Redes de computadores

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Para que se adotem modelos de gestão em TICs utilizamos como referências o ITIL framework, baseados em uma coleção de livros muito estável detalhando modelos, padrões e boas praticas que são adotados em vários ambientes tecnológicos como um guia que auxilia na implantação de gestão em TICs.

Segundo Espregueira (2008), Information Technology Infrastructure Library (ITIL) é uma biblioteca de boas práticas desenvolvida no final dos anos 80 pela CCTA (Central Computer and Telecommunications Agency) e atualmente sob custódia da OGC (Office for Government Commerce) da Inglaterra.

Seu propósito fundamental é fornecer uma integração entre a TIC e os objetivos de negócio da organização, através de um gerenciamento da estrutura e fornecimento de suporte aos serviços de TICs.

O ITIL contribui imensamente para aumentar as sucessivas tentativas frustradas em se obter sucesso com iniciativas organizacionais, além de utilizar práticas conhecidas por profissionais da área, mantendo o foco na gestão dos serviços de TIC, abordando-os em escopos mensuráveis. Essas características tendem a diminuir as resistências internas da organização diante de mudanças provocadas por novos processos e métodos.

Os ambientes de TIC quando gerenciáveis representam maiores critérios com os recursos disponíveis (pessoas e equipamentos), informações antes aleatórias, a partir de uma gestão passam a ser mensuráveis.

Atualmente, o crescimento acelerado das redes de dados está criando uma grande demanda por parte das corporações e das diversas instituições, nos requisitos de segurança, controle das redes e das informações envolvidas. Dessa forma, torna-se fundamental o completo conhecimento e domínio das tecnologias envolvidas em sistemas e redes de computadores, (MAGALHÃES e BRITO 2007). O foco não está apenas na forma como as estruturas de rede são elaboradas, mas também em concentrar-se na manutenção e na garantia de disponibilidade de acesso às informações envolvidas.

É notório que há um grande abismo entre a teoria e a prática de gestão em TIC. Nas organizações não se adotam padrões de gerenciamento e controle como modelo de gestão em TIC, a necessidade de gestão dessas tecnologias é eminente uma vez que se encontra em constante evolução.

Beal (2007), a unidade de TIC precisa ter uma estrutura organizacional bem definida, com as responsabilidades de suas unidades organizacionais claramente estabelecidas, documentadas e divulgadas, e políticas de pessoal adequadas, quanto à seleção, segregação de funções, treinamento e avaliação de desempenho. Esta estrutura é necessária para que se gerenciem racionalmente os recursos computacionais da organização, de modo a suprir as necessidades corporativas de informação de forma eficiente e econômica.

A Gestão de TICs é de extrema importância para o sucesso das organizações, pois a implementação que não está restrita apenas para grandes corporações, mas para qualquer empresa que utilize TICs como meio para prover soluções.

Segundo LASTRE; ALBAGLI; LEMOS e LEGEY (2002), as tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) exercem papel central como fatores de dinamismo do novo padrão, impulsionando um conjunto de inovações técnico-científicas, organizacionais, sociais e institucionais e gerando novas possibilidades de retorno econômico e social nas mais variadas atividades.

A TIC passa a ser fundamental para os negócios das empresas, tornando um fator crítico e o centro das atividades que envolvem os negócios, sendo extremamente importante a manutenção dos serviços que a envolve para não ocasionar interrupção e perdas de competitividade, mercado, credibilidade ou mesmo, possa responder em tempo hábil as paradas inesperadas.

Alguns fatores contribuem para que não seja aplicada gestão em TIC em empresas e organizações, destacando-se, por exemplo, a falta de pessoal capacitado, o desconhecimento de ferramentas, investimentos insuficientes, equipe de atendimento reduzido.

- Trabalhos relacionados

A evolução das TICs acaba acarretando uma série de mudanças na vida do profissional, pois a necessidade em se obter o conhecimento tornou-se notório aos dias atuais, logo que nas pesquisas relacionadas à gestão em TIC, evidencia a importância em se adotar um padrão de gestão mínimo para gerir as informações e os recursos tecnológicos.

CASTILHO, MORIAS e OLIVEIRA (2013) em seu trabalho intitulado: “Sistemas para documentação de ativos de Tecnologias da Informação” visa detalhar a importância de ferramentas de software como auxílio dos gestores de TI no processo de documentação e inventário de ativos de tecnologia, mostrando que as ferramentas baseadas em softwares livres como GLPI e OCS podem contribuir para o planejamento de recursos.

ABREU, DALCORNO, LANINI e ALBERTO (2010), realizaram um estudo de caso sobre a implantação do software livre como alternativa eficiente para cumprir um requisito do governo federal. Seu desenvolvimento científico assemelha aos objetivos do presente trabalho, pois analisa uma ferramenta baseada em software livre para implantação de gestão de TIC. Em 2009 os referidos pesquisadores, implantaram a ferramenta no INMETRO, com a proposta de implantação do serviço de atendimento ao usuário onde o mesmo concluiu que o uso da ferramenta GLPI no INMETRO possibilitou o controle dos atendimentos, realizados, por meio de relatórios e estatísticas.

ZISBLAT (2008) procurou identificar e analisar o impacto das práticas ITIL na flexibilidade organizacional de uma empresa multinacional de TI, embasando no conjunto de onze processos do ITIL: service desk, gerência de incidentes, gerencia de problemas, gerencia de mudanças, gerencia de configuração, gerenciamento de release, gerenciamento de nível de serviço, gerenciamento de disponibilidade, gerenciamento de capacidade, gerenciamento de continuidade e gerenciamento financeiro de serviços de TI. O pesquisador realizou a coleta de dados através de entrevistas com 10 pessoas ligadas a empresa, sendo distribuídas entre gerentes e não gerentes adotando testes estatísticos, do ponto de vista acadêmico, este estudo trouxe à tona um tema muito discutido nesse meio – a flexibilidade organizacional, acrescentando um novo componente em voga na área de TIC das empresas de hoje – o ITIL.

O presente trabalho assemelha-se, pois buscamos utilizar os métodos propostos, como ferramentas baseadas em softwares livres, tendo o ITIL como base de conhecimento e conceitos em boas práticas sugeridas para gestão de TICs.

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