícios ao uso de energias alternativas também tem se mostrado uma alternativa comprovada e eficiente para controle e redirecionamento do transito
Todos os problemas urbanos atuais são muito perceptíveis a sociedade onde todos estão sofrendo consequências diretas. Segundo Duarte (2006) por maior que seja a capacidade do homem de transformar o meio em que vive, ele cria um ambiente inapto a seu desejo de qualidade e ficamos cada vez mais dependentes das maquinas, como “próteses mecânicas”. Paralelamente a estes dificuldades a sociedade tem se mostrado aberta a discussão e aplicação destas novas ideias e políticas públicas para aplicação da mobilidade
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